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Jeep Renegade básico ou Fiat Pulse completo?

SUVs com vendas expressivas têm desempenho chamativo e diferença de R$ 1 mil no preço de tabela

por Lukas Kenji

A diferença de preços entre o Fiat Pulse completo e o Jeep Renegade básico é de R$ 1 mil. Então, qual é o melhor SUV para sua garagem: um modelo mais econômico e mais equipado ou um mais potente e mais espaçoso?

Essa disputa caseira, entre dois modelos da Stellantis, coloca frente a frente dois produtos com resultados expressivos nas vendas. Mais novo, o representante da Fiat foi o SUV mais comercializado do Brasil em abril. Em contrapartida, o consolidado Renegade, liderou a categoria em 2021.

Mas o Jeep sofreu uma mudança intensa na política de preços na nova linha. Ficou cerca de R$ 25 mil mais caro e agora parte de R$ 127.590 na versão Sport. Embora chamativo, o valor não foge do pedido pelo Fiat Pulse Impetus. A versão topo de linha do modelo da marca italiana sai por R$ 126.590.

Será que o Renegade básico tem entrega de equipamentos defasada em relação ao Pulse completão? Comecemos pelos componentes exteriores. Na frente, o SUV da Jeep não entrega faróis de neblina, mas tem luzes diurnas em LED, enquanto os projetores principais são full LED.

É um sistema de maior alcance em relação aos faróis do Pulse. Mas só o modelo da Fiat é equipado com facho alto automático. Além disso, o carro fabricado em Betim (MG) tem luzes neblina em LED.

O conjunto de rodas de ambos os SUVs é de 17 polegadas. No Renegade, o acabamento é mais simples, enquanto o Pulse tem visual diamantado.

Outra diferença estética é que o utilitário feito em Minas tem carroceria com pintura bicolor e adornos cromados na grade e maçanetas. Já o rival produzido em Goiana (PE) tem acabamento em plástico fosco na maior parte dos adereços. No entanto, o raque de teto do Renegade é funcional, enquanto o Pulse tem um elemento apenas decorativo.

Os dois personagens do comparativo entregam câmera de ré, mas só o Pulse tem sensores de estacionamento nas duas extremidades.


Menos materiais, mais qualidade

Agora vamos falar sobre a parte interna dos habitáculos. Embora o Renegade tenha layout mais simples e pouca diversidade de materiais, o acabamento é melhor em relação ao adversário. Existe até revestimento emborrachado no painel, enquanto o Pulse tem falhas no encaixe de peças na caixa de direção e no nivelamento do porta-luvas com a base do painel.

O Renegade Sport tem revestimento em tecido nos bancos. O mesmo material está no encosto de braço central e das portas. Ou seja, não há oferta de couro. Mas a verdade é que o material nobre só faz falta no volante multifuncional, que é o componente que o motorista mais tem contato durante a jornada.

As telas digitais também são mais simples em relação ao Pulse. O cluster tem um computador de bordo de 3,5 polegadas, enquanto a central multimídia é de 7 polegadas. No Fiat, o display central tem 10,25” e o painel de instrumentos é de 7”.

Ambos os modelos dispõem de pareamento sem fio com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay. Mas só o Pulse tem carregador de celular por indução.

Outras exclusividades do Fiat em relação ao concorrente deste comparativo são ar-condicionado digital, chave presencial com partida por botão, bancos revestidos em couro, acendimento automático dos faróis, seis airbags e chip de internet 4G para a central multimídia.

Por outro lado, só o Renegade tem freio de estacionamento eletrônico. O SUV da Jeep entrega ainda quatro airbags e sistema de climatização manual. Algo que os dois compartilham são controle de cruzeiro, frenagem de emergência, assistente de manutenção em faixa e botão Sport, que interfere na transmissão e no controle de estabilidade em busca de uma direção mais vigorosa.

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Os mais potentes

Sobre desempenho, os protagonistas do comparativo são equipados com motores da mesma família, a GSE Turbo. Ambos são os mais potentes em suas respectivas categorias. O Pulse entrega até 130 cv de potência a 5.750 rpm por meio do motor 1.0 T200. Já o Renegade desenvolve até 185 cv a 3.750 rpm graças ao propulsor 1.3 T270.

A numeração dos conjuntos tem a ver com o torque em newton-metros. Na conversão para kgf.m, medida mais usual no Brasil, temos 20,4 kgf.m a 1.750 rpm para o Fiat e, 27,5 kgf.m a 1.750 giros para o Jeep.

Os dois modelos entregam direção satisfatória, com respostas rápidas e performance agradável tanto em vias urbanas quanto na estrada.

Mas é o SUV feito em Pernambuco o mais rápido do comparativo. O carro da Jeep cumpre com a aceleração de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos, enquanto o adversário precisa de 9,3 segundos para realizar a tarefa.

O Pulse dá o troco quando o assunto é consumo de combustível. Na cidade, o índice é de 12 km/l, quando abastecido com gasolina. No mesmo cenário, o Renegade tem desempenho de 10,5 km/l.

O modelo da Fiat também apresenta acerto de suspensão satisfatório, muito por conta do perfil da carroceria que mais se assemelha a um hatch do que a um utilitário-esportivo. Já o Renegade tende a apresentar efeito mergulho em frenagens em consequência da altura elevada da carroceria de 1,70 m para um comprimento de 4,27 m. É, portanto, 17 cm mais comprido do que o Pulse.

O Jeep leva vantagem ainda em relação à distância entre-eixos. São 2,57 m, ante 2,53 m do rival. Isso garante mais tranquilidade para as pernas dos passageiros traseiros.

Quanto ao porta-malas, a diferença é menos relevante. O bagageiro do SUV veterano é de 285 litros, contra 270 litros do novato. O ponto positivo mais relevante para o Renegade é a base plana do compartimento, o que facilita a vida do motorista ao guardar itens volumosos e pesados.

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Pós-venda

Mas o Pulse volta a ficar à frente da disputa quando o quesito é pós-venda. A apólice de seguro mais barata para o modelo da Fiat é de R$ 4.265,24, enquanto o Jeep tem oferta mais relevante de R$ 4.853,70.

O Fiat segue como mais vantajoso em relação à revisão. O orçamento para os seis primeiros serviços totaliza R$ 4.180. A Jeep, por sua vez, cobra R$ 5.369.

Embora os custos de manutenção do Pulse sejam mais em conta, o Renegade ainda pode ser considerado uma boa opção mesmo na versão de entrada Sport. Isso porque a diferença no preço de tabela entre os dois modelos é praticamente irrisória e mesmo assim, o representante da Jeep tem boa entrega de equipamentos.

O carro feito em Pernambuco é, ainda, mais potente e mais econômico. Portanto, oferece uma experiência mais satisfatória no conjunto da obra. Por outro lado, o Pulse é uma ótima alternativa para quem prioriza o consumo de combustível e leva em consideração itens mais avançados de conectividade.

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