Comparativo Nivus 208

Peugeot 208 x Volkswagen Nivus: duelo de conceitos

Pelo mesmo preço você pode ter a nova geração do hatch ou o SUV-cupê. Qual que combina melhor com a sua garagem?


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Dois lançamentos recentes sacudiram seus respectivos segmentos, seja pelo design inovador, pela tecnologia embarcada ou pelo assombro causado pelos preços. De um lado, a segunda geração do Peugeot 208. Do outro, o Volkswagen Nivus.

O nobre leitor vai indagar: mas o que um tem a ver com o outro? Nada, a não ser o preço das versões.  Justamente por isso resolvemos fazer o comparativo virtual destas propostas diferentes. Afinal, quase pela mesma grana, você pode levar um hatch pequeno com visual arrojado e acerto mais firme. Ou um SUV-cupê compacto com espaço no porta-malas e proposta mais familiar.

Para tal, elegemos as versões topo de linha de cada modelo para este duelo virtual. Pela marca francesa, o 208 Griffe, que custa R$ 94.990. Do outro, o Nivus Highline, com preço de R$ R$ 98.290. Veja quem se sai melhor em cada um dos quesitos.

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Desempenho e consumo

A vantagem do Nivus neste primeiro quesito é inevitável. O modelo da Volks usa motor turbo TSI de 128/116 cv e torque de 20,4 kgf.m disponível já nas 2.000 rpm. Ou seja, você tem respostas rápidas do propulsor em baixos giros, e uma transmissão automática de seis marchas bastante ágil, o que garante arrancadas e retomadas bastante espertas.

O 208 já oferece uma performance mais adequada para o uso urbano mais pacato. Não que o 1.6 16V aspirado de 118/115 cv e até 16,1 kgf.m a 4.000 rpm seja moroso. Porém, o hatch não tem retomadas tão ligeiras e esse mesmo câmbio apresenta um delay entre a terceira e a quarta. Detalhe que o modelo é fabricado na Argentina, de onde já sai com um 1.2 turbo...

Peugeot 208 Griffe 1.6 AT
Peugeot 208 Griffe tem tecnologias modernas e desenho bastante instigante
Crédito: Fernando Miragaya/WM1
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Para ter desempenho um pouco mais ágil no 208 é preciso apelar para o botão Sport. Neste modo, o hatch fica bem mais interessante, já que o motor trabalha em giros mais altos e a caixa automática de seis velocidades estica mais as marchas. Claro, que cobrará um pouco mais do consumo.

Nesta questão de eficiência o SUV-cupê também se vale do turbo. O Nivus tem médias de consumo, segundo o Inmetro, pouco melhores que o 208 com etanol e também na estrada com gasolina. Em compensação, na cidade e com o combustível fóssil, o Peugeot supera o utilitário.

Consumo com etanol

  • 208: 7,5 km/l (cidade) e 9,0 km/l (estrada)
  • Nivus: 7,7 km/l (cidade) e 9,4 km/l (estrada)
  • Consumo com gasolina

    • 208: 10,9 km/l (cidade) e 13,1 km/l (estrada)
    • Nivus: 10,7 km/l (cidade) e 13,2 km/l (estrada)
    • Acerto dinâmico

      Com dimensões enxutas e uma carroceria com boa rigidez, o 208 se mostra mais no chão. Em curvas e retas o hatch fica bem grudado, enquanto a direção tem respostas precisas - e a direção é igualmente firme e direta nas retas em altas velocidades.

      O Nivus está longe de ser um “João Bobo” - inclusive, é melhor acertado nesse quesito que o seu irmão mais velho T-Cross. Mas a proposta aqui é de um jipinho confortável e a altura livre do solo vai refletir uma carroceria que aderna mais em curvas. A direção também não é tão direta como no hatch.

      Conforto

      O novo 208 cresceu no comprimento, mas se mantém acanhado. O espaço na frente é até interessante para os ocupantes, porém encontrar a posição de dirigir é complicada, porque o aro do volante geralmente tapa o bacana quadro de instrumentos digital e em 3D. Exceto por isso, motorista tem boa ergonomia e parece estar em um cockpit, reforçado pelo volante com as partes superior e inferior retas e banco justo.

