Muita atenção ao marcador de temperatura do motor

Muitos carros já dispensam o item no painel. Saiba se isso é um problema e aprenda a cuidar do sistema de arrefecimento

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Redação WM1
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Boa parte dos carros novos, principalmente modelos considerados de entrada já não trazem mais o marcador de temperatura do motor no painel de instrumentos - apenas a luz de advertência, aquela vermelha com o desenho de um termômetro, que acende quando a temperatura está elevada, indicando que é hora de encostar o veículo no primeiro local seguro, desligá-lo e chamar ajuda.

Essa tendência é observada inclusive em automóveis mais caros, que também dispensam o marcador e, além da luz vermelha, também contam com uma luz de alerta azul, igualmente ilustrada com a figura de um termômetro, que liga ao virar a chave de ignição e permecece acesa até o propulsor antigir a temperatura ideal de funcionamento.

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Alguns modelos acessíveis como o Gol, por exemplo, só trazem o marcador nas versões mais equipadas e remove o equipamento das mais básicas. Esse corte pode fazer muitos clientes pensarem: isso significa algum risco ou prejuízo durante o dia a dia com o carro?

Quando a luz de alerta acende, o motorista deve parar o carro imediatamente, assim que encontrar um lugar seguro para estacionar e desligar o motor. Se ele fizer isso, não haverá nenhum preduízo aos componentes do propulsor por conta da temperatura. Então é preciso chamar socorro mecânico para verificar a causa do problema, que pode estar relacionada a algum vazamento do líquido de arrefecimento.

A retirada de itens do veículo, como o marcador de temperatura, seja com ponteiro ou com escala em tela digital, é uma medida para cortar custos e ganhar competitividade, sobretudo no segmento de veículos de entrada, determinada pela opinião de clientes. A cada lançamento de automóvel, as montadoras realizam clínicas nas quais exibem um carro que irá para o mercado para saber quais itens os clientes estão dispostos a pagar. O marcador de temperatura não é um deles. Muita gente ignora, não sabe como usar ou não faz ideia o que significa aquele medidor. Daí, a decisão de removê-lo.

Hoje, não é um item considerado essencial, como o medidor do nível de combustível, e sua instalação exige, além do marcador, sensor e outros componentes que acabam encarecendo o preço final.

Com ou sem medidor de temperatura, a dica é conhecer minimamente o próprio veículo lendo o manual do proprietário, que explica o funcionamento da luz de alerta referente ao arrefecimento insuficiente do motor. A luz acende ao girar a chave e deve apagar em seguida. Se ele acender com o carro em funcionamento, não insista e pare o quanto antes. Assim, você não vai correr o risco de danos ao cabeçote ou à junta do cabeçote, os primeiros componentes a apresentar problema se expostos de forma prolongada ao calor excessivo, ou até prejuízos mais graves, como cabeça de pistão fundida.

Ambos dizem que não há prejuízo em ligar o carro e já sair rodando, mesmo com a luz azul ainda acesa, no caso dos citados modelos da Honda. Até porque a maioria dos carros sem marcador de temperatura também dispensam a luz relativa à baixa temperatura do propulsor. Basta dosar o pé no acelerador, sem muita carga, até que o motor esquente e atinja a temperatura ideal. Carro antigo, de fato, precisa funcionar com o motor quente, senão engasga, mas modelos atuais não exigem isso, embora esperar esquentar antes não traz prejuízo e até ajuda a reduzir o consumo de combustível.

Para evitar prejuízo ou o susto de ver a tal luz vermelha acender, o importante é monitorar regularmente as condições do sistema de arrefecimento. Confira algumas dicas dos especialistas.

Mantenha o carro na temperatura ideal

De olho no nível: Os carros modernos em geral não exigem manutenção do sistema de arrefecimento, como troca da água e do fluido do radiador, pois a vedação das tubulações do líquido responsável por refrigerar o bloco do motor evita evaporação. No entanto, algum vazamento pode reduzir o nível. Verifique uma vez por semana esse nível, que deve estar entre a marcação mínima e a máxima no vaso de expansão, o reservatório onde o líquido é colocado.

Cuidado na reposição: Se for preciso completar o nível, nunca ponha apenas água. Siga a recomendação presente no manual do veículo para misturar em proporção correta a água com o aditivo de arrefecimento, responsável por aumentar a temperatura de ebulição, evitar o congelamento em regiões mais frias e também para prevenir a formação de corrosão das partes internas do motor que estão em contato com o líquido.

Limpeza nos antigos: Carros mais antigos e rodados podem apresentar com o tempo um aspecto turvo e escurecido no líquido de arrefecimento. Nesse caso, o ideal é esgotar todo ele, em uma oficina de confiança, e trocar o líquido, sempre com o cuidado de fazer a mistura correta de água e fluido. Depois da troca, se a "água" do radiador voltar a ficar escura com poucos meses de uso, leve o carro para um mecânico de confiança para uma inspeção detalhada do sistema de arrefecimento.

 

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