Parece que não há escapatória: todo mundo só quer saber da correia banhada a óleo do Chevrolet Onix.
No papel, a correia banhada a óleo tem como vantagem permitir um funcionamento mais silencioso do motor e uma redução no consumo de combustível em relação aos propulsores com correia convencional ou corrente. Por outro lado, é mais sensível a descuidos com a manutenção periódica.
Pois essa solução técnica adotada pela marca da gravata dourada nos motores da linha Onix - e também no SUV Tracker e na picape Montana - acabou virando tema de discussão na internet após pipocarem relatos mostrando o desgaste prematuro do componente, projetado para durar 240 mil quilômetros.
A Chevrolet defende que a repercussão do tema é muito maior que os relatos comprovados de problemas, mas mesmo assim decidiu se mexer.
Além de aumentar a garantia total do Onix para cinco anos e ainda lançar um programa de inspeção para a reativação da garantia do motor, a marca decidiu alterar a correia dos modelo da linha 2026 da família Onix.
A correia do Chevrolet Onix, agora fornecida pela Dayco, é compatível com motores mais antigos e tem uma nova composição - com revestimento de teflon nos dentes e um reforço em fibra de vidro no corpo.
Mas o que será que causa esse problema? Como saber se o seu carro está comprometido? Falamos com Emerson Fishler, diretor de engenharia da GM América do Sul, para responder a essas e outras perguntas sobre o tema.
R: São dois fatores principais. O primeiro deles é a baixa qualidade do óleo. O segundo é a manutenção. A troca - mesmo se o óleo tiver especificação correta - fora do prazo (que é de 10 mil quilômetros ou um ano no uso normal) também é prejudicial, já que o lubrificante se deteriora com o tempo. Essa deterioração faz o óleo ficar mais ácido, o que ataca o material da correia.
R: Não. No uso do carro o motorista já consegue. O primeiro sintoma é uma pequena obstrução no filtro da bomba de vácuo e, com isso, o pedal de freio começa a ficar mais pesado. A consequência final é a perda de potência do motor, acompanhada de alertas visuais no painel. Mas, até agora, não tivemos nenhum caso em concessionária com o motor danificado por quebra de correia.
R. O material que está sendo utilizado faz com que a nova correia seja mais resistente ao ataque ácido do óleo deteriorado ou adulterado.
R. Fazemos uma inspeção do filtro da bomba de vácuo e a troca do filtro do motor. Se identificarmos que a correia está ok, ela não é trocada e a garantia (de 240 mil quilômetros) é reativada. Caso contrário, é oferecida a troca subsidiada do kit da correia, no valor de R$ 700.



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