MG Motor vai voltar ao Brasil; conheça os carros

A MG Motor, marca chinesa de origem britânica que pertence ao grupo SAIC, acaba de dar mais um passo rumo ao seu retorno ao mercado brasileiro. Registros no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) revelam que a empresa está cadastrando veículos com a razão social "GIG Brasil Indústria e Comércio de Veículos Automotores Ltda".

Além disso, a mais recente tabela do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro, mostrou quais deverão ser os primeiros modelos que desembarcarão por aqui: o hatch elétrico MG4, o SUV médio S5 e o esportivo Cyberster. MG, de MG Motor, é a sigla para "Morris Garages".

A volta da MG Motor

A movimentação indica que a MG pode estar estruturando operações locais com mais autonomia e, possivelmente, preparando o terreno para vendas diretas, logística própria ou até mesmo montagem local no futuro.

A MG, agora "MG Motor", vendeu carros no Brasil entre 2011 e 2013. Mas a operação foi considerada modesta e pouco impactante. A empresa teve apenas uma concessionária em São Paulo.

O nome GIG Brasil já constava nos bastidores como representante formal da marca, mas o uso oficial em registros nacionais de frota registra uma nova etapa na atuação da empresa por aqui.

Os documentos apontam diversos modelos, entre eles SUV, hatch e até um conversível que já circulam em testes ou foram exibidos discretamente. A MG já confirmou oficialmente que vai voltar a atuar no Brasil e vem fazendo movimentos coordenados, como nomeação de executivos e presença em eventos e feiras automotivas.

A marca tem como trunfo o custo-benefício aliado a tecnologias avançadas, incluindo carros elétricas e híbridos. No mundo, a MG é um dos braços mais agressivos da SAIC, com forte presença na Europa, Austrália e Ásia.

Ainda não há confirmação oficial sobre o cronograma de lançamento ou se haverá rede própria de concessionárias. Mas o avanço dos registros e a consolidação da GIG Brasil reforçam que a chegada está em fase final de estruturação.

Quais são os carros?

MG4

É o modelo mais importante da marca para conquistar volume. Hatch médio 100% elétrico, é o carro-chefe da MG em mercados como Europa, Austrália e alguns da América Latina. Construído sobre a plataforma modular MSP, combina visual arrojado com autonomia competitiva, especialmente nas versões com bateria de 64 kWh, que entregam até 435 quilômetros no ciclo WLTP.

Com motor traseiro de 204 cv de potência e tração traseira (importante dizer que há versões mais fracas e mais fortes lá fora), o hatch acelera de zero a 100 km/h em 7,7 segundos e pode ter recarga rápida em corrente contínua, de 10% a 80%, em cerca de 35 minutos.

O pacote pensado para o Brasil deverá ter itens como assistente de faixa, frenagem autônoma e central multimídia com conectividade completa. Por aqui, ele deve disputar com BYD Dolphin Plus e GWM Ora 03, mirando um consumidor que busca tecnologia, desempenho e design, mas com um preço acessível.

S5

O MG S5 é um SUV médio que representa uma aposta da marca em um segmento-chave do mercado brasileiro. O modelo combina dimensões generosas, porte robusto e visual moderno.

Em mercados internacionais, o S5 é oferecido com motor 1.5 turbo de 173 cv de potência e câmbio automático CVT que simula oito marchas. Esse conjunto pode ser mantido por aqui.

O interior segue o padrão global da MG, com painel digital, central multimídia flutuante e acabamento de boa qualidade, além de oferecer bom espaço para famílias e porta-malas amplo.

O S5 no Brasil seria rival de Jeep Compass, GWM Haval H6 e Toyota Corolla Cross, entre outros, e deverá atrair o público que ainda prioriza motorização tradicional, mas quer um carro moderno e conectado.

Cyberster

Por fim, o MG Cyberster é o modelo mais ousado entre os registrados no Brasil - conversível elétrico de dois lugares com portas tipo tesoura e proposta claramente esportiva.

É o modelo que marca o retorno da empresa às origens esportivas britânicas, com motorização elétrica e design futurista. É vendido na China com duas opções de conjunto mecânico: uma com tração traseira e 313 cv de potência, e outra com tração integral e 544 cv, ambas com baterias de 64 kWh ou 77 kWh e autonomia de até 520 quilômetros no ciclo chinês (CLTC).

O desempenho é digno de esportivo, com aceleração de zero a 100 km/h em cerca de 3,2 segundos na versão mais potente. No Brasil, o Cyberster deverá funcionar como vitrine tecnológica e modelo de imagem, assim como fazem o BYD Seal e o GWM Ora GT, reforçando o lado premium e aspiracional da fabricante em um mercado ainda em formação para elétricos esportivos.