Assim como as casas possuem disjuntores para proteger as suas redes elétricas, os carros também são dotados de dispositivos que previnem os sistemas eletrônicos de danos provocados por curtos-circuitos ou sobrecargas de energia: os fusíveis.
Essas peças são os componentes responsáveis pela proteção da parte elétrica do automóvel em caso de pane. Pequenos e baratos, os fusíveis são projetados para “segurar a bronca” em caso de uma descarga elétrica excessiva, e, assim, evitam a queima de módulos e equipamentos do veículo.
Não é possível prever a vida útil de um fusível, uma vez que é um componente que deixa de cumprir a sua função quando recebe uma sobrecarga de eletricidade. Quando isso ocorre, um filamento metálico se rompe dentro do fusível para impedir que essa energia chegue aos sistemas do carro.
Geralmente é muito fácil descobrir se um fusível está queimado. Basta verificar se algum item, como o rádio, os limpadores de para-brisa, entre outros, pararam de funcionar sem um motivo aparente. Faróis e lanternas que não acendem mesmo com lâmpadas novas também são um indicativo de problema nos fusíveis.
De qualquer forma, é recomendado levar o carro a uma oficina especializada para confirmar se não há um problema mais grave na parte elétrica, principalmente se fusíveis trocados queimam com frequência.
Caso a solução seja a simples troca do fusível, basta consultar o manual do veículo para ver a especificação correta do componente. Os fusíveis têm cores e tamanhos diferentes de acordo com a amperagem (corrente elétrica) que cada um suporta.
Fique atento para um detalhe: jamais coloque um fusível com amperagem maior que a indicada pelo fabricante do veículo. Em caso de sobrecarga de energia, o componente não se romperá e isso pode provocar superaquecimento da fiação e até mesmo um incêndio.
Por incrível que pareça, motoristas desleixados apelam para a famosa gambiarra ao invés de substituir o fusível queimado por um novo (que chega a custar alguns centavos, dependendo do modelo).
Em alguns casos, o dono do veículo coloca um pedaço de fio ou até mesmo um parafuso no lugar do fusível. Esse “recurso” pode até funcionar por um tempo, mas aumenta consideravelmente o risco de superaquecimento na parte elétrica, o que aumenta o risco de os fios e cabos pegarem fogo.
Uma dica é guardar alguns fusíveis de reserva no porta-luvas do veículo. São peças pequenas e baratas que podem fazer a diferença caso algum equipamento do carro pare de funcionar durante uma viagem, por exemplo.