Prestação alta? Evite perder o carro financiado

Se você não consegue bancar a parcela do financiamento, é possível renegociar a dívida; só não atrase as parcelas

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Redação WM1
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A situação já foi vivida por muitos brasileiros, principalmente em tempos de crise econômica: você compra um carro financiado e, a certa altura, não tem mais condições de manter os pagamentos em dia. Aí surge a pergunta: o que fazer para não perder o veículo para o banco?

A resposta não é simples e depende de cada caso. Caso o valor da prestação esteja alto demais para bancar, mas o cliente tenha lastro para seguir pagando uma parcela mais baixa, a saída natural é fazer o refinanciamento do veículo com a instituição bancária. Nessa situação, a obtenção de novo crédito depende, naturalmente, se o comprador não está com o nome negativado ou "sujo". Por isso, é importante não atrasar os pagamentos e já conversar com o banco para buscar a melhor alternativa.

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Financiamento de carro
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Crédito: iStock
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"Os bancos não têm interesse em ficar com o veículo e sim em receber os valores acertados no ato do financiamento. É possível, por exemplo, aumentar o número de parcelas e reduzir seu valor individual. Por exemplo, se você financiou em 36 meses e já pagou 12 prestações, é viável refinanciar o saldo devedor mais uma vez em 36 parcelas, reduzindo o preço a ser pago mensalmente", aponta Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendores de Veículos Automotores), representante dos lojistas independentes no país.

No caso do refinanciamento, vale ressaltar que, mesmo reduzindo o valor da parcela, o total da dívida será maior, por conta do maior prazo e da incidência de juros.


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Crédito: Webmotors/WM1
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Agora, se a situação financeira estiver mais complicada e você concluir que não tem mesmo como seguir pagando, a saída racional é mesmo se desfazer do veículo, mas isso não significa que assim você irá se livrar da dívida. "Se você vender o carro, moto ou utilitário, mas o valor a receber for superior ao devido, ainda haverá um saldo a ser pago. Se você já tiver quitado boa parte das parcelas, é possível perder o carro, mas sair com um 'troco'", destaca o especialista.

Ilídio dos Santos menciona alguns cuidados ao passar o carro com financiamento ativo adiante. "Se for vender a um lojista, saiba que haverá uma depreciação de 10% a 15% sobre o valor de mercado, para bancar os custos da venda e remunerar a loja. Nessa condição, exija que o débito seja totalmente quitado antes de transferir a propriedade, o que evita problemas futuros com eventual inadimplência e reduz os juros embutidos", recomenda o presidente da Fenauto.

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Crédito: ISTOCK
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Ele alerta, ainda, para exigir do comprador, seja ele lojista, concessionário ou particular, um recibo de quitação do financiamento com firma reconhecida em cartório, determinando que o carro que você passou adiante não está mais alienado.

Outra alternativa, que também prevê a perda do veículo, é entregá-lo ao banco ou instituição financeira que realizou o financiamento, via acordo amigável. Mas essa modalidade também não significa que o débito total será quitado. "Nessa situação, o banco é obrigado por lei a fazer leilão judicial do veículo, geralmente por um valor abaixo do mercado, que muitas vezes deixa ainda um saldo devedor. Outra possibilidade é transferir a dívida para o nome de alguém que esteja interessado em ficar com o automóvel e seguir pagando as prestações que restam", orienta dos Santos.

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