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Honda Fit x Golf Variant: uma escolha em família

Os modelo da marca japonesa e da VW são ótimas opções para quem procura conforto, espaço e segurança

por Marcus Celestino

O Brasil, assim como o resto do mundo, foi soterrado por uma avalanche de SUVs. A ascensão da categoria no país causou a derrocada de outros segmentos do mercado. Os utilitários esportivos atuaram como verdadeiros canibais e praticamente apagaram minivans e station wagons da existência.
O carro familiar passou a ser aquele com posição de dirigir elevada, maior altura em relação ao solo e carinha de valente. Isso fez com que nossos dois competidores, o monovolume Honda Fit e a station-wagon Golf Variant fossem à lona.
Evidentemente que não colocaremos os dois modelos em combate direto. O tête-à-tête é virtual serve para destacar algumas das (ótimas) características da dupla. Atributos esses que deixam muito SUV no chinelo, especialmente quando levamos em consideração a proposta familiar dos dois produtos.
O Honda Fit 2018 entra em campo na configuração EXL. O monovolume sai por R$ 67.900. Já a Golf Variant ano 2015 e modelo 2016 dá as caras na versão Highline. O vendedor pede R$ 69.990 pela perua da Volkswagen.
Vamos ver o que Honda Fit EXL e VW Golf Variant têm a oferecer aos compradores?

Espaço

Como bons veículos pensados para a família, tanto Golf Variant quanto Fit EXL oferecem espaço interno adequado para condutor e demais ocupantes. No caso do monovolume da Honda, o problema fica por conta do pequeno assento, que pode prejudicar a posição para dirigir de um motorista com 1,80 m ou mais.
A perua da Volkswagen, por sua vez, consegue acomodar quatro adultos com um pouco de aperto, mas nada que incomode tanto.
O ponto alto dos dois modelos fica por conta do porta-malas. O Golf oferece 605 litros de capacidade de carga para que você acomode as bugigangas. No caso do Fit, a família tem 363 litros para “brincar”. No entanto, o sistema modular dos bancos dá a possibilidade de transportar umas coisinhas a mais.
Quanto às dimensões, Fit e Golf Variant apresentam números interessantes para quem não está a fim de perder tempo para encontrar por uma vaga que atenda ao seu carro. O monovolume tem 4,09 m de comprimento, 1,69 m de largura, 1,52 m de altura e 2,53 m de entre-eixos. O station wagon, claro, tem números um pouco maiores: 4,5 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,48 de altura e 2,63 m de entre-eixos.
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Equipamentos

A versão EXL do Honda Fit tem como destaques ar-condicionado digital, sistema multimídia com tela de 7’’, conectividade com Android Auto e Apple CarPlay e navegação integrada, ajuste de altura e profundidade do volante, faróis e luzes diurnas de LED, bancos revestidos de couro e retrovisores externos eletricamente rebatíveis.
O monovolume ainda oferece câmera de ré com três tipos de visão e tweeters no sistema de som. As rodas têm 16’’ e são de liga leve.
A Golf Variant também tem pacote de itens recheado. A configuração Highline dispõe de ar-condicionado com duas zonas de ajuste, bancos de couro, volante multifuncional, direção com coluna ajustável em altura e profundidade, controle de cruzeiro, sensores de estacionamento, sistema multimídia com tela sensível ao toque de 5,8’’ e rodas aro 16’’.

Já o quesito segurança não é escanteado por nenhum dos nossos "atletas". O Honda Fit EXL vai de controle de tração e assistente de partida em rampa, airbags laterais e de cortina. O Golf oferece, além disso, bloqueio eletrônico do diferencial.
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Desempenho

Talvez seja aqui onde resida a maior distinção entre Honda Fit e Golf Variant. Enquanto o monovolume é dotado de conjunto mecânico mediano e desempenho pragmático, a perua da Volkswagen tem comportamento dinâmico interessantíssimo.
A Golf Variant HIghline é empurrada por motor 1.4 TSI que gera 140 cv de potência e 25,5 kgf.m de torque entre 1.500 rpm e 3.000 rpm. Vale frisar que o propulsor só aceita gasolina – nada de etanol. A transmissão é automática de sete velocidades e dupla embreagem.

Aliado à suspensão McPherson na dianteira e multibraço na traseira, o conjunto motor/ caixa rende bom divertimento ao condutor. Surpreende a estabilidade da perua, acima da média para veículos com pegada familiar.
Em termos de desempenho, o Honda Fit não impressiona. Não é ruim, entenda, mas não impressiona mesmo. O modelo tem motor 1.5 de 116 cv de potência a 6.000 rpm e 15,3 kgf.m de torque a 4.800 rpm quando abastecido com etanol. O câmbio é automático do tipo CVT.
Este conjunto garante ao Fit desempenho sem sobras. No entanto, quando muito exigido, deixa a desejar. Outro ponto negativo advém da transmissão. Mesmo com o bom isolamento acústico, o grito por socorro do conjunto mecânico invade o habitáculo.
Por fim, vale ressaltar que Fit e Golf, apesar de não aturarem vias esburacadas tão bem quanto os SUVs, oferecem muito mais estabilidade ao condutor. A tocada dos dois é mais firme e a caixa de direção dos modelos têm respostas mais rápidas que as de um utilitário esportivo.

Conclusão

É uma pena que monovolumes como o Fit e peruas como a Golf Variant tenham perdido espaço no mercado para modelos que geralmente são cordeiros em pele de lobo. Tanto o modelo da Honda quanto o da Volkswagen cumprem muito bem o papel de carro familiar a que se propõem.
Escolher um dos dois é até covardia. Até porque, a seleção é subjetiva e vai muito do gosto do freguês. Tanto o modelo da Honda quanto a perua da VW são belos antídotos contra as SUVs. A família ficará feliz com qualquer que seja o produto escolhido.

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