Os carros elétricos e híbridos bateram o recorde de vendas no Brasil em 2021 ao atingirem a marca de 34.990 unidades comercializadas, o melhor resultado desde que a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) iniciou essa contagem, em 2012.
Segundo a entidade, os números superaram todas as suas previsões e representaram um aumento de 77% em relação aos 19.745 emplacamentos de veículos eletrificados de 2020 e de 195% sobre as 11.858 unidades vendidas em 2019.
De acordo com a ABVE, a previsão no primeiro semestre de 2021 era de que fosse negociado um volume de 29 mil veículos entre janeiro e dezembro. Na segunda metade do ano passado, a entidade previu no máximo 33 mil emplacamentos de veículos eletrificados. Enfim, todas as estimativas foram superadas. Entre os elétricos, o modelo mais vendido foi o Nissan Leaf. E entre os híbridos, o Toyota Corolla Cross.
Embora a venda dos carros elétricos esteja em crescimento progressivo no país, esses modelos ainda geram muitas dúvidas sobre o seu funcionamento e capacidades. Respondemos abaixo as questões mais comuns sobre os veículos movidos a eletricidade. Confira!
O elétrico tem motor(es) alimentado(s) apenas pela eletricidade armazenada em suas baterias, enquanto o híbrido possui dois motores: um elétrico e outro a combustão, que também funciona como gerador de energia.
Fruto de um complexo processo de pesquisa e desenvolvimento, o carro elétrico é dotado de tecnologias recentes, que ainda não atingiram seu estado de maturação no mercado. Com o avanço dos recursos e os ganhos de escala com o aumento da produção nos últimos anos, os elétricos têm alcançado faixas de preços mais próximas dos carros a combustão.
Apesar de ser mais caro no momento da compra, o carro elétrico é mais barato de manter ao longo da vida útil, pois têm menos peças móveis e não necessita de componentes essenciais presentes nos veículos a combustão. Os modelos movidos a eletricidade não precisam substituir itens de desgaste natural, como o óleo e o fluido de arrefecimento do motor, velas de ignição, embreagem.
Os carros elétricos são capazes de recuperar parte da energia das baterias por meio de um sistema que funciona da seguinte maneira: ao tirar o pé do acelerador, o motor deixa de consumir para gerar eletricidade. O motor aproveita o “embalo” do carro para gerar diferentes níveis de resistência ao movimento, que recarregam as baterias.
Sim. A cabine e todos os componentes elétricos são totalmente isolados e seguros.
O mesmo que você faria se o seu carro a combustão ficar sem gasolina: empurrá-lo para um local seguro e sinalizado com o triângulo de segurança. Para isso, é necessário destravar a transmissão para liberar o movimento das rodas. O manual do proprietário orienta esse processo de acordo com cada modelo. Depois disso, o motorista deve chamar socorro para rebocar ou recarregar o veículo.
Como nos carros a combustão, os equipamentos eletrônicos consomem energia da bateria de 12 volts, mas o consumo é mínimo, uma vez que ela é alimentada pela bateria principal.
Não. O conjunto de baterias é composto por diversos módulos, que se compensam quando um deles apresenta alguma ineficiência. Dessa forma, o sistema equilibra a carga para não afetar o funcionamento do veículo.
Não. O procedimento usado para recarregar a bateria de 12 volts de carros a combustão não é capaz de fornecer energia suficiente para abastecer um veículo elétrico.
Em linhas gerais, sim. Um carro elétrico consome cerca de 20 kWh para rodar 100 km, enquanto um modelo a combustão precisa de 10 litros de gasolina, em média, para percorrer a mesma distância. Se considerarmos o valor do kWh (R$ 0,92) e o preço médio da gasolina (R$ 7,00) na cidade de São Paulo em janeiro de 2022, uma viagem de 100 km com um carro elétrico teria um custo de R$ 18,40 contra R$ 70 do modelo a combustão.