A sigla EREV - do inglês Extended Range Electric Vehicle - é usada para definir os veículos elétricos com autonomia estendida. Mas você sabe, na prática, qual é a desses automóveis?
Diferentemente dos elétricos convencionais, que dependem totalmente de uma fonte de energia externa - seja uma tomada ou um carregador -, os EREV são mais versáteis. O motivo? Têm um gerador de energia embutido no veículo.
Se plugar o carro na tomada não for uma opção, você ainda terá um motor a combustão para acionar um gerador de eletricidade para o conjunto motriz elétrico.
E qual é o impacto disso no uso diário? É como ter um híbrido plug-in, já que é preciso manter o automóvel abastecido com gasolina ou outro combustível líquido ou gasoso.
Enquanto na maior parte dos híbridos o motor a combustão é o principal do veículo, no EREV esse propulsor térmico não traciona as rodas. Essa tarefa cabe integralmente ao motor a bateria.
Com um EREV, é possível ter um automóvel com as características de direção de um carro 100% elétrico - como o torque máximo disponível desde a partida -, mas com o alcance longo de um automóvel híbrido plug-in.
Um carro com essa tecnologia vendido no mercado brasileiro é o Leapmotor C10 REEV. O SUV médio é equipado com um motor elétrico de 215 cv de potência e um propulsor 1.5 de quatro cilindros na função de gerador.
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Segundo o fabricante, o C10 REEV acelera de zero a 100 km/h em 8,2 segundos e tem autonomia de até 950 quilômetros. E, além do gerador a combustão, é possível carregar a bateria motriz diretamente em tomadas e carregadores do tipo AC, e também em carregadores rápidos do tipo DC.
Por mais que pareça uma solução recente, sabe outro modelo que também pode ser considerado um EREV? É o BMW i3, lá da primeira metade da década passada. Na versão REX, o elétrico era equipado com um pequeno motor de 600 cm³ que adicionava cerca de 150 quilômetros de alcance ao automóvel.
A China é atualmente o país onde os EREV têm a presença mais marcante. Não só pelo peso dos automóveis elétricos por lá, mas também por serem mais adequados para um país de dimensões continentais e onde é possível percorrer longas distâncias e ainda estar em uma mesma cidade.
Mas outros países já olham com carinho para os EREV. Um exemplo são os Estados Unidos, onde a Ram programa para 2026 o lançamento da caminhonete 1500 Ramcharger, e também a Ford, que decidiu acabar com a 100% elétrica F-150 Lightning e substituí-la por uma variação EREV do mesmo modelo.
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