Isso ocorre propositalmente por se tratar de uma margem de segurança. As montadoras calibram o velocímetro para induzir o motorista a dirigir o veículo abaixo do limite da via e, consequentemente, diminuir o risco de multas e acidentes.
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Essa discrepância da velocidade indicada no painel do carro para o valor real acabou por virar uma norma entre os fabricantes. Em alguns modelos, essa diferença chega a 5%, mas a União Europeia determinou que os veículos comercializados na região não podem registrar erro maior que 10% acrescidos de mais 4 km/h.
Por exemplo: se um carro estiver em velocidade real de 90 km/h, o velocímetro não pode marcar mais de 103 km/h.
Essa diferença também é utilizada pela legislação brasileira como referência de cálculo para a autuação por excesso de velocidade. Para evitar que condutores sejam punidos injustamente e, por ventura, a disputas judiciais, a lei determina uma tolerância na fiscalização eletrônica feita pelos radares.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), um motorista só comete infração se dirigir o veículo a pelo menos 7 km/h acima do limite da via. Até 100 km/h há uma tolerância de 7 km/h. A partir de 107 km/h, a variação passa a ser de 7%.
Portanto, toda vez que um carro passa pelo radar de fiscalização eletrônica, a velocidade indicada no equipamento é sempre inferior à mostrada no velocímetro.
Alguns fatores podem alterar a margem de tolerância
A diferença entre a velocidade real e a indicada no velocímetro pode variar durante o uso do veículo em algumas situações. Pneus muito desgastados ou descalibrados podem influenciar na marcação da velocidade.A substituição das rodas originais do veículo por um conjunto de medidas diferentes (altura do perfil, diâmetro, largura) também afetam a aferição de velocidade. Ao colocar rodas e pneus maiores o carro vai rodar a uma velocidade maior que a mostrada no painel.
E esse erro do velocímetro passa uma falsa impressão de melhor desempenho e menor consumo, uma vez que a medição deste último é baseada na quilometragem percorrida, e é apresentado um número que não representa a realidade.
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