A Royal Enfield Super Meteor 650 está cada vez mais perto das ruas e estradas brasileiras. A moto foi apresentada oficialmente no início deste mês, em uma live na internet, e as pré-vendas foram abertas ao mesmo tempo. Mas a apresentação ao vivo e em cores à imprensa especializada acontecerá na próxima semana.
A custom da marca anglo-indiana chegará as concessionárias logo depois. Serão três versões - a básica Astral, a intermediária Interstellar e a completa Celestial. Na pré-venda, os preços e cores anunciados foram os seguintes (já com frete):
Os valores ficaram um pouco abaixo das nossas projeções, que iam de R$ 35 mil a R$ 37 mil. Mas são de pré-venda, de lançamento. Então, podem subir nos próximos lotes.
Os interessados ainda podem encomendar motos do primeiro lote, através do hot site da Super Meteor 650. A pré-venda, não por coincidência, vão até 7 de maio - semana que vem. As entregas destas primeiras unidades deverão acontecer ainda em maio.
Com os preços divulgados, a Royal Enfield Super Meteor 650 não terá concorrentes diretos. Nos últimos anos, a única moto custom média zero-quilômetro vendida no mercado brasileiro tem sido a Kawasaki Vulcan 650 S, que hoje custa R$ 49.990 mais frete (R$ 50.990 com ABS). Ou seja, é bem mais cara que a Super Meteor 650. Porém, é mais forte: tem 61 cv de potência e 6,4 kgf.m de torque.
A Super Meteor 650 é uma custom com visual bem clássico: tem tanque em forma de gota, farol redondo, banco do piloto bem curvado, banco do garupa em nível mais alto e para-lamas levemente envolventes.
Lá na Índia, a Astral tem banco solo, mas aqui virá com banco e pedaleiras do garupa. A pintura é sólida, em uma cor. A versão intermediária Interstellar também tem banco e pedaleiras para garupa, mas a pintura é em dois tons - ainda sólida. É a única diferença entre estas duas. Já a mais completa Celestial exibe pintura bicolor e metálica, bancos mais confortáveis, encosto para garupa e ainda um para-brisa de bom tamanho.
A única parte a moto que não é exatamente "clássica" é o motor. Tradicionalmente motos custom usam propulsores de dois cilindros em V (conhecidos como "V2"), mas a Super Meteor é movida por um bicilíndrico.
Que, alias, nós já conhecemos bem: é o mesmo das bem-sucedidas "twins" Interceptor e Continental GT: tem 647 cm³, 47 cv de potência e 5,2 kgf.m de torque na especificação brasileira. É injetado, mas refrigerado a ar.
Esse motor não promete tanta adrenalina, já que a moto pesa na faixa dos 240 quilos. Mas certamente vai permitir passeios tranquilos para quem gosta de ver a paisagem - aliás, essa é a proposta de uma legítima custom.
A Super Meteor 650 ainda tem rodas de liga leve, freios a disco com ABS nas duas rodas, aros de 19 polegadas na frente e de 16 polegadas atrás e suspensões dianteira Showa invertida e traseira bichoque tradicional. O farol de LED, os manetes de embreagem e de freio são ajustáveis, o painel e o sistema de navegação Tripper são os mesmos da Meteor 350 e o tanque tem capacidade para bons 15,7 litros.
O consumo médio da Super Meteor ainda não foi divulgado, mas como certamente é uma moto que faz pelo menos 20 km/l, proporciona uma autonomia teórica de 300 quilômetros. Mais que suficiente em sua proposta.