A cerimônia foi realizada na fábrica paranaense, e o WM1 esteve presente. O evento formalizou a criação da nova empresa e detalhou o plano de expansão da união, que prevê a produção de duas plataformas eletrificadas e quatro modelos inéditos entre 2026 e 2027 — serão dois Geely e dois Renault, sendo um deles um Kwid totalmente inédito.
O evento teve a presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; do governador do Paraná, Ratinho Junior; do Chief Growth Officer do Renault Group e CEO global da marca Renault, Fabrice Cambolive; do vice-presidente sênior da Geely Holding Group, Victor Yang; e do presidente e diretor-geral da Renault Geely do Brasil, Ariel Montenegro.
Segundo a companhia, o objetivo do aporte é ampliar a competitividade industrial da empresa e acelerar a oferta de veículos eletrificados no mercado brasileiro, além de aproveitar a experiência global das duas fabricantes.
A maior parte dos recursos será destinada à produção nacional da plataforma GEA, da Geely — uma estrutura modular desenvolvida para veículos de zero e baixas emissões. A partir dela surgirão dois novos modelos, previstos para entrar em produção no segundo semestre de 2026.
Embora nenhum detalhe técnico ou comercial tenha sido divulgado, a Renault Geely do Brasil revelou que os veículos seguirão a estratégia global das marcas e terão foco em eficiência energética, conectividade e segurança, o que reforça a intenção da marca de disputar um espaço mais relevante no segmento de eletrificados. Além da plataforma GEA e desses dois modelos derivados dela, o investimento contempla também a renovação de um produto Renault já existente, cuja nova geração chegará no mesmo período, na segunda metade de 2026.
A marca não revelou qual veículo será modernizado, mas a apuração da reportagem da Webmotors descobriu que falamos do novo Kwid, que terá uma geração totalmente nova com atualizações de design, tecnologias de assistência à condução e novas soluções de motorização para acompanhar a transição energética da marca, já em curso no país.
E não para por aí: o plano industrial inclui ainda o desenvolvimento e a nacionalização de uma segunda plataforma voltada exclusivamente para veículos de zero emissões.
A partir dela será produzido um novo produto da Renault, praticamente certo de que será elétrico — e que tem lançamento programado para 2027.
Essa base, segundo a empresa, faz parte da estratégia global de expansão da eletrificação e permitirá maior autonomia, redução de custos e possibilidades de exportação para outros mercados da América Latina. A criação da Renault Geely do Brasil aconteceu após a conclusão de acordos pelos quais a Geely Holding Group e a Geely Automobile Holding adquiriram 26,4% de participação na Renault do Brasil.
A parceria também fortalece a cooperação já existente entre as empresas em outros mercados, como a joint-venture na Coreia do Sul e a operação da Horse, fornecedora global de motores a combustão e híbridos.
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A parceria ainda afirma que o desenvolvimento das novas plataformas no Paraná permitirá maior integração local de componentes, aumento do índice de nacionalização e redução de custos de produção, fatores considerados essenciais para ampliar cada vez mais a acessibilidade de veículos eletrificados no mercado brasileiro.
A Renault Geely do Brasil também finalizou o anúncio com a afirmação de que o investimento reforça o compromisso das duas companhias com o desenvolvimento econômico do Paraná, que amplia a capacidade produtiva do Complexo Ayrton Senna e garante novos ciclos industriais após anos de indefinição sobre o futuro de fábricas automotivas na região.
Com o aporte, a empresa projeta ampliar o ecossistema de fornecedores locais, gerar empregos diretos e indiretos e preparar a fábrica para suportar tecnologias avançadas de eletrificação, conectividade e segurança veicular. Com a formalização da joint-venture e o anúncio do plano industrial, Renault e Geely passam a atuar de maneira integrada no país, com estrutura administrativa conjunta e metas compartilhadas de crescimento.
A expectativa é que o novo ciclo de produtos contribua para reposicionar as marcas no mercado nacional e ampliar a participação especialmente nos segmentos de SUVs, híbridos e elétricos, que hoje são os que mais crescem no setor automotivo brasileiro.
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