Guai de Compras: Chevrolet Tracker

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Fernando Garcia
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Se você está pensando em comprar um jipe tanto para andar nos trechos urbanos quanto rurais e não quer investir muito, por que não optar por um Chevrolet Tracker?

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Lançado no Brasil em fevereiro de 2001, o Tracker - um Suzuki Vitara com o logo Chevrolet – era fabricado no Japão e montado na Argentina. Vinha em versão única de acabamento e sempre com câmbio manual de cinco marchas. Seu motor Turbodiesel Mazda de 2,0 litros de 87 cv demorava em empurrar seus 1.475 kg de peso, motivo este que fez com que muitos proprietários ficassem insatisfeitos. Mas no ano seguinte, a GM adotou outro propulsor da francesa Peugeot, também Turbodiesel de 2.0 litros, que garantia até 108 cv disponibilizados a partir das 4.000 rpm. Com o novo motor, o Tracker ganhava em desempenho fazendo de 0 a 100 Km/h em 13 segundos ante os longos 21,7 segundos da versão 2001.

Três anos depois, o jipinho da Chevrolet se despedia do mercado brasileiro devido ao período em que o dólar estava subindo muito inviabilizando a continuação da importação do modelo. Entre 2001 e 2004, foram vendidos apenas 1.812 exemplares, mas voltou com força total em 2006 graças à queda do dólar. Tinha a mesma cara das primeiras unidades vindas pra cá, porém seu motor 2.0 16V a gasolina de 128 cv disponibilizados a partir das 5.900 rpm era novo. Apesar dos 20 cv extras, o novo motor tinha menor torque (17,7 kgf.m a 4.300 rpm, contra os 25,5 kgf.m a 1.750 rpm do Turbodiesel) por causa da ausência do turbo e, consequentemente, uma pior retomada, considerando o peso total de 1.430 kg. Por outro lado, com a nova motorização, na aceleração de 0 a 100 km/h era feita em menos tempo: 11,9 ou 1,1 segundo a menos.

Apesar da excelente relação custo-benefício que o Tracker oferecia, o desenho ultrapassado era uma pedra no sapato do modelo, fato que fez com que GM o tirasse novamente de linha em 2009, mas quatro anos depois viria a nova geração, desta vez importado do México em versão única LTZ, equipada com o mesmo motor do Cruze, um 1.8 de 144/140 cv e torque de 18,9/17,8 kgf.m a 3.800 rpm associado a uma transmissão automática de seis velocidades com opção de trocas sequenciais por meio de botões na lateral da alavanca. Ao contrário da antiga geração, esta conta somente com tração dianteira. Apesar da menor cilindrada, o novo Tracker era 0,4 segundo mais rápido para sair da imobilidade e atingir os 100 km/h.

Totalmente reformulado, o modelo global tinha menos aptidões off-road (o estepe não era mais posicionado na tampa traseira) e adotava a mesma plataforma e componentes de Cobalt, Onix, Spin e Sonic. Concorrente direto do Ford EcoSport, o Tracker estava a altura em sua recheada lista de equipamentos de série contando com ar-condicionado, freios ABS, airbag duplo (com opção de seis) e sistema multimídia idêntico ao MyLink do Onix. 

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DE OLHO NA COMPRA

O Chevrolet Tracker é a opção ideal para quem busca um jipe para enfrentar trilhas, mas não abre mão do conforto na cidade. Para isso, a carroceria e o conjunto mecânico do Tracker são montados sobre chassi (exceto o atual modelo), e não monobloco como no Ford EcoSport, o que se tornam úteis para quem não tem medo de meter os pés, ou melhor, os pneus na lama. Outra vantagem do Tracker para quem quer um veículo com excelente relação custo-benefício é a sua farta lista de itens de série. Ele já vem completinho com: ar-condicionado, direção hidráulica, volante com regulagem de altura, trio elétrico, freios ABS com distribuição eletrônica EBD (Sistema de distribuição eletrônico de frenagem), air-bag duplo, tração 4X4 com reduzida e até teto solar e motor Turbodiesel 2.0. E é aí que vale a primeira regra antes de assinar o cheque. Evite comprar as unidades fabricadas em 2001. Seu motor é fraco nas retomadas e, apesar de contar com turbo de série, rende apenas 87 cv. Se você gosta de agilidade no trânsito, é preferível juntar um pouco mais e levar para a casa um modelo mais novo. O desenho é o mesmo e a diferença de preços entre os anos é pequena. A versão a gasolina, importada em 2007, também é melhor de revender, de acordo com alguns vendedores de lojas multimarcas.

