Financiar o carro ou comprar à vista?

Tudo depende da disponibilidade do dinheiro e do tipo de investimento a ser feito

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Fernando Miragaya
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Quando alguém quer comprar um carro 0 km, uma dúvida comum é quanto ao pagamento. Afinal, se você tem dinheiro para quitar determinado veículo à vista, paga em cash ou dá uma entrada e financia o resto? Apesar de a matemática ser uma ciência exata, não há uma resposta absoluta. Tudo depende de cada caso, e isso é bom.

WM1 pediu a ajuda do professor Ricardo Teixeira para abrir os caminhos financeiros e monetários para a compra de um carro. Ele e coordenador do MBA em Gestão Financeira da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ) e vai explicar que o pagamento à vista tende a ser a melhor opção, mas que o financiamento pode ser uma alternativa em tempos de incertezas econômicas.

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A primeira dica é fazer uma análise de sua situação. Tem a grana exata para pagar à vista? Está com dinheiro de sobra? Está inseguro em termos profissionais e precisa ter um fundo de reserva? Entenda as opções.

Barganhar

Ter o dinheiro para pagar à vista é o ideal para poder barganhar um desconto no preço final do carro. E aqui o importante não é o percentual do desconto: vale a velha dica (que sempre damos aqui) de pesquisar muito antes de fechar negócio.

“Do ponto de vista financeiro, o melhor é barganhar um desconto. E é preciso pensar mais no valor final que se vai pagar do que no percentual de abatimento. Por isso, é necessário fazer um comparativo bom de preços e, em cima disso, trabalhar os descontos”, sugere Ricardo Teixeira.

Isso porque, para aplicar…

Pois é, aquela manha de dar uma boa entrada, investir o restante do dinheiro e pagar o financiamento com o rendimento, pelo menos nos dias atuais, não vale a pena. Isso porque as aplicações financeiras consideradas conservadoras, de baixo risco, não têm retorno compatível com os juros - nem mesmo se as prestações do automóvel tiverem taxas de menos de 1% a.m..

Para ter alguma vantagem nesse tipo de operação, seria preciso recorrer aos fundos de renda variável, que fazem o dinheiro render mais, porém, são bem mais arriscados. Afinal, no dia em que o cliente precisar da quantia, pode calhar de aquela carteira estar em baixa e o investidor vai perder grana.

Mas como fundo de emergência...

Ricardo Teixeira, contudo, observa que em tempos de incertezas econômicas, o financiamento de parte do veículo pode ser estratégico para a pessoa ter algum fundo de reserva para uma eventual emergência.

Neste caso, ele recomenda aplicações na tradicional poupança ou mesmo em renda fixa ou Tesouro Direto - consciente de que o dinheiro não vai alcançar o patamar de rendimento que cubra os juros do financiamento.

“De qualquer maneira, é sempre bom fazer as contas e comparar com os juros cobrados. Do ponto de vista de planejamento, a pessoa pode usar a quantia em uma aplicação conservadora, sabendo que não vai ganhar dinheiro, e sim minimizar perdas. E nos casos do Fundo de Renda Fixa, se certificar que a taxa de administração desse fundo seja menor que 0,5%”, orienta o coordenador da FGV-RJ.

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