Já explicamos aqui no WM1 como funciona um motor a combustão, porém, muita gente não sabe que existem diferenças no equipamento responsável por movimentar o veículo. Diversos tipos de motores já foram utilizados nos automóveis ao longo dos anos, mas há décadas os de quatro tempos de ciclo Otto e ciclo Diesel têm sido os mais usados.
Independentemente do tipo, todos os motores a combustão precisam de ar, combustível e uma fonte de calor para gerar a explosão que movimenta os pistões dentro dos cilindros e, consequentemente, girar as rodas do veículo.
Nos motores Otto, essa fonte de calor é fornecida pela vela de ignição, que gera uma faísca dentro da câmara de combustão e provoca a explosão. Nos movidos a diesel, tal explosão é gerada pela compressão dos gases dentro do cilindro e pela temperatura elevada.
Nos motores aspirados, o ar que é misturado com o combustível é puxado para dentro pelo vácuo gerado pelo movimento dos cilindros.
Já os sobrealimentados utilizam um mecanismo para enviar um volume maior de ar para o interior da câmara de combustão e, consequentemente, gerar potência e torque superiores.
Os dois principais equipamentos para sobrealimentar o motor são o turbocompressor e o compressor de ar mecânico.
Em linha: é o mais comum, que define quando todos os cilindros de um motor estão dispostos lado a lado em linha reta.
Boxer: os cilindros são posicionados em posição contraposta. O Volkswagen Fusca foi o modelo que popularizou esse tipo de concepção, atualmente utilizada apenas em carros da Porsche e da Subaru.
Em V: quando há duas bancadas de quatro cilindros em linha dispostas em ângulo que formam um “V” unido por um virabrequim. Esse tipo de motor é mais comum em carros esportivos, utilitários e picapes grandes.
Em W: é o mesmo princípio dos motores em V, mas com duas bancadas duplicadas de cilindros em diferentes ângulos, que forma um esquema parecido com um W. Os hiperesportivos Bugatti Chiron e Veyron são equipados com essa motorização com 16 cilindros.
Esse tipo de motor, também de quatro tempos, usa uma (ou mais) peça triangular giratória ligada no lugar de bielas, pistões e virabrequim para exercer as etapas de admissão, compressão, combustão e exaustão. Ligado a um eixo, o rotor gera a energia necessária para movimentar as rodas.