Caoa Chery passa a importar motores

Fontes dizem que carros da marca devem ficar 10% mais caros. Fábrica está parada e demissões foram revistas

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Renan Rodrigues
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A fábrica da Caoa Chery em Jacareí deixará de produzir motores. Mas isso não tem nada a ver com o coronavírus - em parte. A decisão foi tomada devido à alta do dólar, segundo a empresa. Os propulsores passarão a ser importados, o que deve aumentar o preço dos modelos vendidos pela montadora no país.

Apesar de a medida ter justificativa na questão cambial, a importação de motores da China deve ter efeito direto nos preços dos carros. Segundo fontes ligadas à marca e de mercado, os carros da Chery por aqui devem sofrer reajustes de 10%, em média.

Atualmente, a montadora produz e vende quatro modelos no país, além de trazer de fora o elétrico Arrizo 5e. Os modelos a combustão são equipados com motores 1.5, em configurações aspiradas e turbo, que eram feitos em Jacareí.

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A Caoa Chery diz que o objetivo é reequilibrar a operação da empresa, resistir ao cenário previsto para os próximos meses e garantir a manutenção dos demais empregos na região. Logo depois do anúncio do fim da linha de motores, o fabricante também decidiu suspender as atividades em Jacareí devido à pandemia do coronavírus a partir do dia 27 de março.

Greve

O encerramento na fabricação de motores, porém, foi conturbado. Inicialmente, a empresa tinha confirmado a demissão de 59 funcionários da unidade do interior paulista - que representam cerca de 10% do total de empregados.  Isso acarretou em uma paralisação dos demais colaboradores da fábrica.

Depois, a Caoa Chery informou que, em acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), tomou a decisão de reverter as demissões realizadas e colocou todos em regime de lay-off. Em nota, a marca diz que "é sensível ao atual momento que o Brasil está atravessando com a pandemia de Covid-19".

 

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