O desenvolvimento de um carro leva muito tempo. A maioria dos projetos leva, no mínimo, dois anos de planejamento, mas em média esse tempo é muito maior. A situação é ainda mais complicada quando falamos de Brasil, que muitas vezes depende da aprovação de uma matriz do fabricante.
No entanto, muitas vezes, em meio a esse jogo burocrático de autorizações, movimentação financeira e afins, projetos são abandonados. Seja por inviabilidade financeira ou simplesmente por briga política dentro da empresa. O WM1 levantou uma lista com cinco casos de carros previstos e que não “nasceram”. Confira abaixo.
O BY era um subcompacto baseado no Gol quadrado e feito para rivalizar com o Uno. No entanto, a Volkswagen abortou o projeto por conta de dois problemas: o design desproporcional, com capô muito longo e traseira curta, e o custo de produção. O modelo também contava com banco traseiro corrediço e novo sistema de suspensão, o que encareceria a fabricação.
Novamente na Volkswagen, agora com um projeto cancelado por briga política interna. O Gol bolinha, segunda geração do modelo, foi um tremendo sucesso. Esperava-se que, como na primeira fase, a família acompanhasse as mudanças do hatch. A perua Parati nasceu, mas o sedã, não.
Houve até apresentação para a matriz alemã, no entanto, um diretor forçou a barra para a não comercialização, porque acreditava que o Polo Classic seria uma solução melhor. O tempo mostrou que ele estava errado. Luiz Alberto Veiga, ex-chefe de design da VW, contou mais detalhadamente essa história no site Autoentusiastas.
Muita gente conhece a história da Autolatina, quando Volkswagen e Ford uniram forças para economizar dinheiro no desenvolvimento de novos modelos e aumentar suas vendas. No entanto, essa parceria começou a desandar quando a empresa alemã negou o direito da Ford de fazer um hatch baseado no Gol. Isso acontece especialmente por pressão dos concessionários, que não queriam perder parte das vendas do líder de mercado.
A Smart nunca fez muito sucesso por aqui, mas a história poderia ser diferente. Conhecida por fazer carros subcompactos, a empresa que pertence a Mercedes-Benz planejou ter um SUV fabricado no Brasil.
Tratava-se do ForMore, que chegaria com quatro portas e substituiria o Classe A na linha de montagem em Juiz de Fora, Minas Gerais. No entanto, a crise financeira da empresa fez o projeto ser descartado. Em 2009, um protótipo foi encontrado em um galpão da marca alemã. Dizem que o estudo serviu de base para o GLK.
Por pouco o Opala não teve uma derivação picape. A ideia era basicamente a mesma da El Camino, que era baseada no Chevy americano. Um protótipo chegou a ser construído em 1974, mas o projeto foi cancelado em 1975 por medo de concorrência interna com as grandes C-10.
Os preços seriam bem parecidos. As picapes derivadas de automóveis só foram se popularizar depois, com a Fiat Fiorino. As imagens do protótipo pronto foram conseguidas pelo Museu da Imprensa Automotiva - MIAU.