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Fiat Titano: troca de país fará a picape decolar

A picape deixou de ser produzida no Uruguai e agora é feita na Argentina; mudança foi além da troca de nacionalidade

por Evandro Enoshita

A Stellantis não tem medo de fazer mudanças completas de rota. Uma prova disso é a Fiat Titano, picape média que soma pouco mais de um ano de mercado brasileiro, mas estreia em breve com alterações profundas geradas pela mudança no local de produção, do Uruguai para a Argentina.
O que rolou foi uma "regionalização" da Fiat Titano. É que a picape era montada no Uruguai, pela Nordex, com peças importadas da China. Agora, a caminhonete passou a ser feita "em casa", numa fábrica da Fiat em Córdoba. E isso implicou na nacionalização de diversos componentes do modelo.
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Com essa mudança de casa e no conteúdo local, a Stellantis aproveitou também para fazer algumas importantes intervenções no modelo.
Já se sabe que a primeira delas foi a troca do motor 2.2 turbodiesel de 180 cv de potência - com projeto da antiga PSA - pelo 2.2 MultiJet. Também turbodiesel, mas que desenvolve 200 cv de potência. É o mesmo propulsor usado em modelos como o Jeep Commander e a RAM Rampage.
As fotos divulgadas pela própria Stellantis revelam ainda novidades na lista de equipamentos do modelo. Caso da incorporação de um pacote ADAS - entregue pelo espaço para o radar frontal no para-choque dianteiro - e também do freio de estacionamento com acionamento elétrico.
Foi trocada também a alavanca do câmbio automático, que agora tem o indicador de marcha na própria manopla.
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A Fiat Titano argentina é melhor que a uruguaia?

OK, mas como essa mudança de país - e conteúdo - vai impactar nas vendas da Titano?
Antes de falar sobre isso, é preciso falar de mercado. Dá para cravar que a Titano encalhou? Longe disso! No acumulado do ano até abril, a caminhonete somou 3.159 emplacamentos e briga com a Nissan Frontier para ser a quarta força do segmento de cargueiras.
Não é um resultado ruim. Mas para uma marca que já vendeu mais de 39 mil unidades da Strada e 15 mil unidades da Toro no ano, certamente é um desempenho que poderia ser bem melhor.

O problema é que a Titano atual é uma picape mais rústica na rodagem e menos sofisticada que as concorrentes. O preço muito competitivo é, hoje, o mais forte argumento de vendas do modelo.
As mudanças na mecânica e na lista de equipamentos dessa Titano argentina vão dar um polimento extra no modelo. Sem conhecer a picape de perto, fica difícil mensurar exatamente qual será esse impacto.
Mas, certamente, vai rolar um impacto bastante positivo na procura pela Titano. Desde que a Stellantis siga trabalhando bem os preços da picape. Algo que, tradicionalmente, o grupo automotivo faz muito bem.

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