Quais são os carros elétricos mais baratos do Brasil? Essa é uma pergunta que está ficando cada vez mais comum no Google e nas ferramentas de inteligência artificial (IA). E isso por um simples motivo: crescimento da curiosidade das pessoas que, a cada dia que passa, encontram mais veículos com este sistema de propulsão nas ruas.
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As vendas, no entanto, estão estacionadas. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), no primeiro semestre de 2024 foram emplacados 31.188 veículos 100% elétricos, somando automóveis de passeio e veículos comerciais leves. Já nos primeiros seis meses deste ano, o total de emplacamentos foi de 30.561, uma queda de 2%.
Aparentemente, a oscilação é pouca. No entanto, quando comparamos com os números dos carros híbridos, os elétricos mostram que ficaram um pouco para trás. De janeiro a junho do ano passado foram comercializados 48.095 automóveis de passeio e veículos comerciais leves híbridos e, no mesmo período deste ano, o número saltou para 83.486, um crescimento realmente muito forte de 73,6%.
Apesar da estabilidade no volume de emplacamentos, os carros elétricos permanecem como uma excelente alternativa para quem tem uma vida 99,9% focada no perímetro urbano. Por isso, montamos uma lista dos cinco carros elétricos mais baratos do país atualmente.
Os 5 carros elétricos mais baratos do Brasil
5º - BYD Dolphin - R$ 149.990O quinto carro elétrico mais barato do Brasil é o BYD Dolphin: R$ 149.990. Atualmente, o segundo carro elétrico mais vendido do Brasil, atrás somente do seu irmão Dolphin Mini, o modelo entrega medidas bem interessantes com 4,12 metros de comprimento, 2,70 metros de distância entre os eixos, 1,77 metro de largura e 1,57 metro de altura. O porta-malas leva até 344 litros, o que é muito bom para um hatch.
Equipado com um motor elétrico de 95 cv e 18,3 kgfm de torque, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos e atinge a velocidade máxima de 160 km/h. A bateria de 44,9 kWh permite uma boa autonomia de 400 quilômetros.
4º - Caoa Chery iCar - R$ 119.990
Com apenas 3,20 metros de comprimento, o iCar é um subcompacto que chama atenção pelo motor elétrico de 61 cv e torque de 15,3 kgfm, aliado a uma bateria de 30,4 kWh que promete autonomia de até 282 km. A recarga é versátil: são sete modos de regeneração e tempos que variam de 5h em estações domésticas de 6,6 kW até apenas 36 minutos em pontos de carga rápida de 50 kW.
O iCar tem suspensão independente, freios a disco nas quatro rodas e uma central multimídia vertical de 10,25 polegadas que dá o tom tecnológico do modelo. Apesar do espaço limitado — o veículo é classificado como 2+2 e tem porta-malas com capacidade inicial de 100 litros —, o design busca compensar com soluções inteligentes, como carregamento por indução para celulares e bancos traseiros rebatíveis, que ampliam o compartimento para até 380 litros.
3º - BYD Dolphin Mini - R$ 119.990
Sucesso absoluto, o BYD Dolphin Mini foi o carro elétrico mais vendido do Brasil no ano passado e, em 2025, caminha a passos largos para o bicampeonato. Para se ter uma ideia, o modelo da marca chinesa acumula, nos sete primeiros meses, exatas 16.221 unidades comercializadas. O irmão Dolphin, segundo colocado, soma apenas 7.586, ou seja, menos da metade.
Em termos de produto, o "Dolphinho" é um hatchback subcompacto de 3,78 metros de comprimento, 2,50 metros de distância entre os eixos, 1,71 metro de largura e 1,58 metro de altura. O bagageiro leva até 230 litros.
Equipado com um motor elétrico posicionado no eixo dianteiro, o BYD Dolphin Mini desenvolve 75 cv de potência máxima e 13,7 kgfm de torque. A velocidade máxima é de 135 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 14,9 segundos. A autonomia é de aproximadamente 340 km graças a uma bateria de 38 kWh.
2º - JAC E-JS1 - R$ 119.900
Comercializado por R$ 119.900, o JAC E-JS1 ficou com a terceira posição na lista dos carros elétricos mais baratos do mercado brasileiro. Subcompacto, tem 3,65 metros de comprimento, 1,67 metro de largura, 1,54 metro de altura e 2,39 metros de entre-eixos.