Apesar das várias qualidades do jipinho da Chevrolet, é bom dar uma boa checada na parte mecânica. Por ser um modelo vindo do Mercosul, as peças costumam ser absurdamente caras. Um jogo de pastilhas de freio para o Tracker 2003 não sai por menos de R$ 750. Já no jogo de discos você vai pagar, pasmem R$ 4.700, na autorizada.

Um problema que pode incomodar bastante seus donos está nos tirantes da suspensão traseira que com o tempo apresentam amolecimento da bucha da borracha, aumentando a movimentação da suspensão e, por sua vez, afetar a dirigibilidade do veículo. Esse defeito foi constatado pela GM que anunciou um recall em 2003 envolvendo os Tracker ano-modelo 2003 e 2004 (fabricados de 2/6/2003 a 10/10/2003).

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Dotado de tração 4x4, muitos donos não sabem usá-la, e/ou não fizeram as devidas manutenções, conforme a recomendação da fabricante. Por isso, cheque no manual do proprietário se há carimbos de revisões da tração 4x4.  O mau uso e até mesmo uma manutenção mal feita ocasionam o desgaste prematuro do platô, disco e rolamento. Mesmo assim, durante o test-drive avalie se há indícios de vibrações ou a patinada da embreagem.

Outro probleminha que costuma incomodar, segundo relatos de seus donos, é o suporte do estepe que com o tempo de uso, acaba surgindo uma pequena folga ocasionando ruídos, principalmente quem enfrenta trilhas ou pisos irregulares. Veja se a Tracker que você se interessou tem este problema.

Internamente, tome cuidado com uma luz amarela que acende no painel, principalmente nos modelos 2002 até 2004. A luz “Check Engine” costuma acender com frequência indicando a falta de manutenção de componentes como, por exemplo, bico injetor entupido, borra no bloco do motor, sujeira no turbo compressor, carbonização no tubo de junção do escapamento, entre outros problemas provenientes do diesel de má-qualidade. Por fim, não deixe de atentar para o acabamento. Apesar de bem acabado, o plástico em tom claro, presente no forro das portas, painel e principalmente tampa do porta-malas, são lisos e sensíveis. Qualquer descuido pode gerar riscos permanentes. Por isso, veja se o antigo dono teve esse cuidado.  Boa compra!

OUTRA OPÇÃO DE USADO É: MIRSUBISHI PAJERO 2.0 TR4

Apesar do Pajero TR4 ser menor no comprimento em relação ao Tracker – 4.030 mm contra 4.215 mm, respectivamente – o primeiro possui um ótimo porta-malas com capacidade para até 500 litros contra 275 litros do representante da GM.

Outras vantagens para quem está pensando em um TR4 são a opção do câmbio automático de quatro marchas, ideal para quem o utiliza apenas nos centros urbanos e o tanque de gasolina Long Range – um opcional na linha 2007 – com capacidade para até 86 litros ante os 53 litros da versão básica. É ideal para quem gosta de fazer trilhas sem se preocupar com o gasto do combustível. Já sua desvantagem fica por conta das peças caras, assim como a sua mão-de-obra nas oficinas credenciadas, dignas de carro importado, apesar de ser fabricado em Catalão, GO. O seguro caro também irá pesar no orçamento se você optar pelo TR4.

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