Qual o futuro do car sharing após a pandemia?

Empresas precisarão retomar a confiança do público e tecnologia pode ser uma boa aliada nessa luta

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Renan Rodrigues
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Provavelmente você já cansou de ouvir falar sobre coronavírus, Covid-19, crises e afins. Apesar das boas notícias recentes, como a viabilidade de uma vacina, alguns setores ainda sofrerão durante um tempo com a desconfiança do público.

Um desses segmentos é o de compartilhamento de carros. Se o serviço ainda engatinhava no Brasil, em países da Ásia, Europa e nos Estados Unidos já se tornava uma prática comum. No entanto, com a pandemia, esse mercado viu suas receitas ruírem. Quais as perspectivas de futuro e o que elas precisam fazer para reconquistar o público? A gente te explica.

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Problemas anteriores

Apesar de serem vistos como soluções em grandes cidades, especialmente para diminuir o trânsito e a poluição, essas empresas já passam por problemas. A Maven, sistema da General Motors criado em 2016, por exemplo, foi extinta em abril deste ano.

Maven
Maven chegou a ser anunciado para o Brasil, mas já encerrou suas atividades
Crédito: Divulgação
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Em 2019, a GM já havia descontinuado o serviço em Chicago e Nova York. Já a Daimler e BMW, ainda no fim do ano passado, desistiram da Share Now na América do Norte. Uma das empresa, a Car2Go, da Daimler, também finalizou os serviços na China, um mercado muito maior.

O coronavírus e a falta de confiança em um transporte compartilhado foi a pá de cal. Afinal, ninguém quer pegar em um volante, câmbio ou tocar na central multimídia de um automóvel que passou pelas mãos de diversas pessoas no decorrer do dia.

Confiança

Segundo a consultoria Deloitte, em um estudo feito na Bélgica, essas empresas precisarão provar que são capazes de manter seus veículos sanitariamente seguros. Nesse ponto, é possível que as empresas precisem investir em profissionais treinados para realizar a desinfecção entre os usuários.

Obviamente, esse custo certamente impactaria no preço pago pelo usuário, o que pode ser mais um ponto de estresse nessa relação.

Tecnologia anti-viral

A gente disse que existem soluções, certo? Pois bem, uma delas é bem brasileira. A Nanox, empresa paulista apoiada pelo programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), desenvolveu um tecido capaz de inativar o Sars-CoV-2.

Tecido Antiviral
Tecido antiviral pode ser uma das soluções
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Segundo testes realizados em laboratório, um tecido que mistura poliéster, algodão e micropartículas de prata na sua superfície foi capaz de combater 99,9% do vírus em apenas dois minutos. Portanto, áreas como volante e bancos poderiam receber esse tipo de material.

Outra solução vem da Universidade de Ohio, em conjunto com a Ford. Segundo o estudo, a exposição do coronavírus a temperaturas de 56 graus Celsius por 15 minutos reduz a concentração viral em mais de 99% nas superfícies.

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Aquecimento automático antes do empréstimo pode matar o coronavírus
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Então, basta instalar um programa que gerencie a climatização e faça o sistema funcionar na temperatura e tempo necessários. O resfriamento pode ser feito tanto com o ar-condicionado - de maneira mais ágil - ou simplesmente desligar o equipamento e aguardar.

Cravar o futuro dessas empresas é complicado, mas certamente precisarão se reinventar e mostrar que estão prontas para eliminar qualquer problema biológico dos seus carros.

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