Carro-conceito: cinco projetos criados no Brasil
Vamos relembrar bons momentos da indústria automotiva nacional e cinco emblemáticos protótipos brasileiros
A indústria automotiva brasileira cresceu bastante nos últimos anos, principalmente de uma década para cá, com projetos cada vez mais globais e importantes. Com isso, também subiu a quantidade de carro-conceito nacional.
Coisas que não víamos há algumas décadas, como modelos desenvolvidos no Brasil e exportados para o resto do mundo, passaram a ser comuns nos últimos tempos, inclusive.
Existem até carros que chegaram a ser vendidos na Europa que foram elaborados por aqui - Ford EcoSport e Volkswagen Fox, ambos já aposentados, são dois grandes exemplos.
Confira todas ofertas relacionadas no Portal Webmotors
Consequentemente, isso faz com quem muitos protótipos também sejam criados pela engenharia da indústria automotiva nacional.
Nesta lista, vamos relembrar cinco apresentados mundialmente por fabricantes brasileiros.
Projetos brasileiros de carros-conceito
1. Chevrolet GPiX
Este conceito foi mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2008 como projeto inteiramente brasileiro. Tinha porte de SUV compacto, desenho atraente e, segundo a GM, representaria a nova identidade visual dos carros da marca a partir daquele ano.
Pois no ano seguinte a marca lançava o Agile, um hatch compacto com design claramente inspirado no GPiX, mas que, para muitos, era bem controverso... Para não dizer polêmico.
O Captiva, este sim um SUV, foi outro carro com inspirações no GPiX. Na época da apresentação, não foram revelados dados técnicos e/ou mecânicos do conceito.
2. Volkswagen Taigun
Outro protótipo criado por brasileiros foi o conceito Taigun, desenvolvido pela Volkswagen do Brasil e revelado ao mundo no Salão do Automóvel de São Paulo de 2012.
Ele nada mais é do que um estudo de SUV subcompacto desenvolvido em cima da plataforma do up! e equipado com o motor 1.0 TSi - duas novidades à época.
Por conta das subsequentes quedas de vendas a partir daquele ano - e da crise que o mercado nacional de carros passou a enfrentar desde sua apresentação -, não saiu do papel.
Curiosamente, na Índia, Taigun foi o nome escolhido para o carro que conhecemos como T-Cross. Outra curiosidade é que "Taigun" tem as mesmas letras que Tiguan, ordenadas de forma diferente.
3. Fiat FCC4
A Fiat Toro já foi um sedã, ao menos em seu "formato conceitual". Assim era o FCC4, protótipo que foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2014 e que previu como seria a primeira picape intermediária da marca, lançada por aqui dois anos depois, em 2016.
Assim como o conceito Fastback, uma espécie de "SUV da Toro", desenvolvido e mostrado no Salão de 2018 - e que depois passaria a ser feito sobre a plataforma do Pulse em sua versão de produção -, o FCC4 era apenas um mockup (termo em inglês que define um protótipo em escala real) e não tinha motorização nem acabamento.
É por isso que em todas as fotos "reais" esses modelos têm vidros escurecidos.
4. Renault Sand'up
Toda a linha de modelos da série Stepway que você conhece (hoje não mais uma versão, mas sim o nome de um carro da Renault) vieram deste conceito.
Chamado Sand'up, foi apresentado pela marca francesa pela primeira vez no Salão do Automóvel de São Paulo em 2008.
O Sand'up também foi o primeiro carro desenvolvido pelo Centro de Design da Renault da América Latina, localizado em São Paulo (SP).
O curioso é que no protótipo bastava retirar o par de arcos e o teto para transformar o hatch em uma picape.
5. Nissan Kicks Concept
O Kicks Concept foi o conceito apresentado pela Nissan em São Paulo no Salão do Automóvel de 2014. Fez tanto sucesso pela nomenclatura que deu origem ao próprio nome do carro.
Embora tenha sido criado no centro de estilo da marca em San Diego, na Califórnia, o modelo está nessa lista pois teve em seu desenvolvimento auxílio dos profissionais de design da Nissan do Brasil.
De acordo com a marca, a carroceria em dois tons (cinza com teto laranja, que depois deu origem à versão "Rio") é fruto da paisagem "cinzenta" da cidade de São Paulo com a profusão de "cores vibrantes" do Rio de Janeiro.
E, ao menos entre os exemplos dessa lista, foi o protótipo que mais ficou parecido com a versão final.