Regularizar a documentação do veículo é uma obrigação para quem deseja evitar multas, apreensões e transtornos no trânsito. Mas ainda existem muitas dúvidas e desinformações sobre o assunto. Afinal, é possível parcelar o IPVA atrasado? Dá para rodar com o documento vencido? O veículo pode ser apreendido só por causa disso?
A seguir, separamos alguns mitos e verdades sobre documentação veicular para você não cair em armadilhas.
IPVA é a sigla para Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. Trata-se de um imposto cobrado anualmente de todos os proprietários de veículos, como carros, motos e caminhões, entre outros.
No entanto, existem algumas exceções. Dependendo da legislação de cada estado, é possível obter isenção do IPVA por diferentes motivos:
Data de fabricação do veículo (variam entre 10, 15, 20 ou até 30 anos);
Veículos destinados a pessoas com deficiência (PcD);
Carros com algum tipo de eletrificação (híbridos ou elétricos).
Importante: por ser um imposto estadual, as regras de isenção variam de um estado para outro, com critérios e prazos próprios definidos por cada governo
Mito! Em grande parte dos estados brasileiros, é possível, sim, parcelar o IPVA vencido — inclusive no cartão de crédito. Porém, após o vencimento, o parcelamento não é mais feito diretamente pelo governo, mas por empresas credenciadas pelo Detran.
Por isso, além do valor do imposto, também há a cobrança de uma taxa de serviço, que varia de acordo com a empresa escolhida.
Além do IPVA, em muitos estados também é possível parcelar multas e até o licenciamento em atraso, dependendo da legislação local.
Atenção: as regras podem mudar de um estado para outro, por isso é essencial consultar o Detran da sua região para saber quais formas de pagamento estão disponíveis. E, antes de pagar qualquer débito, confira se a empresa é realmente autorizada pelo Detran, para não cair em golpe.
Mito! O simples atraso no pagamento do IPVA não gera apreensão do veículo. No entanto, esse débito impede a emissão do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo). E circular sem o CRLV é infração gravíssima, com multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e possibilidade de remoção do veículo.
Ou seja, o problema não é o IPVA atrasado em si, mas sim o fato de que, sem ele, você não consegue fazer o licenciamento anual. E, sem licenciamento, não pode circular, sob risco de apreensão e remoção.
Verdade! Para licenciar o veículo, é obrigatório quitar todas as multas pendentes. Se houver qualquer débito, o processo de licenciamento não é concluído e o veículo continua irregular.
Dependendo do estado, as multas podem ser pagas à vista ou parceladas.
Mito! Hoje em dia, a maioria dos processos de regularização pode ser feita 100% online. Dá para consultar débitos pelo site do Detran ou pelo aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT), assim como emitir o CRLV digital após a quitação dos débitos.
Você pode gostar: 5 erros que todo motorista deve evitar
Mito! O não pagamento do IPVA não significa perda da posse do veículo. Mas o proprietário fica impedido de fazer transferências, licenciar o carro e pode ter o nome inscrito na dívida ativa estadual, com cobrança judicial e multa.
Mito! Apesar de muita gente acreditar que o dinheiro do IPVA vai direto para obras viárias, o imposto não tem uma destinação específica para manutenção de ruas e estradas. O imposto não é vinculado.
O valor arrecadado é dividido da seguinte forma: 20% vai para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), enquanto os outros 80% são repartidos igualmente entre o governo do estado e o município onde o veículo está registrado.
Ou seja, o dinheiro vai para o caixa geral do estado e da prefeitura, que decidem como aplicar esses recursos em diferentes áreas — como educação, saúde, segurança e, eventualmente, infraestrutura de trânsito.
O IPVA não é um imposto exclusivo para obras viárias, e o uso desse dinheiro depende das prioridades orçamentárias definidas por cada governo.
Para evitar dores de cabeça e manter o carro ou a moto regularizados, siga este passo a passo:
Consulte os débitos (IPVA, multas, licenciamento) no site do Detran ou no aplicativo oficial da CDT;
Escolha a forma de pagamento (à vista ou parcelado, conforme disponível no seu estado);
Após a quitação, emita o CRLV digital e mantenha-o salvo no celular ou impresso, se preferir.
Manter a documentação do veículo em dia não precisa ser um bicho de sete cabeças. Com acesso fácil aos serviços digitais e opções de parcelamento em muitos estados, ficou mais simples evitar problemas com a fiscalização e rodar tranquilo.
Se ainda tem dúvidas, vale a pena consultar o site oficial do Detran ou da Secretaria da Fazenda do seu estado para informações atualizadas e seguras.



Email enviado com sucesso!