Já o conjunto mecânico é composto por um motor dianteiro de 62 cv. Alimentado por uma bateria de 30 kWh, o carro pode rodar até 161 quilômetros, apontam os números oficiais do PBEV.
1º - Renault Kwid E-Tech - R$ 99.990
Único carro elétrico abaixo de R$ 100 mil, o Renault Kwid E-Tech é o carro elétrico mais barato do Brasil: R$ 99.990. Variação elétrica do subcompacto Kwid, o modelo é importado da China. Tem motor dianteiro de 65 cv e vai de zero a 100 km/h em 14,6 segundos. Com sua bateria de 27 kWh, roda até 185 quilômetros com uma carga.
Já as medidas estão em linha com seus principais concorrentes: 3,73 metros de comprimento, 1,77 metro de largura, 1,50 metro de altura e entre-eixos de 2,42 metros. O porta-malas tem capacidade máxima para 290 litros.
Carro elétrico é só economia? Vamos além da tomada
Zero emissões de poluentesQuando falamos de modelos elétricos, o principal ponto positivo é sempre o fato de esse tipo de veículo não poluir. Em um país como o Brasil, onde a matriz energética é considerada exemplar por ter maioria das fontes renováveis e limpas, essa condição fica ainda mais positiva.
Nessa conta, ainda sobra a poluição gerada no processo de fabricação, mas especialistas do setor defendem que ela se paga no uso. Segundo projeções feitas por estudiosos, em um ciclo de 100 mil quilômetros, todo o CO² gerado na produção e no uso do elétrico já é anulado. O carro a combustão, por outro lado, polui mais com o passar dos anos.
Baixo nível de ruídos
Outra poluição reduzida pelos carros elétricos é a sonora. Sem a atuação de motores térmicos, esses modelos fazem pouquíssimo barulho, o que acaba reforçando o conforto ao dirigir — e também do ambiente em volta.
Eficiência energética
Diferentemente dos motores a combustão, as unidades instaladas nos carros elétricos são consideradas bem eficientes. Enquanto os modelos movidos a bateria têm, em média, 90% de aproveitamento da energia gerada, os motores convencionais ficam entre 30% e 40%.
O desempenho das unidades elétricas também é bastante superior. Sem perdas causadas pelas partes mecânicas, a unidade usada nos modelos verdes é capaz de entregar todo o torque logo nas primeiras rotações.
Baixo custo de manutenção
A manutenção é outro ponto positivo dos carros elétricos. Isso porque, ao contrário dos motores térmicos, que costumam ter mais de mil peças, a unidade elétrica não chega nem a ter um décimo disso.
São duas peças principais, o rotor e o estator, além de outros componentes, como o inversor de corrente e a caixa de engrenagens. Com isso, não há necessidade de óleo no motor, filtros e outros lubrificantes, o que faz da manutenção um processo mais de acompanhamento do que de reparo ou substituição de peças, em si.
É claro que alguns componentes, comuns entre os dois carros, ainda precisam ser trocados — como pneus, pastilhas e fluidos dos freios. Sem esquecer, é claro, da bateria que, embora tenha uma vida útil bem longa, com a previsão de até 1.000 ciclos, será substituída em algum momento.
Sem gasto na bomba
Certamente, quem compra um carro elétrico está pensando também na economia de combustível que terá. E isso é fato: basta colocar na ponta do lápis o valor do quilômetro rodado nos elétricos frente ao dos carros a combustão.
Descontos em impostos
Para estimular a aquisição dos modelos verdes, alguns estados oferecem benefícios como a liberação do rodízio, como acontece em São Paulo, ou a isenção do IPVA vista em outras praças.
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Elétrico ou híbrido: qual é o mais vantajoso?
Definir qual sistema é mais vantajoso — elétrico ou híbrido — vai depender da sua necessidade. Para quem tem wallbox para recarga em casa, roda curtas distâncias apenas no perímetro urbano durante 99% da sua rotina, um carro elétrico pode ser uma excelente solução deNo entanto, caso a rotina seja baseada em grandes distâncias e com trechos rodoviários, um veículo híbrido é uma alternativa mais interessante, pois na cidade o propulsor elétrico será o protagonista, reduzindo emissões e aumenta a economia de combustível, enquanto na estrada o propulsor a combustão assumirá as ações.
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