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Bajaj Dominar 400 domina o segmento de motos naked

A moto indiana deu poeira nas rivais em fevereiro e disparou na liderança. Conseguirá manter o posto daqui em diante?

por Roberto Dutra

O caro leitor nos perdoe pelo trocadilho do título, mas agora é fato consumado: a Bajaj Dominar 400 se tornou a "dona" do segmento de motos naked/roadster no mercado brasileiro.
A indiana foi lançada em dezembro de 2022 junto com as irmãs menores Dominar 160 e Dominar 200. Depois, no ano passado, veio a Dominar 250. E apesar de ser a mais cara da linha, logo se tornou - para surpresa de muita gente - a Bajaj mais vendida por aqui.
As vendas do modelo cresceram progressivamente. Até que, em julho de 2024, a Dominar 400 chegou à liderança do segmento das naked, dando poeira na até então invencível Yamaha MT-03. Na época, destacamos essa conquista.

A MT-03 era líder permanente do segmento por qualidades como design bacana, desempenho honesto proporcionado pelo motor bicilíndrico de 42 cv de potência e 3 kgf.m de torque. E, principalmente, pelo preço - atualmente em R$ 32.690.
Não é um valor tão baixo, mas sempre foi inferior ao das concorrentes do segmento. A descontinuada Kawasaki Z400, por exemplo, também bicilíndrica (48 cv e 3,9 kgf.m), custava R$ 34.810. E a Kawasaki Z 500 atual, embora mais potente (51 cv e 4,3 kgf.m), sai por R$ 38.590.
A Triumph Speed 400, por sua vez, tem preço bom de briga - R$ 29.900 - e especificações eficientes (40 cv e 3,7 kgf.m), mas suas vendas ainda não decolaram o suficiente para aparecer no Top 5 das naked/roadster: em janeiro e fevereiro, foi a oitava mais vendida no segmento.

A Dominar 400 mudou o segmento. A liderança em julho do ano passado foi algo momentâneo, pois nos meses seguintes a Yamaha MT-03 retomou o posto. Eventualmente as duas alternaram o primeiro lugar, mas agora em fevereiro a moto da Bajaj disparou: somou 827 unidades emplacadas, enquanto a R3 registrou apenas 459 emplacamentos.
É preciso ressaltar, porém, que a liderança isolada foi muito mais "culpa" da moto da Yamaha, cujo volume em fevereiro ficou bem abaixo de sua média tradicional. Enquanto isso, a Dominar 400 manteve um número de emplacamentos dentro de sua média.
Para comparação, em janeiro último a R3 teve 903 unidades vendidas, enquanto a indiana anotou 782 emplacamentos. Ou seja, pode ser que tudo mude novamente nos próximos meses. Mas, nesse momento, a Dominar 400 é a líder incontestável. Inclusive no acumulado do ano - primeiro bimesre: 1.609 unidades contra 1.362 unidades da rival.

Bajaj Dominar 400: os motivos do sucesso

O sucesso da Dominar 400 se deve, basicamente, ao custo/benefício. Custa menos que as concorrentes - R$ 26 mil e tem um conjunto eficiente e interessante. Embora seja monocilíndrico, o motor é refrigerado a água e entrega bons 40 cv de potência e 3,5 kgf.m de torque. Por ter apenas um cilindro, tem custo de produção menor - e, por consequência, menor preço final - e manutenção mais barata que a das rivais, que são bicilíndricas.

Além disso, a Dominar 400 também é equipada com dois painéis de instrumentos, suspensões dianteira invertida e traseira monochoque, freios com ABS nas duas rodas, pneus sem câmara 110/70 R17 na frente e 150/60 R17 atrás, e farol de LED. Ou seja, um bom pacote.
Com esse bom conjunto, a Dominar 400 exibe um desempenho bastante satisfatório. Não é um foguete, mas resolve bem os corres do dia a dia e é uma ótima opção de mobilidade urbana com aptidão para passeios de fim de semana. Confira aqui nossa avaliação exclusiva do modelo.
Vale lembrar que a Yamaha tem mais de 500 concessionárias espalhadas pelo país. Já a Bajaj, que está expandindo sua rede, até agora tem pouco mais de 30. Fica a pergunta: como ficará esse cenário no futuro, quando a Bajaj tiver muito mais pontos de venda do que tem hoje? Será que veremos a Dominar 400 dominar as ruas? A conferir - e com trocadilho!

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