A própria GWM tem noção do tamanho do desafio que será entrar em um segmento tradicionalmente bem conservador. E, por isso mesmo, garante que avaliou bem o mercado e os resultados - positivos e negativos - da concorrência para definir a sua estratégia no Brasil.
A equipe do WM1 esteve na China para conhecer de perto as picapes da linha Poer e outros detalhes da estratégia da GWM para a primeira picape média da marca no Brasil. Confira a seguir o que já sabemos.
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5 coisas que já sabemos sobre a GWM Poer
1. Duas Poer
Na verdade, a GWM Poer são duas picapes: uma caminhonete turbo-diesel, que na China é vendida com o nome de P12, e um modelo híbrido plug-in, conhecido como Sahar Hi4-T.Ambas são picape médias com chassi convencional e tem linhas e dimensões externas parecidas, mas a Sahar é ligeiramente maior - 5,44 metros ante 5,42 metros.
Além das dimensões maiores, a Sahar é uma picape mais refinada, com visual exterior mais atual e cabine mais caprichada, enquanto a P12 é uma caminhonete de linhas mais conservadoras.
2. Uma para cada público
No Brasil, a ideia é que a caminhonete híbrida seja voltada para um público mais aspiracional e aventureiro. Quase como um SUV raiz com caçamba. A sua única concorrente direta até o momento é a - também híbrida plug-in - BYD Shark.E, assim como na China, a picape P12 será posicionada abaixo na linha. O visual menos ousado - por dentro e por fora - e o conjunto mecânico mais conservador tornam esse modelo mais atraente para o trabalho e vão colocar a Poer a diesel na briga direta contra outras caminhonetes médias.
Algo que casa com a estratégia de interiorização das operações da GWM no Brasil e a demanda por um veículo de trabalho das concessionárias da marca fora do eixo sul-sudeste.
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3. Tropicalização
Na China, a Poer Sahar tem um conjunto motriz com 408 cv de potência, enquanto a P12 tem um motor 2.4 turbo-diesel de 184 cv de potência. Ambas com câmbio automático de nove marchas e tração 4x4.Mas a GWM destaca que ambas vão passar por um extenso processo de tropicalização, que incluirá até mesmo mudanças de calibração dos conjuntos motrizes - com variação nos números de potência e torque - e novos acertos de suspensão e direção.
Algo fundamental, já que o mercado chinês tem demandas bem distintas. E a picape chinesa que pudemos dirigir está bem aquém do que se espera de uma picape média para o Brasil.
4. Produção local
Ainda não se sabe se a primeira a chegar será a picape híbrida ou o modelo a diesel. Se eu pudesse fazer uma aposta, e levando em consideração o que eu ouvi na China, diria que o modelo 100% a combustão tem grandes chances de ser a primeira da fila.O que já se sabe é que os modelos da gama Poer chegarão importados, mas serão os próximos a ganharem produção nacional. A fábrica da GWM em Iracemápolís (SP) começará a operar em junho, com a montagem dos modelo da linha Haval H6.
Inicialmente, será feita a montagem dos automóveis com peças importadas da China. Mas já está nos planos a nacionalização progressiva dos modelos da marca.
5. Tudo definido, mas pode mudar
Os chineses são bem flexíveis e não têm medo de dar uma guinada na trajetória do barco se os ventos não forem tão favoráveis.A estratégia inicial é essa: oferecer uma picape mais raiz e outra mais sofisticada. Mas, dependendo da aceitação da caminhonete mais cara, nada impede que esse modelo receba a motorização turbo-diesel.
Essa opção, inclusive, já está disponível na China, onde a Poer Sahar também é comercializada com o propulsor 2.4 turbo-diesel. Seria uma boa ideia para o Brasil?
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