Não é regra para todos os estados, mas normalmente nesta época mais fria do ano usamos menos o ar-condicionado quando estamos no carro. A mudança de hábito é comum, especialmente em cidades como São Paulo e estados do Sul, onde a queda de temperatura pode ser mais acentuada.
Com essa menor utilização, muitos motoristas acabam esquecendo de fazer a manutenção periódica do componente - o que, segundo especialistas, é um erro.
Isso porque, mesmo não atuando de forma tão intensa como nos períodos mais quentes, o equipamento continua servindo como um mecanismo de filtragem das impurezas do ar que é respirado na cabine. O que, nessa época, pode ser considerado até mais importante, já que o tempo frio tende a ser seco, impedindo a dispersão dos poluentes.

Anderson Rocha, proprietário da oficina Ar Condicionado Rocha, em Guarulhos, explica que manutenção regular do componente, que inclui a troca do filtro, é decisiva para evitar os impactos no sistema respiratório de condutores e passageiros.
"Filtros sujos impedem a circulação do ar de forma livre e podem ajudar a dispersar agentes que prejudicam à saúde, além de forçar o equipamento a trabalhar mais - e, com isso, a consumir mais combustível para funcionar”, explicou.
De acordo com o especialista, o impacto da poeira no dia a a dia facilita a proliferação de ácaros, fungos e bactérias nos filtros. Por isso, a troca do filtro deve sempre ser feita a cada seis meses, mesmo que esse período termine no inverno.

"Todo o ar que entra na cabine passa por esse filtro e a partir do momento que você não faz essa troca, respira poluição, correndo o risco de maior incidência de doenças respiratórias, especialmente no outono e inverno. É um cuidado de grande importância para o bem-estar dos usuários, especialmente de crianças e idosos, que sofrem bastante nessa época do ano”, alertou Anderson Rocha.
A troca do componente geralmente tem custo baixo e, em carros novos, faz parte do plano de revisão. “No inverno, recomenda-se uma temperatura média entre os 20 e os 22 graus, uma vez que no exterior estará mais frio e os médicos pedem para evitar grandes diferenças de temperatura e contrastes térmicos”, finalizou.



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