City Touring Vs. Creta Comfort

City topo de linha ou Creta de entrada?

Por R$ 142 mil você tem a opção de levar a versão topo de gama do sedã ou a de entrada do SUV. Qual é mais negócio?


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Esse é daqueles duelos sem muito sentido, mas que na realidade tem total coerência. Dois grandes lançamentos recentes tem preço e proposta distintos, mas valores conflitantes em certa zona de mercado. Falamos de Honda City Touring e Hyundai Creta Comfort - sim, um sedã e um SUV.

O Honda City na versão Touring, com motor 1.5 flex de 16V com injeção direta, 126 cv e 15,8 kgf.m de torque, pode ser seu por R$ 142.400. Do outro lado, o Hyundai Creta Comfort, na versão de entrada com motor 1.0 turbo flex com até 120 cv e 17,9 kgf.m, pede R$ 141.890.

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E aí, o que fazer? Levar o sedã na configuração mais completa ou assinar o cheque da variante mais em conta do SUV? Abaixo, vamos levantar vantagens e desvantagens de cada um para descobrir.

Creta Comfort encara City Touring

Sabemos que não é simples comparar carros com carroceria - e proposta - totalmente diferentes. Também sabemos que o rival do direto do Hyundai Creta é o Honda HR-V, não o City. E nós também lembramos que o Hyundai HB20S seria o oponente do Honda City.

Mas o preço dos dois em questão é praticamente o mesmo: R$ 142 mil. Faz sentido essa comparação? Total! E lembrando que os SUVs têm roubado muitos clientes dos poucos sedãs ainda vivos no mercado brasileiro.

 City Touring Vs. Creta Comfort: não são concorrentes diretos, mas pelo preço... Por que não considerá-los?
City Touring Vs. Creta Comfort
Legenda: City Touring Vs. Creta Comfort: não são concorrentes diretos, mas pelo preço... Por que não considerá-los?
Crédito: Arte sobre Divuulgação
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Prós e contras do Honda City

Vamos começar falando do sedã, apresentado na semana passada. A versão Touring citada é a mais cara e completa da linha. Como mencionado, ela custa R$ 142.400.

Completo, vem de série com freio de estacionamento eletrônico por botão; pacote Honda Sensing de itens de auxílio ao motorista, como frenagem autônoma de emergência; corretor automático de faixa e ACC - que agora tem função Stop&Go; ar-condicionado com duas zonas de atuação e carregador de celular por indução, além de central multimídia com CarPlay e Android Auto sem fio.

Além disso, o modelo é mais econômico: com o motor 1.5 e câmbio automático do tipo CVT, ele pode fazer 9,3 km/l na cidade e 10,4 km/l com etanol e 12,8 km/l e 15,5 km/l, respectivamente, com gasolina.

Outra vantagem é o porta-malas, de bons 519 litros.

Como desvantagem, claro, vamos citar o fato de ele ser sedã, carroceria evidentemente em queda de procura no Brasil e no mundo; o porte mais baixo em relação ao concorrente e o desempenho, já que o Creta usa motor turbo e tem mais torque, enquanto o City, mesmo mais econômico, tem respostas mais lentas por conta do motor aspirado.

Honda City mudou levemente de visual para 2025 e ganhou ainda mais equipamentos
Crédito: André Deliberato/WM1
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Prós e contras do Hyundai Creta

O Hyundai Creta Comfort pede R$ 141.890 e, apesar de ser a configuração mais barata do modelo, já vem com um bom pacote de itens de série.

Anote aí: rodas de liga leve de 16 polegadas; quadro de instrumentos digital de oito polegadas; seis airbags; faróis com acendimento automático; sensor de estacionamento traseiro, central multimídia com tela de oito polegadas; câmera de ré; chave presencial e controlador automático de velocidade são alguns dos equipamentos ofertados pela versão.

É um bom pacote, de fato, mas o City tem o requisitado sistema ADAS, coisa que só aparece no SUV da Hyundai na variante mais cara, a Ultimate, de R$ 189.990.

O consumo de combustível também joga contra o SUV: são 8,4 km/l na cidade e 9 km/l na estrada com etanol e 12 km/l e 12,7 km/l, respectivamente, com gasolina. São bons números, mas que ficam longe daqueles alcançados pelo modelo da Honda.

Ok, mas lembrem-se: o Creta é turbo e anda mais.

Em termos de porta-malas, mais uma vitória para o City, já que o bagageiro do Creta pode carregar até 422 litros.

Também é claro que há desvantagens. Aqui falamos sobre nível de acabamento - não custa lembrar que estamos comparando a versão de topo de um produto com a de entrada de outro - e também sobre preços e serviços de pós-vendas, afinal os valores de manutenção de produtos considerados de categoria "superior" costumam ser mais caros, exatamente como acontece nesse caso.

Hyundai Creta mudou totalmente de desenho e ganhou versões ainda mais completas
Crédito: Divulgação
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Conclusão

Em resumo, de um lado temos um sedã compacto econômico, bem acabado e completo; do outro, a versão de entrada de um dos melhores SUVs do mercado, menos equipada que suas outras variantes, mas que pede o mesmo que o sedã para oferecer mais status e desempenho, embora menos porta-malas e consumo.

Se por acaso um dos dois estiver na sua mira, anote e guarde essas considerações para pensar com carinho na decisão. Mas saiba de uma coisa: os dois carros comparados são ótimas compras.

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