Kwid E Tech X Byd Dolphin Mini 2723 (9)

Dolphin Mini vs. Kwid E-Tech: qual é mais negócio?

O recém-chegado subcompacto da marca chinesa enfrenta o elétrico mais barato do Brasil; confira o comparativo


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E os carros elétricos avançam em direção à clientela dos compactos a combustão. O mais recente desses automóveis "populares" a bateria a chegar ao mercado brasileiro é o BYD Dolphin Mini, um hatch subcompacto que surge como o modelo mais acessível da marca chinesa por aqui.

O Dolphin Mini mal chegou e nós aqui do WM1 já colocamos o carrinho para uma disputa palmo a palmo (ou seria quilowatt a quilowatt?) contra o Renault Kwid E-Tech, subcompacto que será um dos principais concorrentes do pequenino da BYD no mercado brasileiro. Qual deles se sai melhor nessa disputa?

Comparativo: Dolphin Mini vs. Kwid E-Tech

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Visual e dimensões

O BYD Dolphin parece um carro mais esportivo e caro do que realmente é. Mérito de escolhas estéticas como a frente com uma (clara) inspiração nos Lamborghini, os apliques plásticos nas laterais, além das rodas de liga leve de 16 polegadas.

O resultado é um carro bem bonito, ainda que com o porte típico dos subcompactos: são 3,80 m de comprimento, 1,58 m de altura, 1,50 m de largura (medida sem os retrovisores) e entre-eixos de 2,50 m.

Já o Renault Kwid E-Tech é quase idêntico ao carro a combustão mesmo sendo produzido a dezenas de milhares de quilômetros de São José dos Pinhais (PR) - o elétrico é importado da China.

Os dois Kwid têm o perfil inspirado nos SUVs e a suspensão elevada. As rodas também são mais simples do que no concorrente da BYD. São de aço, com 14 polegadas e cobertas com calotas plásticas.

A principal diferença estética do E-Tech para o 1.0 brasileiro está na grade dianteira, que esconde a tomada de recarga. Em tamanho, o Kwid elétrico é pouco menor que o Dolphin Mini: são 3,73 m de comprimento, 1,50 m de altura, 1,58 m de largura (medida sem os retrovisores) e entre-eixos de 2,42 m.

Cabine

O BYD tem uma cabine bastante ampla para um subcompacto. Apesar de ser estreita (o Dolphin Mini leva apenas quatro ocupantes), exibe bom espaço para as pernas na dianteira e também na traseira. Já o visual segue as linhas sinuosas dos carros mais caros da marca, inclusive repetindo o layout do painel digital e da central multimídia com tela giratória.

O nível de acabamento da Dolphin Mini surpreende para um subcompacto. Tem materiais mais simples que os vistos em modelos como o Dolphin, mas a monotonia passa longe. Há boa variação de cores e texturas e até presença de materiais macios ao toque, inclusive nos painéis de porta. Um ponto negativo é o espaço do porta-malas, que tem capacidade de 230 litros.

Neste quesito, aliás, ponto para o Kwid E-Tech, que tem porta-malas com 290 litros de capacidade. Volume ótimo para um subcompacto e maior, inclusive, que o oferecido por alguns compactos. Por outro lado, o elétrico da Renault herda o interior (despojado) do carro a combustão.

Ou seja: a cabine (quase monocromática) é dominada pelos plásticos rígidos. E o espaço para os passageiros (o elétrico também é homologado para quatro ocupantes) é inferior ao encontrado no concorrente.

Por outro lado, sem muitas firulas, o Kwid E-Tech é um carro de comandos intuitivos e mais próximos dos modelos de entrada a combustão, enquanto o BYD exige um tempo de adaptação.

Equipamentos

Aqui, outro ponto para o Dolphin Mini. A lista de itens de conforto tem ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos, bancos de couro com ajustes elétricos para o motorista, coluna de direção ajustável em altura e profundidade, painel digital, central multimídia com tela de 10,1 polegadas, chave presencial e carregador de celular por indução.

