O que rolou foi uma "regionalização" da Fiat Titano. É que a picape era montada no Uruguai, pela Nordex, com peças importadas da China. Agora, a caminhonete passou a ser feita "em casa", numa fábrica da Fiat em Córdoba. E isso implicou na nacionalização de diversos componentes do modelo.
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Com essa mudança de casa e no conteúdo local, a Stellantis aproveitou também para fazer algumas importantes intervenções no modelo.
Já se sabe que a primeira delas foi a troca do motor 2.2 turbodiesel de 180 cv de potência - com projeto da antiga PSA - pelo 2.2 MultiJet. Também turbodiesel, mas que desenvolve 200 cv de potência. É o mesmo propulsor usado em modelos como o Jeep Commander e a RAM Rampage.
As fotos divulgadas pela própria Stellantis revelam ainda novidades na lista de equipamentos do modelo. Caso da incorporação de um pacote ADAS - entregue pelo espaço para o radar frontal no para-choque dianteiro - e também do freio de estacionamento com acionamento elétrico.
Foi trocada também a alavanca do câmbio automático, que agora tem o indicador de marcha na própria manopla.
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A Fiat Titano argentina é melhor que a uruguaia?
OK, mas como essa mudança de país - e conteúdo - vai impactar nas vendas da Titano?Antes de falar sobre isso, é preciso falar de mercado. Dá para cravar que a Titano encalhou? Longe disso! No acumulado do ano até abril, a caminhonete somou 3.159 emplacamentos e briga com a Nissan Frontier para ser a quarta força do segmento de cargueiras.
Não é um resultado ruim. Mas para uma marca que já vendeu mais de 39 mil unidades da Strada e 15 mil unidades da Toro no ano, certamente é um desempenho que poderia ser bem melhor.
O problema é que a Titano atual é uma picape mais rústica na rodagem e menos sofisticada que as concorrentes. O preço muito competitivo é, hoje, o mais forte argumento de vendas do modelo.
As mudanças na mecânica e na lista de equipamentos dessa Titano argentina vão dar um polimento extra no modelo. Sem conhecer a picape de perto, fica difícil mensurar exatamente qual será esse impacto.
Mas, certamente, vai rolar um impacto bastante positivo na procura pela Titano. Desde que a Stellantis siga trabalhando bem os preços da picape. Algo que, tradicionalmente, o grupo automotivo faz muito bem.
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