Combustível adulterado: saiba como evitá-lo

Veja se o seu carro apresenta algum destes sinais e aprenda a fugir das fraudes

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Guilherme Silva
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Abastecer o carro com combustível adulterado pode provocar danos ao motor e um grande prejuízo financeiro ao motorista. Entre os problemas que podem ser gerados estão desde pequenos defeitos, como perda de potência, até a quebra de componentes em casos mais extremos.

Ainda bem que, na maioria das vezes, o carro apresenta sinais quando o combustível que foi colocado no tanque não segue as especificações exigidas por lei.

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Em muitos casos, o aumento no consumo indica que o combustível está irregular. Logo após o abastecimento, o ideal é zerar o computador de bordo e observar a média em km/l (quilômetros por litro) que o carro costuma fazer nos percursos do dia a dia.

Vwflex
Carros flex podem ser abastecidos com etanol e gasolina em qualquer proporção
Crédito: Divulgação Volkswagen
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Se não houve mudança na maneira de dirigir e nos trajetos diários e o consumo apresentou uma diferença superior a 15%, vale desconfiar do posto onde abasteceu pela última vez. No caso do uso de gasolina, é possível que esteja com mais etanol que o permitido.

De acordo com a legislação brasileira, a gasolina pode conter até 27% de etanol em sua composição. Por ser um combustível mais barato, o derivado de cana-de-açúcar é usado pelos criminosos para diluir a gasolina.

Luz da injeção acesa

Luz Da Injecao Eletronica Como Funciona Sisrema
Luz da injeção acesa continuamente pode indicar defeito provocado por combustível adulterado
Crédito: Reprodução internet
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Já explicamos aqui no WM1 a função da injeção eletrônica. Além de alimentar o motor, o sistema também pode indicar quando há alguma irregularidade com o combustível. Quando isso acontece, uma luz amarelada com o desenho de um motor se acende no painel do veículo. A injeção eletrônica pode apresentar problemas para calcular a mistura ideal de ar ao combustível se o etanol ou a gasolina estiverem adulterados.

Outros sintomas

Além de elevar o consumo e prejudicar o funcionamento do sistema de injeção, o combustível adulterado também pode provocar falhas na partida dos motores a gasolina se o teor de etanol estiver muito elevado. No caso dos flex, que podem rodar com etanol e gasolina em qualquer proporção, isso resulta apenas num consumo maior.

No entanto, a adição de solventes na gasolina pode estragar diversos componentes do motor, como peças emborrachadas. Para detectar esse problema, o ideal é verificar regularmente as condições de juntas, vedações e mangueiras. O ressecamento prematuro desses componentes pode ser indício de combustível batizado.

Motor engasgando em rotações mais baixas, demora nas respostas ao acelerador e desempenho mais fracos são alguns dos sintomas apresentados por carros abastecidos com combustível adulterado. Além da composição química não ser a ideal, impurezas podem entupir filtros, dutos e mangueiras, além de reduzir o fluxo da bomba de combustível.

Água no etanol

O etanol também pode ser adulterado pelos golpistas. A falsificação mais comum é a presença de água acima do limite permitido por lei (7%). Nesse caso, as peças do motor apresentam corrosão e desgaste prematuros.

Nos carros abastecidos com etanol, é normal sair um pouco de água do escapamento. Mas se o gotejamento não parar 15 minutos após a partida do motor, vale duvidar da qualidade do combustível.

Diesel com mais de 10% de biodiesel

O diesel também não está imune às fraudes. Com a introdução do diesel S-10, que contém menos enxofre em sua fórmula, a adulteração mais frequente é a mistura de biodiesel. Segundo a legislação, a composição não pode ter mais de 10% de biodiesel.

O abastecimento com diesel adulterado provoca depósitos de impurezas no tanque e nos filtros, uma vez que o biodiesel oxida mais rapidamente. O primeiro sinal é a perda de desempenho do veículo, mas o motor pode parar de funcionar em casos extremos.

Nem o GNV está livre de fraudes

Pois é, até mesmo o Gás Natural Veicular (GNV) está sujeito a fraudes. Embora a adulteração seja mais complicada pelo fato de o GNV chegar aos postos por tubulações, os criminosos aplicam o golpe na hora do abastecimento.

A bomba adulterada coloca uma quantidade de combustível menor que a indicada no visor do equipamento. Ou seja, o motorista acaba paga mais e leva menos.

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