Guia de Compras: BMW M3

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Fernando Garcia
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O seu sonho sempre foi um legítimo superesportivo, mas ele não pode apenas ter um estilo agressivo, e sim reunir requintes de tecnologia, esportividade e conforto. Prazer ao dirigir e a companhia de um belo ronco metálico de seis cilindros também estão entre as suas exigências, mas ele precisa ser barato e dar pouca manutenção. Assim é o BMW M3, que consegue aliar o prazer de dirigir um puro-sangue ao conforto de um sedã. É possível encontrar no mercado de usados diversos preços num único ano/modelo e é aí que mora o perigo. Achar um em bom estado é difícil e os remanescentes em bom estado são vendidos em até 20% do valor de tabela. Outro senão é que para alguns M3 (até 1998) ficam impossíveis de se fazer o seguro.

Inicialmente, as primeiras unidades da M3 vieram importadas dos Estados Unidos, em 1993, através de importadora independente. Conhecida internamente como E36, esta geração vinha de série com ar-condicionado, piloto automático, faróis de neblina, bancos dianteiros com regulagem elétrica de altura, computador de bordo programável em nove idiomas, piloto automático, rodas de liga de perfil baixo (235/40 ZR 17) e teto solar elétrico, mas airbag, revestimento de volante e bancos em couro de bisão, alarme com controle remoto e lavador dos faróis dianteiros eram opcionais. No conjunto mecânico preparado pela prestigiada divisão Motorsport havia o motor M50 B30US de 3,0 litros, 24 válvulas e seis cilindros em linha que acoplado a caixa de transmissão manual de seis marchas, garantia bons 243 cv, disponibilizados a partir das 6000 rpm e o torque para 31 mkgf. Três anos depois a BMW do Brasil começou a importar o modelo que desta vez vinha da Alemanha. A principal diferença estava no motor que apesar da mesma cilindrada, rendia 286 cv, graças ao duplo controle do eixo do cames do tipo VANOS variável, além de outros aperfeiçoamentos mecânicos. Em 1998, depois de três anos sem dar as caras, a BMW voltava a importar da Alemanha o M3 que passou a vir com motor S50 de 3,2 litros de 321 cv (a 7.400 rpm) e 35,6 mkgf (a 3.250 rpm) e a nova transmissão de marchas seqüencial semi-automática SMG I. Na lista de equipamentos, viria com disqueteira para seis CDs e ar-condicionado digital individual.

DE OLHO NA COMPRA

O BMW M3 surgiu por aqui logo após o seu lançamento, em 1993. Nessa época as importações independentes já eram bem comuns, e por isso é possível encontrar modelos de especificação americana e europeia dividindo o mercado de usados. Dê preferência para as alemãs, importadas oficialmente que tem mais valor de mercado e, além disso, são as mais aceitas pelos entusiastas devido à potência maior (o alemão tem 286 e o americano 243 cv) e mais itens de série. Por isso, evite a versão americana, pois como veio independente, não passou por revisões ou cuidados do concessionário.

Na hora da compra de seu M3, a dica é levar o carro até um consultor técnico da BMW para se fazer um chek-up o qual são verificados todos os itens do veículo, inclusive a quilometragem, feita através de um equipamento da marca. Outra dica é com relação os modelos importados em 1998 equipados com o câmbio SMG que utiliza um sistema de trocas de marcha e acionamento da embreagem automaticamente. De acordo com alguns especialistas e lojistas da BMW, muitos donos não sabem usá-lo corretamente e quebra. O seu conserto pode custar de R$ 15.000 a R$ 20.000, dependendo do modelo. Portanto, não se esqueça de pedir ao dono do carro para dar uma volta e checar se apresenta o problema. Atente-se também para o computador de bordo e veja se ele emite um aviso luminoso no painel alertando para as próximas trocas de peças ou aditivos e óleos.

Com relação aos faróis com o tempo as lentes, feitas de acrílico (versões americanas), podem apresentar amarelamento ou ainda trincas e quebras, por conta da fragilidade da peça. Fique atento porque um farol novo não sai por menos de R$ 3.000 para este modelo. Um problema crônico que atinge grande parte dos BMW em geral é o forro de teto que se descola. Segundo especialistas e entusiastas, com o tempo e o próprio calor acaba soltando a peça. Portanto, avalie com atenção a unidade em vista e veja se não apresenta alguma parte descolando.  Quanto à luz no painel, repare se a luz com o aviso Check Engine fica acesa quando for dar a partida. Este alerta pode desmascarar vários problemas mecânicos como a bomba de combustível, sonda lambda, velas ou até mesmo do sensor do fluxo de ar MAF (Mass Air Flow), presente no sistema de injeção eletrônica.

Na parte mecânica, verifique com atenção o correto funcionamento do câmbio. Devido ao mau uso, não é difícil apresentar defeitos na transmissão de marchas sequencial semi-automática SMG I que equipam as M3 a partir de 1998. Já nos modelos mais antigos sem o SMG, engates imprecisos ou duros e marchas arranhando denunciam alguma folga ou coxins trincados ou alguma regulagem mal feita. Lembre-se que um conserto pode custar mais de 15 mil reais, dependendo do problema. Por fim, em se tratando de um carro veloz, evite unidades as quais não há a certeza de que foram revisados itens de segurança como pneus, suspensão, freios e amortecedores, mesmo que o vendedor ofereça um bom desconto. Se precisar trocá-los estes itens, saiba que terá que arcar mais de R$ 10.000.

OUTRA OPÇÃO DE USADO É: AUDI S4

Quem é adepto aos esportivos, dificilmente dá valor para o volume do porta-malas, mas se esse não é o seu caso, por que não pensar em um Audi S4? Lançado em 1999, o sedã esportivo conta com 440 litros, o maior volume comparado com o rival M3 e, dentre os Mercedes-Benz classe C AMG e BMW M3, o representante da Audi é o que oferece um desenho mais atual, apesar de estar na sua primeira geração (ele substitui o S2 da família 80). Ele já vem com sistema de tração integral permanente que garante mais controle nas acelerações laterais.

Mas em compensação o BMW é o que possui a maior potência: 286 cv contra 265 do S4 que é equipado com dois turbo-compressores. Além disso, traz comodidades como câmbio sequencial semi-automático SMG, a partir de 1998.

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