Segurança deve ser a prioridade em muitos aspectos da nossa vida, e quando se fala do seu automóvel não é diferente. Uma das formas mais eficazes de proteção quando se trata do trânsito tem se tornado mais acessível: ter um carro blindado.
Hoje vamos passar um guia sobre blindagem de veículo. Já demos aqui no WM1, dicas para comprar um carro blindado usado. Agora, abordaremos desde os tipos de blindagem, até como identificar as melhores blindadoras. Falaremos, também, como é feita a blindagem de veículos.
A primeira coisa a ser feita é solicitar a autorização do Exército para carros blindados. É um documento gerado gratuitamente, que leva em torno de 31 a 60 dias corridos para ficar pronto. Após essa autorização ser concedida, o processo de blindagem já pode ser iniciado. O procedimento todo leva no máximo 120 dias para ser realizado pela blindadora, e consiste no desmonte do veículo para a aplicação do material balístico e no remonte do carro.
Um carro blindado é um veículo totalmente revestido com o material resistente, que pode vir a ser de aço e mantas de aramida, de acordo com a parte da carroceria. Os vidros também são completamente trocados por materiais resistentes de policarbonato com 18 ou 21 milímetros de espessura.
Todo o aço que é aplicado é moldado anteriormente de forma computadorizada para um montagem simples e com menos chance de erro. Nas rodas podem ser aplicadas cintas e até o teto solar recebe um vidro novo, completamente reforçado. Vale lembrar que nesse caso só é realizada a blindagem em caso de teto solar fixo, sem função de abertura.
Uma blindagem mal realizada pode prejudicar o veículo e, ainda, não proteger corretamente quando for necessário.
Temos no total 6 tipos de blindagem de carros, veja cada uma delas e suas especificidades:
O processo para realizar a blindagem do carro passa inicialmente pela autorização do Exército, como já foi dito. Após essa autorização, a blindadora começa com o desmonte completo do veículo para a inserção do aço e das mantas de aramida. A montadora deve ter o completo domínio do material e da forma como deve ser colocado. A colocação incorreta pode levar a erros na blindagem, o que pode torná-la inútil.
Desde maçanetas, colunas e até mesmo as áreas de fixação dos cintos recebem o reforço do material balístico. Todo esse material, logicamente, adiciona peso ao seu veículo, em torno de 150 a 250 kg, o que representa, em média, três passageiros no carro. Por esse motivo não é recomendada que veículos com baixa potência, como carros 1.0, passem pelo processo de blindagem, pois os mesmos serão submetidos a esforço excessivo ao se movimentar.
Outro processo importante da blindagem é a remontagem do veículo. De acordo com o modelo do carro, há muitas peças que, se não forem tratadas com o cuidado devido, podem estragar ou quebrar durante a remontagem. É importante que você acompanhe todo o processo de blindagem para que fique ciente de todas as modificações que acontecem no seu veículo.
O valor do serviço varia de acordo com o modelo e com o tipo de blindagem que você irá realizar. Os custos médio são: tipo I, cerca de R$ 25.000; tipo II e II-A, R$ 32.000; tipo III-A, de R$ 45.000,00 a R$ 100.000,00.
Para manter a blindagem do seu carro o máximo de tempo possível é necessário que sejam seguidos alguns cuidados especiais. É importante evitar que o veículo fique exposto ao sol ou sofra com choques térmicos, além de ser importante manter a limpeza dos vidros sem usar produtos abrasivos.
A ideia de ter um carro blindado é mantê-lo sempre com os vidros fechados - para, se houver a abordagem de um bandido, você estar protegido - mas é possível abrir os vidros normalmente do carro. Mas, é aconselhado que, ao fechar as portas, tenha certeza de que os vidros não estejam abertos, para evitar impacto contra os mesmos.
Provavelmente você já ouviu que após realizar a blindagem de veículos será preciso repetir o procedimento em um determinado período. Porém, saiba que nem sempre isso é verdade. A proteção em muitos casos se mantém por toda a vida útil, pois os painéis balísticos garantem a resistência e não desgastam com o tempo de uso.
A empresa que faz a blindagem deve fornecer o termo de responsabilidade para indicar a validade da proteção. Um item que pode precisar de substituição são os vidros, que estão sujeitos a quebras ou avarias na parte interna.
Em 2017 foi publicada a Portaria nº55, do Comando Logístico do Exército, com novas regras para o processo de blindagem. Essas mudanças envolvem o registro do processo, resistência do teto solar e reparação na blindagem. Sendo assim, a blindagem é registrada no nome do proprietário, seja ele pessoa física ou jurídica.
Entre os documentos e informações que o proprietário precisa apresentar estão:
A mudança nas regras fez com que o custo do registro da blindagem ficasse mais alto, mas apenas para o registro e não para a blindagem em si. Além disso, não é mais permitido reparar as peças do carro em situações de desgaste ou avaria, se isso acontecer é preciso fazer a troca.
O principal objetivo é garantir a qualidade, já que reparos podem comprometer a peça original. Outro ponto é manter a blindagem com a mesma peça de outras partes do carro, determinadas pelo artigo 62 da portaria.
Certifique, primeiramente, se a empresa possui todas as certificações do Exército brasileiro para a realização do serviço de blindagem. Pergunte sempre sobre os materiais que serão usados e busque tirar dúvidas até mesmo sobre os testes realizados. Tenha certeza de que haverá garantia do serviço e de que prazo de entrega é condizente com a mão de obra ofertada.
Procure observar, ainda, se todas as peças estão embaladas, numeradas e guardadas da forma correta e se o seu veículo como um todo está protegido. Dessa forma, você vai garantir a qualidade da blindagem do seu carro e a sua segurança e de outras pessoas.