Chevrolet Tracker 1.0 e 1.2

Chevrolet Tracker 1.0 ou 1.2? O duelo dos turbos

Comparamos duas versões extremas da nova geração do SUV compacto da GM. Veja como anda cada uma


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A nova geração do Tracker chegou cheia de banca com motores turbo em toda a linha e bastante oferta de equipamentos. WM1 dirigiu duas versões bem distintas desta terceira geração do utilitário esportivo compacto. De um lado, o modelo LT, intermediário, com motor 1.0 turbo. Do outro, a topo de linha Premier, também turbinada, só que com o 1.2.

Em termos de equipamento, não tem muito jeito - a Premier sobra, como você poderá ler mais abaixo. Mas no que diz respeito ao desempenho, o motor com maior capacidade volumétrica é garantia de melhor performance? E como fica o consumo e o acerto do câmbio automático de seis marchas? Veja o nosso comparativo virtual entre o Tracker 1.0 e 1.2.

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Acelerações

Os 17 cv a mais de potência obviamente pesam em favor do Tracker 1.2. Mas sente-se mais a força nas saídas de semáforo pelo barulho e impulso brusco do SUV, do que propriamente em uma performance muito mais veloz.

Nos números da Chevrolet, a diferença é até considerável. O propulsor de 133/132 cv precisa de 9,4 segundos para fazer o 0 a 100 km/h. Já o 1.0 de 116 cv leva 10,9 segundos para atingir a mesma velocidade. Contudo, na prática do trânsito urbano, pouco se nota a diferença.

Chevrolet Tracker Premier 1 3
Chevrolet Tracker Premier brilha mais pelos equipamentos do que propriamente pelo desempenho
Crédito: Fernando Miragaya/WM1
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Vale lembrar que os dois motores três-cilindros são bastante próximos. Segundo a General Motors, inclusive, compartilham a maioria dos componentes.

Acerto do câmbio

O câmbio automático de seis marchas conversa melhor, curiosamente, com o 1.0. Em ambas as versões, as mudanças são pontuais, mas nem tão ágeis - a calibragem visivelmente preza o conforto. Porém, com o motor "menor" a transmissão dá bem menos trancos e trabalha de forma mais progressiva e gradual nas acelerações.

Retomadas

Aqui as performances se aproximam mais. Tracker 1.0 e 1.2 proporcionam motores já com força quase máxima antes mesmo das 2.000 rpm. Com gasolina no tanque, a diferença de 19,2 para 16,3 kgf.m entre um e outro é pouco sentida em tais situações.

Só que há um turbo lag considerável entre a terceira e quarta marchas em ambos os casos. Você pisa e uma inércia incômoda acomete os dois conjuntos. É como se o pedal do acelerador estivesse em um vácuo espacial - por pouco tempo, mas causa estranheza.

Chevrolet Tracker Lt 1.0
Chevrolet Tracker LT 1.0 é mais econômico e conversa bem com o câmbio automático de seis marchas
Crédito: Fernando Miragaya/WM1
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Depois disso, é só alegria. O SUV compacto ganha embalo para ultrapassagens na estrada, ou mesmo para encarar aquele trecho íngreme. Atingir velocidades maiores na rodovia não exige sacrifícios. A 100 km/permitidos, o 1.2 roda a 2.100 rpm, enquanto o ponteiro do conta-giros do 1.0 fica pouca coisa abaixo das 2.000 rotações.

Consumo

Como era de se esperar, o 1.0 é mais econômico. Principalmente na cidade, enquanto a diferença para o 1.2 no ciclo rodoviário é bem pouca. Com os modelos avaliados, o computador de bordo anotou médias de 12,2 km/l em uso misto do 1.0, contra 10,1 km/l nas mesmas condições com o 1.2 - sempre com gasolina.

Confira os números do Inmetro

  • Tracker 1.0: 8,2 km/l (cidade) e 9,6 km/l (estrada) com etanol; 11,9 km/l (cidade) e 13,7 km/l (estrada), com gasolina
  • Tracker 1.2: 7,7 km/l (cidade) 9,4 km/l (estrada) com etanol; 11,2 km/l (cidade) e 13,5 km/l (estrada), com gasolina
  • Equipamentos

    Aqui, só vamos relacionar as duas versões, uma vez que é esperado que a Premier topo de linha seja a mais completa, tanto em equipamentos como em desenho externo - com mais uso de cromados e acabamento diferenciado. Afinal, são R$ 23.600 de diferença entre um e outro. Bom lembrar que a Chevrolet vai mexer na linha em outubro, porém estas duas versões continuarão.

    LT 1.0 Turbo - R$ 95.890

    • Itens de série: seis airbags, controles de estabilidade e tração, assistente à partida em rampas, câmera e sensor de ré, chave presencial para partida do motor por botão e abertura/travamento das portas, central multimídia MyLink - com tela de 8", conectividade com Android Auto e Apple CarPlay, Bluetooth, comandos no volante e 3 entradas USB -, wi-fi nativo (pacote de internet pago à parte), ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico, controle de cruzeiro, regulagem de altura dos faróis, rack no teto na cor prata, rodas de liga leve com aros de 16", start/stop do motor e grade frontal com detalhes cromados.
    • Premier 1.2 Turbo AT - R$ 119.490

      • Principais itens de série: os mesmos da LT mais alerta de colisão frontal, frenagem automática de emergência em baixa velocidade, indicador de distância do veículo à frente, sistema de estacionamento automático, sensores de estacionamento laterais e dianteiros, alerta de ponto cego, retrovisor eletrocrômico, carregador de smartphone sem fio, frisos cromados nas molduras das janelas, detalhes cromados nas maçanetas, para-choques pintados na cor do veículo com detalhes na cor prata, rodas de liga leve aro 17", retrovisores com luz indicadora de direção integrada, tela TFT do quadro de instrumentos colorida e bancos com revestimento exclusivo da versão e sensores de luminosidade e de chuva.
      • Conclusão

        Como a diferença de desempenho entre os Tracker 1.0 e 1.2 é bem sutil e pontual, a escolha entre um e outro vai no quanto a pessoa está disposta a desembolsar, ou o que espera de um SUV. Para quem quer que mais conforto, eletrônica embarcada e itens de condução semi-autônoma, e não se importa em pagar bem mais por isso, a pedida é a Premier.

        Porém, se o desejo é ter um SUV moderno e eficiente para o dia dia, sem mimos e só com o previsível em termos de itens de conforto, o 1.0 em nada deixa a desejar. E com parte dos 23 mil de diferença, ainda é possível incrementar o carro com opcionais e acessórios.

        Veja nosso teste com o Chevrolet Tracker

         

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