Carro elétrico usado: um guia para comprar o seu

Confira os cuidados, dicas e o que observar na hora de negociar um veículo seminovo sem motor à combustão

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Fernando Miragaya
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Os veículos sem motor à combustão são realidade no nosso mercado há, pelo menos, três anos. Por isso, carro elétrico usado já é uma realidade - só na Webmotors, são mais de mil modelos deste tipo à venda. Porém, é um tipo de negociação que, naturalmente, demanda mais peculiaridades.

Além do estado de conservação e histórico de manutenção, adquirir um carro elétrico usado também pede atenção à bateria, que talvez seja o item mais importante na compra. Lembre-se que elas têm, em média, prazos de garantia estipulados em tempo e por rodagem. Desta forma, nestes casos, a quilometragem do veículo pesa bastante na decisão de compra e no preço do automóvel.

Veja a seguir algumas dicas para comprar seu carro elétrico usado.

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Garantia

A primeira coisa é observar quando o carro elétrico usado foi comprado. Em geral, as baterias têm cobertura de oito anos ou 160 mil km. Essa garantia pode variar de acordo com a marca e o modelo. Além disso, conforme o veículo, pode não ser possível transferir a garantia para o novo dono.

Ou seja, a quilometragem do automóvel vai interferir diretamente na negociação do automóvel EV. Peça uma cópia do contrato de garantia do veículo ao vendedor ou se informe junto à rede de concessionárias da marca do elétrico sobre o quanto resta de cobertura para a bateria daquele modelo à venda. Pesquise também junto à montadora se existem políticas de reposição da peça no pós-venda.

"Tem que tomar cuidado é com a durabilidade da bateria. Em carros elétricos usados você vai acabar tendo de repor uma hora. Tem de ver se está perto da hora de repor e tem a questão de descarte. E como é um mercado incipiente, ainda há incertezas sobre se existe peça para reposição, se dá para recuperá-la, quanto custa...", observa o consultor Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automotive.

Estado da bateria

Cargas repetidas ou parciais, e o próprio uso do veículo, minam naturalmente o poder da bateria com o tempo. Peça ao dono do carro o último diagnóstico da manutenção do veículo com o estado da peça. Também faça um teste e veja, depois de uma carga completa, qual a autonomia informada no painel de instrumentos ou computador de bordo - e compare com a autonomia declarada pelo fabricante.

Acessórios

Observe se o modelo sem motor à combustão que está à venda inclui o cabo de carregamento ou carregadores portáteis. Esses equipamentos costumam ser caros, podem ter preços de R$ 2 mil a R$ 4 mil. Consulte também se o vendedor do carro elétrico usado quer incluir na negociação carregadores domésticos do tipo wallbox. Pode ser vantajoso fazer um pacotão.

Para carregar

É preciso preparar a residência para conseguir carregar o carro elétrico. Boa parte dos modelos são compatíveis com tomadas de bitola maior e em redes 220V, mas é preciso que o sistema esteja aterrado. Considere chamar uma empresa especialista para verificar a instalação elétrica e também a colocação de um wallbox, que abastece as baterias mais rapidamente. Contudo, estes costumam custar de R$ 3 mil a R$ 8 mil.

Nissan Wallbox Leaf
Wallbox pode custar entre R$ 3 mil e R$ 8 mil de acordo com o modelo
Crédito: Divulgação
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Se você mora em prédio, consulte a administração do edifício para saber sobre a possibilidade de preparar a sua vaga na garagem para a instalação de um carregador. Uma solução para evitar uma guerra mundial na reunião de condomínio é solicitar a instalação de um relógio separado só para sua parte no estacionamento.

Rotina

Pesquise qual é a autonomia do veículo com uma carga da bateria e não esqueça que, com o tempo, esse alcance tende a diminuir. Só que mais importante do que isso é saber o quanto você roda por dia. Se a sua quilometragem diária é de 60 km, um carro elétrico com alcance de 280 km só vai precisar ser carregado a cada quatro dias.

Manutenção

Assim como ocorre com os modelos à combustão, o histórico de manutenção indica se o seminovo elétrico é um bom negócio ou não. Veja se o proprietário fez todas as revisões dentro dos prazos corretos nas concessionárias - a falta de qualquer visita obrigatória pode acarretar na perda da garantia.

Automóvel elétrico é recente e, claro, a mão de obra qualificada ainda é escassa. Por esta razão, tenha em mente que não é possível levar um veículo deste tipo a qualquer oficina. Você precisará manter as revisões na rede autorizada da marca do modelo.

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