Os pneus são itens segurança por motivos óbvios: são eles que proporcionam todo o contato do veículo com o solo, além de terem papel fundamental no esterçamento das rodas.
Eles precisam estar em boas condições para garantir aderência e dirigibilidade em geral. E requerem cuidados constantes, como alinhamento e balanceamento em prazos regulares, além de calibragem correta.
O WM1 destaca aqui dez dúvidas recorrentes a respeito da manutenção e da troca dos pneus, com suas respectivas respostas, com base em informações de empresas fabricantes do componente. Confira abaixo.
Sim. A forma como você dirige o veículo tem relação direta com a durabilidade do componente.
Frenagens, acelerações e mudanças de direção bruscas, por exemplo, "forçam" mais os pneus, causando seu desgaste prematuro - além de elevar o consumo de combustível. Prefira uma condução progressiva e suave, além de atentar para a manutenção dos pneus.
Sim, a prática não é recomendada pelos fabricantes. Pneus em condições de conservação diferentes podem deixar o carro instável em frenagens, além de afetar a leitura dos sensores do ABS e dos controles de estabilidade e tração, de acordo com a Goodyear.
Se você não trocar o conjunto inteiro, a recomendação é substituir sempre aos pares em cada eixo. Os dois pneus devem ser exatamente os mesmos, tanto em relação às medidas quanto ao tipo de construção, levando em conta também os índices de carga e velocidade.
Se for trocar apenas o par, coloque sempre os pneus novos no eixo traseiro - as rodas dianteiras, que esterçam, são mais facilmente controladas, mesmo com pneus mais gastos. Troque, inclusive, por pneus da mesma marca.
Para evitar o desgaste irregular dos pneus e prolongar sua eficiência e vida útil, faça a manutenção do alinhamento e do balanceamento das rodas a cada seis meses ou 5.000 km rodados, recomenda a Goodyear. O procedimento também é recomendado depois de uma viagem longa.
Siga sempre as pressões indicadas em psi no manual do automóvel. Cheque a calibragem a cada 15 dias, sempre com os pneus frios, de preferência pela manhã e em um posto ou autocentro próximo de onde o veículo passou a noite estacionado.
Pneus quentes prejudicam a medida correta da pressão porque o ar em seu interior se expande com o calor, aumentando a pressão interna. Ou seja, calibrar pneu quente faz com que você coloque uma pressão inferior àquela recomendada.
Vale destacar que pneu com pressão baixa aumenta a área de contato com o solo e, consequentemente, o arrasto - o que causa consumo de combustível maior.
Especialmente no caso de automóveis de passeio, a recomendação das fabricantes é evitar esses pneus recondicionados. Na verdade, são unidades já gastas, que podem apresentar problemas estruturais ou outros. Prefira sempre pneus novos na hora da troca, com garantia e estrutura íntegra.
Para saber se o pneu está careca e precisa ser substituído, a banda de rodagem traz uma marcação entre os sulcos chamada de TWI (thread wear indicator ou "indicador de desgaste"). Se a altura da banda estiver no mesmo nível da TWI, que é um ressalto de borracha, significa que chegou a hora de trocar.
Não. Embora pneus "slick", aqueles lisos, de competição, ofereçam de fato mais aderência em piso seco, o mesmo não vale para unidades com banda de rodagem desgastada. Isso acontece por se tratar de pneus velhos, que já estão no fim da sua vida útil, que inclusive podem apresentar comprometimento estrutural.
Sem contar que, com a banda de rodagem desgastada, ela conta com menos borracha e está mais propenso a furos. Sem falar que, na eventualidade de passar com a roda sobre uma poça ou área alagada, a falta de sulcos no pneu prejudica o escoamento da água, elevando o risco de aquaplanagem.
Não. Disponíveis de série em carros mais caros e luxuosos, os pneus run-flat são aqueles que não murcham, mesmo após serem perfurados. A Pirelli informa que o veículo precisa ser homologado para rodar com esse tipo de pneu.
Isso inclui a presença de sensor de pressão de série - para que o condutor saiba que o pneu foi perfurado -, ajuste específico na suspensão - por se tratar de um pneu mais rígido - e roda com aro específico para esse tipo de tecnologia. De acordo com a Pirelli, em rodas comuns o pneu run-flat pode se desprender após ter perdido pressão
Parcialmente. Por contar com reforços estruturais nos flancos, ombros e talões, esse tipo de pneu é mais robusto e pode passar a sensação de menor conforto de rodagem. Mas isso, segundo a Pirelli, não interfere na performance, mantendo os padrões requeridos de aderência, estabilidade e segurança
Não. De acordo com a Pirelli, embora esses pneus tenham mais sílica na sua composição, reduzindo a resistência das rodas à rodagem no piso e, com isso, o consumo, suas características de segurança não são prejudicadas.
A marca diz que isso acontece devido ao uso de novos compostos, que possibilitam ao pneu "verde" ser ainda melhor que o convencional nos quesitos frenagem, consumo de combustível, rolamento e ruído.