Já o pacote tecnológico e de segurança inclui faróis e lanternas de LED com acendimento automático, controlador automático de velocidade, seletor de modos de condução com três opções de ajuste (Eco, Normal e Sport), câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro. Airbags laterais e de cortina, assistente de partida em rampas, além dos obrigatórios controles de tração e estabilidade, completam a lista.

O Kwid E-Tech tem uma lista de equipamentos mais simples. De série, tem ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos, multimídia com tela de sete polegadas, painel digital, câmera de ré, monitor de pressão dos pneus e regulagem de altura dos faróis.

Já o pacote de segurança e tecnológico tem limitador de velocidade, airbags laterais e de cortina, controles eletrônicos de tração e estabilidade e assistente de partida em rampas.

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O BYD Dolphin Mini tem um conjunto motriz de 75 cv que garante bom desempenho no uso urbano
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Mecânica e desempenho

O Dolphin Mini tem motor dianteiro com 75 cv de potência e 13,8 kgf.m de torque. Esse propulsor permite ao subcompacto acelerar de zero a 100 km/h em 14,9 segundos e chegar à velocidade máxima de 130 km/h. Já a bateria tem 38 kWh de capacidade e proporciona autonomia de 280 quilômetros no padrão PBEV.

Ágil para uso urbano, o BYD é um carro bom de guiar, com direção elétrica bem progressiva (leve em manobras e precisa em altas velocidades) e um comportamento típico de modelos maiores a combustão. O pacote tecnológico também impressiona para um carro da sua categoria.

A posição de guiar é alta, mas não é difícil achar um ajuste ideal e mais agradável para quem curte guiar mais próximo ao assoalho do que ao teto, já que o banco do motorista tem ajustes elétricos e a coluna de direção é ajustável em altura e profundidade. Ah, e a partida é por botão.

O Dolphin Mini só não gabarita o teste por um fator muito importante: a suspensão, que apesar do acerto bem macio, não lida muito bem com pisos irregulares. Dependendo do obstáculo, atinge fácil o fim de curso e faz o carro quicar. Isso sem contar o som de pancada seca.

O Renault Kwid E-Tech tem 10 cv a menos, mas é mais leve e até mais ágil que o Dolphin Mini
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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O Kwid E-Tech tem motor com 65 cv de potência e 11,5 kgf.m de torque. Mas consegue ser até um pouco mais ágil que o BYD: zero a 100 km/h em 14,6 segundos e velocidade máxima de 130 km/h. Esse comportamento se reflete no uso cotidiano. Pisando fundo, dá para sair cantando pneu com certa frequência.

É que o subcompacto da Renault é bem mais leve: 977 quilos, ante os 1.239 quilos do Dolphin Mini. Mas o Kwid E-Tech é menos agradável de dirigir que o BYD. A coluna de direção é fixa e o assento do motorista só oferece uma opção de altura: extremamente alta. Algo que me incomodou mesmo tendo menos de 1,65 m.

Despojado, o Renault exige que o motorista faça como os astecas e gire a chave no contato para ligar o motor. O sucesso da operação é sinalizado apenas com o aparecimento de um "OK" no painel. E só.

Por outro lado, o acerto da suspensão do Kwid é mais adequado para as ruas brasileiras. Com curso maior, enfrenta com mais tranquilidade (e silêncio) os trechos de asfalto ruim.

O BYD Dolphin Mini é mais sofisticado, enquanto o Renault Kwid E-Tech é mais parecido com os carros a combustão
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Conclusão

Ficou bem claro que, mesmo custando R$ 115.800, o Dolphin Mini é uma escolha melhor para quem está em busca de um carro elétrico de entrada. Bem equipado e com bom nível de conforto, além de autonomia próxima às dos automóveis a bateria de maior porte, o subcompacto da BYD pode até substituir um compacto a combustão.

Já o Renault Kwid sai por R$ 99.990 e é a escolha pela austeridade. É mais simples, menos equipado e roda menos. Por outro lado, tem uma suspensão mais compatível com os pisos brasileiros e, com menos recursos, é um carro mais simples para se dominar. Pode ser uma opção para quem quer um elétrico para trabalhar e nem liga tanto para tecnologia ou estilo.

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