De uns tempos para cá o segmento de picapes viu que precisava dar atenção para aquele cliente raiz. São os picapeiros que apreciam um estilo mais requintado e aventureiro dos modelos, só que sem abrir mão da robustez. Neste ensejo, a Fiat criou a versão Ranch para suas picapes.
Primeiro começou com a Toro, que tem na Ranch, até hoje, uma das versões mais completas da linha da médio-compacta. Mais recentemente, o sobrenome foi adotado na Strada, para marcar a nova opção topo de linha da compacta com o novo câmbio automático do tipo CVT.
Claro que há diferenças brutais de tamanho, preço e mecânica entre as duas. Mas qual que se adequa mais ao seu perfil? Para ajudarmos nessa resposta, bolamos este duelo virtual “dentro de casa”, com as versões Ranch das duas picapes mais vendidas do país.
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Strada x Toro Ranch
Desempenho
A Strada Ranch estreia a nova transmissão continuamente variável (CVT) fornecida pela japonesa Aisin, com sete marchas virtuais da Stellantis em conjunto com o motor 1.3 Firefly. O propulsor foi recalibrado para atender às novas normas de emissões do Proconve.
Com esta configuração, a Strada entrega 107 cv de potência com etanol e 98 cv, com gasolina, além de torque máximo de 13,7/13,2 kgf.m, números suficientes para levar a picape compacta de 1.235 kg com desenvoltura.
Segundo a marca italiana, com o modo Sport ativado (que promete alterar as respostas do motor e encurtar as relações da transmissão), a Strada Ranch cumpre o 0 a 100 km/h em 12 segundos cravados, quando abastecida apenas com etanol, e em 12,9 s, com gasolina.
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Já a Toro Ranch é equipada com o sempre elogiado conjunto turbodiesel 2.0 Multijet, aliado à transmissão automática de nove marchas por conversor de torque da alemã ZF. Mesmo assim, a Strada com etanol é mais ágil que a Toro.
Afinal, a média-compacta é bem mais pesada (1.918 kg) e precisa de 12,4 segundos para o 0 a 100 km/h. Em contrapartida, falamos de um modelo maior, mais robusto, com mais torque em baixos giros (35,7 kgf.m a 1.750 rpm) e tração integral com reduzida.
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Consumo
Pelos padrões do Inmetro, a Strada é mais econômica com gasolina, mas o litro do diesel, combustível que empurra a Toro, é mais barato, o que pode deixar elas por elas. Confira o consumo de cada picape.
Strada Ranch 1.3 CVT
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Ciclo urbano: 8,8 km/l (etanol) e 12,4 km/l (gasolina)
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Ciclo estrada: 9,9 km/l (etanol) e 13,9 km/l (gasolina)
Toro Ranch 2.0 AT9 4x4
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Ciclo urbano: 10 km/l (diesel)
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Ciclo estrada: 12,5 km/l (diesel)
Equipamentos de Toro e Strada
Os dois modelos são bem completos, mas a Toro Ranch, até pelo preço de R$ 201.890 (exceto SP e PB) e pelo segmento onde atua, obviamente se destaca. Mas vamos começar pela Strada, que nesta configuração parte dos R$ 116.990 sempre cabine dupla.
Além dos controles de estabilidade, de tração e de subidas, a Strada Ranch é equipada com quatro airbags (segundo a Fiat, as bolsas laterais funcionam como airbags de tórax e de cabeça), E-Locker (espécie de bloqueio eletrônico do diferencial dianteiro), câmera de ré, ar-condicionado, vidros e travas elétricos.
Nesta versão da Strada, a picape ainda traz central multimídia com tela de 7” e conectividade com Android Auto e Apple Carplay sem fio, retrovisores elétricos e carregador de celular por indução.
A Toro Ranch sobra na lista de itens de série. São sete airbags e os mesmos itens da Strada mais chave presencial, sensores de chuva e crepuscular, retrovisor eletrocrômico, espelhos externos rebatíveis eletricamente, central multimídia com tela de 10,1" na vertical e wifi a bordo.
E o mais importante: é a primeira da linha a trazer itens de auxílio à condução. Frenagem automática de emergência, sensor do farol alto e assistente de saídas de faixas (com corretor no volante) estão no pacote.
No estilo da cabine, as versões se assemelham em suas soluções estéticas. Na Strada, kid plate cinza, para-barros, retrovisores pintados de preto brilhante, logotipo Ranch ao lado do para-lama, estribos laterais, barras do teto longitudinais cinzas, capota marítima com o nome da versão gravada na cobertura e rodas de liga-leve de 15” com pneus de uso misto.
Dentro, acabamento com detalhes em marrom claro e volante revestido de couro com costuras aparentes, como na Toro. Na picape maior, ainda há rodas com aros de 18”, santantônio com o nome do modelo e estribos cromados, barra de proteção para o vidro traseiro e tapetes exclusivos.
Funcionalidade
A Strada cabine dupla tem caçamba com volume para até 844 litros e quatro ganchos inferiores e superiores para a fixação da carga. A capacidade nesta versão Ranch 1.3 CVT é de até 600 kg. A compacta ainda oferece vão livre do chão de 23 cm, ângulo de ataque de 23º e ângulo de saída de 28º.
Na Toro, a carga útil é bem superior à da Strada. A Ranch leva até uma tonelada e ainda tem caçamba com espaço para 937 litros. Curiosamente, as capacidades da picape médio-compacta não são tão maiores que as da irmã: distância do solo de 23,6 cm, ângulo de entrada de 25° e ângulo de saída de 28,4°.
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