Conheça os tipos de motor a combustão

O WM1 preparou um mini-guia para você saber quais os principais variedades de propulsores equipam os nossos carros

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Guilherme Silva
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Já explicamos aqui no WM1 como funciona o motor a combustão, porém, muita gente não sabe que existem diferenças no equipamento responsável por movimentar o veículo. Diversos tipos de motor já foram utilizados nos automóveis ao longo dos anos, mas há décadas os de quatro tempos de ciclo Otto e ciclo Diesel têm sido os mais usados.

Independentemente do tipo, todos os motores a combustão precisam de ar, combustível e uma fonte de calor para gerar a explosão que movimenta os pistões dentro dos cilindros e, consequentemente, girar as rodas do veículo.

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Nos motores Otto, essa fonte de calor é fornecida pela vela de ignição, que gera uma faísca dentro da câmara de combustão e provoca a explosão. Nos movidos a diesel, tal explosão é gerada pela compressão dos gases dentro do cilindro e pela temperatura elevada.

Tipos de motor de acordo com a disposição de cilindros

Em linha: é o mais comum, quando todos os cilindros do bloco estão dispostos lado a lado em linha reta. Ocupam menos espaço no compartimento do motor e têm concepção menos complexa.

Boxer: os cilindros são posicionados em posição horizontal e contraposta. O Volkswagen Fusca foi o modelo que popularizou esse tipo de concepção, atualmente utilizada apenas em carros das marcas Porsche e Subaru.

Thumbnail Boxer Porsche
Modelos da Porsche utilizam o motor boxer, que foi popularizado pelo Volkswagen Fusca
Crédito: Divulgação
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Em V: geralmente utilizados em veículos maiores, são compostos por duas bancadas de três, quatro, cinco ou até seis cilindros em linha dispostas em ângulo que formam um “V” unido por um virabrequim. Esse tipo de motor é mais comum em carros esportivos, utilitários e picapes grandes, nas variantes V6, V8, V10 ou V12.

Thumbnail Motor V8 Ford
Motor V8 Ford: motor em V é mais comum em esportivos, utilitários e picapes grandes
Crédito: Divulgação
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Em W: é o mesmo princípio dos motores em V, mas com duas bancadas duplicadas de cilindros em diferentes ângulos, que forma um esquema parecido com um W. De concepção complexa e cara, são aplicados em modelos de produção limitada, como os hiperesportivos Bugatti Chiron e Veyron, equipados com essa motorização com 16 cilindros.

Wankel ou rotativo: esse tipo de motor, também de quatro tempos, usa uma (ou mais) peça triangular giratória ligada no lugar de bielas, pistões e virabrequim para exercer as etapas de admissão, compressão, combustão e exaustão. Ligado a um eixo, o rotor gera a energia necessária para movimentar as rodas. A japonesa Mazda ficou conhecida por utilizar esse tipo de motor em seus carros, como o esportivo RX-7, na década de 1990.

Thumbnail Motor Rotativo Mazda
Motor Rotativo Mazda: marca ficou conhecida por usar esse tipo de motor em seus carros na década de 1990
Crédito: Divulgação
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Tipos de motor de acordo com a cilindrada

Todo motor a combustão possui um valor que corresponde ao volume, em litros, da mistura de ar e combustível que será queimada no interior dos cilindros a cada movimento dos pistões. Por exemplo: um motor 1.0 significa que ele tem mil cilindradas de capacidade cúbica, enquanto um 2.0 possui 2 mil cilindradas - e assim por diante.

Motor 1.0: normalmente aplicados em carros de segmentos de entrada e populares, voltados ao baixo consumo de combustível. No entanto, as variantes turbinadas dos motores 1.0 podem atingir potência e torque iguais aos dos propulsores 2.0 aspirados.

Motor 1.4: fornece mais potência e torque que os motores 1.0, e assim, proporcionam desempenho ligeiramente superior sem comprometer muito o consumo.

Motor 1.6: essa faixa intermediária de cilindrada é encontrada nas versões mais caras de modelos populares. Entrega desempenho consideravelmente superior ao dos 1.0 e, consequentemente, maior consumo de combustível.

Motor 1.8: atualmente, poucos modelos utilizam esse tipo de motor (Chevrolet Spin e Honda HR-V são alguns exemplos), uma vez que os modernos propulsores 1.6 fornecem desempenho semelhante, porém, com consumo mais baixo.

Honda HR-V é um dos poucos modelos que atualmente usa o motor 1.8
Crédito: Divulgação
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Motor 2.0: essa motorização é a mais equilibrada em termos de desempenho para veículos de porte médio, como sedãs e SUVs, por exemplo. Em contrapartida, o seu consumo de combustível é superior ao dos propulsores de baixa cilindrada.

Motores aspirados e sobrealimentados

Nos motores aspirados, o ar que é misturado com o combustível é puxado para dentro pelo vácuo gerado pelo movimento dos cilindros.

Já os sobrealimentados utilizam um mecanismo para enviar um volume maior de ar para o interior da câmara de combustão e, consequentemente, gerar potência e torque superiores.

Os dois principais equipamentos para sobrealimentar o motor são o turbocompressor e o compressor de ar mecânico.

Turbo: é a solução mais adotada na sobrealimentação. A energia gerada pela exaustão dos gases gira um eixo ligado ao rotor de uma turbina, que suga e comprime o ar, e o envia para dentro da câmara de combustão a uma pressão elevada.

Motores sobrealimentados, como os turbo, geram potência e torque superiores
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Compressor mecânico: tem a mesma finalidade do turbo, mas o seu funcionamento não depende do sistema de escape. Uma polia ligada ao virabrequim do motor por meio de uma correia faz os rotores girarem dentro de uma carcaça para onde o ar é sugado e comprimido antes de ser enviado para o interior da câmara de combustão.

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