      VW Nivus Highline é bom de dirigir e tem equipamentos semi-autônomos
      Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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      O problema é para quem viaja atrás. Mesmo sem o banco dianteiro totalmente recuado, pessoas com 1,75 m de altura ficam com os joelhos muito rentes e perigam raspar a cabeça no teto quando vão no assento traseiro. Para piorar, o porta-malas perdeu 20 litros nesta segunda geração, e agora tem capacidade para 265 litros.

      O Nivus não tem o mesmo espaço na cabine que o T-Cross, mas esbanja um dos maiores porta-malas da categoria. São 415 litros, bem melhor que o do seu “brother” e muito maior que o do 208.

      A posição de dirigir não é tão alta como em boa parte dos SUVs, é bem ergonômica e oferece uma visão boa de tudo que ocorre à volta. Há também boa folga para joelhos, pernas e ombros. O espaço traseiro não é um latifúndio, mas oferece vão mais generoso para joelhos e cabeças do u o exemplar da marca francesa.

      Em termos de acabamento o 208 Griffe usa materiais elaborados, como apliques que imitam fibra de carbono, preto brilhante e cromados. O Nivus Highline também tem couro e um revestimento até caprichado para os últimos padrões Volkswagen, mas o Peugeot se sobressai neste quesito.

      O acerto da suspensão segue a proposta de cada um. O Nivus se ressente da altura forçada do solo e dos pneus borrachudos, que fazem o carro quicar mais nos buracos e o volante ter uma trepidação excessiva. O do 208, apesar da calibragem um pouco mais rígida, filtra bem as irregularidades.

      Equipamentos

      Peugeot 208 e Volkswagen Nivus em suas versões topo de linha são as únicas que trazem, em suas gamas, os itens de condução semi-autônoma. O SUV-cupê se sobressai pelo controle de cruzeiro adaptativo (ACC), que acelera e freia o carro conforme o veículo à frente. Ele atua junto com a frenagem automática de emergência.

      O 208 oferece o sistema autônomo de parada, mas deve o ACC. Em compensação, tem o dispositivo de reconhecimento automático de placas de velocidade e o monitoramento de faixa, que alerta e corrige a trajetória do carro para que ele não invada indevidamente outra pista.

      Peugeot 208 Griffe traz materiais que emprestam mais requinte ao acabamento interno
      Crédito: Divulgação
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      No mais, ambos vêm com os obrigatórios controles de estabilidade e tração. Também recebem seis airbags, assistente à partida em rampas e câmera de ré - na do hatch ela é 180 graus. Peugeot 208 e Volkswagen Nivus também têm, nessas versões, quadro de instrumentos configurável, só que com propostas distintas. O do SUV é o Active Info Display em uma tela generosa de 12”, enquanto o do hatch traz o efeito 3D.

      Volkswagen Nivus Highline tem nova central multimída com tela de 10 polegadas
      Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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      O Nivus ainda traz a nova VW Play, central multimídia com display de 10” e aplicativos que permitem pedir comida e comprar e-books pelo sistema. A do 208 tem monitor de 7” e é um pouco menos intuitiva, contudo vem com quase todos os mesmos recursos básicos, como conexão com Apple CarPlay e Android Auto. Um dos diferenciais do 208 ainda é o carregamento do celular por indução.

      Manutenção

      A Peugeot tem trabalhado para desmistificar que carros da marca são caros de manter. O novo 208 tem um total das primeiras seis revisões mais em conta que a geração anterior: R$ 3.912. Além disso, tem o plano Total Care, que o cliente consegue o dinheiro de volta caso não goste do serviço.

      E realmente não deve nada ao opositor deste compara virtual. No Nivus, mesmo com a promoção das três manutenções iniciais até 30.000 km “gratuitas” para esta versão Highline, é preciso incluir itens como troca de fluido do freio, de filtros e de correia. Com isso, a conta, mesmo com a oferta, sai a R$ 3.834,94 no total.

      Conclusão

      Se você gosta de carros menores, com acerto rígido e propostas mais esportiva - não obrigatoriamente no desempenho -, o seu carro é o 208. Posição de dirigir mais baixinha, melhor rigidez torcional e comportamento dinâmico mais direto são os destaques desta segunda geração do hatch da marca francesa.

      Agora, se você necessita de mais espaço e porta-malas, e privilegia uma condução um pouco mais alta e com rodar macio, além de respostas mais ágeis do conjunto, seu lance é o Nivus. O SUV acupezado da montadora alemã tem uma proposta mais familiar e um motor turbo mais eficiente e bem disposto.

       

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