Fuscão, Chevette, Rural, Corcel, entre outros. Esses foram os nomes escolhidos para batizar algumas ruas do bairro Autódromo, localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. E tem mais: no local, lá pelos anos 1950, houve um projeto para a construção de um circuito de competição de verdade.
Tudo começa em 1953. As corridas de automóveis estavam cada vez mais populares e ganhavam público e adeptos no Rio. A partir daí, começaram os planos para construir uma pista no estado. O primeiro projeto foi em Deodoro, bairro da Zona Oeste carioca. Logo depois, veio o projeto em Adrianópolis, Nova Iguaçu.
O plano era construir o Autódromo, um clube de campo para os associados e a Vila Automóvel Clube para ser loteada, vendida e, desta forma, financiar as obras do autódromo da Baixada. As obras, contudo, nunca foram finalizadas e o circuito nunca recebeu pavimentação, tendo seu traçado de terra sendo utilizado até meados de 1980.
Se o autódromo não saiu do papel, o bairro está lá até hoje. E utiliza nomes de carros para batizar algumas ruas da localidade. A região fica próxima ao antigo autódromo e, sem dúvidas, seria um point e tanto caso a pista estivesse em funcionamento.
Avenida Fuscão, Avenida Ferrari, Rua Chevette, Rua Camaro, Rua Corcel, Rua Kombi, Rua Brasília, Rua Galaxie, Rua Opala, Rua Rural e Rua Belina são alguns dos logradouros.
Em meio a tantas polêmicas para a construção ou não do novo autódromo do Rio de Janeiro, a pista em Nova Iguaçu poderia ser uma boa alternativa, já que ficaria próximo à cidade do Rio e com fácil acesso pela Rodovia Presidente Dutra, principal ligação com São Paulo.
Veja algumas reproduções de reportagens sobre o Autódromo de Adrianópolis em jornais e revistas da época, reproduzidos no site Bandeira Quadriculada.