Nesta sexta-feira (6), a entidade divulgou um balanço de 2022 e apresentou as suas expectativas para o mercado brasileiro nos próximos 12 meses. Depois de anos brigando para manter a produção em níveis mínimos para atender à demanda, a perspectiva do retorno à normalidade cria o desafio de estimular novamente o crescimento da procura por veículos.
Em dezembro passado, o governo federal regulamentou o Programa Renovar, que prevê incentivos para a retirada de circulação de veículos sem condições de rodagem ou que tenham mais de 30 anos de fabricação. A iniciativa, porém, é restrita inicialmente a caminhões, ônibus e implementos.
Mas o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, não descarta que esses incentivos cheguem, posteriormente, também aos automóveis de passeio e comerciais leves, atrelada à inspeção técnica da frota circulante - algo previsto desde a criação do Código de Trânsito Brasileiro de 1997, mas nunca implementado na prática.
"Nós já começamos a trabalhar para que essa renovação de frota comece até mesmo com um veículo usado, com o dono de um "velhinho" trocando seu veículo por um seminovo, até chegar ao novo. Nos temos um trabalho muito forte em relação a isso. Durante esse ano teremos muita discussão e a expectativa é que isso avance de forma mais significativa", destacou Leite.
Expectativas para 2023
Depois de fechar 2022 com a produção de 2,176 milhões automóveis de passeio e comerciais leves, um crescimento de 5,2% em relação ao ano anterior, a Anfavea agora espera encerrar 2023 com 2,267 milhões de unidades. Seria um aumento de 4,2%.A expectativa de um resultado mais tímido que o de 2022 é resultado de fatores como as restrições de comércio exterior impostas pela Argentina, os juros altos e a limitação no crédito. Estes são problemas que impactam de maneira mais forte o segmento de veículos de entrada.
Quer saber mais informações sobre o carro que deseja comprar? Clique aqui e acesse o Catálogo da Webmotors.
Comentários