Guia de Compras - Chrysler Neon

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Fernando Garcia
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Caso você é daqueles que prima por um sedã completo, com bom preço e status de importado, o Chrysler Neon pode ser uma sugestão. Sucesso nos Estados Unidos onde era produzido sob as marcas Dodge e a extinta Plymouth, o Neon surgiu por aqui em 1996 sob a chancela da Chrysler nas versões 1.8 (115cv) e 2.0 (133 cv), ambas 16V. As duas eram oferecidas também nos acabamentos básico, LE e Sport, esta última equipada com rodas de alumínio, faróis de neblina e aerofólio. Todas elas vinham de série com ar-condicionado, rodas 175/65 R 14 com calotas, trio elétrico, airbag duplo, direção hidráulica e opcionalmente podia-se pedir o câmbio automático de três marchas.

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A versão Highline, com motor 2.0 e acabamento mais luxuoso só apareceria em 1999, mas apesar de tais melhorias, suas vendas acabaram despencando devido à crise da alta do dólar. Só para se ter uma ideia, neste ano foi vendida apenas 149 unidades ante os 1.460 de 1998, segundo dados da Chrysler. Com a falta de interesse do público e o desenho já um tanto cansado, a Chrysler resolveu neste mesmo ano, deixar de oferecer as versões LE com motor 1.8 e a Sport, sendo oferecida apenas a versão 2.0 Highline.

Em 2000, aportava a segunda geração do Neon totalmente reformulada. Crescia em todos os sentidos: o comprimento aumentou em 6,6 cm, a largura 5 cm, a distância entre eixos 2,4 cm e as bitolas, 1,5 cm. Com isso o espaço interno, uma antiga reclamação de donos do modelo, foi consideravelmente melhorado. O porta-malas também foi ampliado de 330 para 370 litros. Disponível somente na versão LE vinha com câmbio automático de três marchas e motor 2.0 de 133 cv da antiga carroceria. O sedã também ganhava melhoramentos no sistema de freios com a adoção de disco nas quatro rodas com ABS e distribuição eletrônica de frenagem EBD. A posição de dirigir também melhorava, sobretudo aos mais altos que sofriam com o teto baixo da antiga carroceria. As rodas, por sua vez, passaram a ter aro 15 nas medidas 185/60. De 1996 a 2001, a marca trouxe para cá 6.000 unidades, encerrando a história de um dos modelos de maior sucesso nos Estados Unidos.

 

De olho na compra

O Chrysler Neon é um daqueles carros que teve uma participação muito tímida por aqui, mas nos EUA, o modelo foi muito popular e vendia muito bem. Dono de um design esportivo, ele ainda chama a atenção – principalmente na versão Sport - por se tratar de um modelo raríssimo no mercado de usados, mas tem lá a sua legião de fãs. Porém, tenha cuidado e pense bem antes de comprá-lo, pois é casamento na certa. Além de ser difícil de revender, se não estiver com todas as revisões em dia, pode ter certeza que terá um mico nas mãos. Com poucas unidades no mercado, seu preços variam entre R$ 10.000 a R$ 15.000, dependendo do ano e modelo. Por falar nisso, na hora de você for ver um modelo, prefira as versões 2.0 ao invés das 1.8 que são muito criticadas pelos seus proprietários com relação à potência e torque. Outra dica importante é evitar as unidades anteriores ao ano de 1996, trazidas para cá via importação independente. Por se tratar de modelos que não foram preparados para rodar em pisos irregulares como o nosso, certamente têm vida útil das peças bem menor e dificuldade na revenda.

Olhe atentamente todas as peças, principalmente as mais dispendiosas como discos, pastilhas, suspensão, entre outros itens. Por se tratar de um veículo que já saiu de linha, achá-las poder ser uma missão quase impossível. Neste caso, a dica é adquirir em sites de compra ou lojas importadoras independentes.

Quanto às portas, até o ano de 1999, os Chrysler Neon possuíam uma característica pouco comum em sedãs: vidros das portas sem moldura que futuramente pode provocar ruídos de vento, trepidações e até mesmo infiltração com o tempo de uso. Para isso verifique cuidadosamente as guarnições de portas que estão instaladas no próprio batente e veja se não apresentam vazamentos de água.  No sistema de transmissão automática, veja se as marchas apresentam dificuldades para engatar, o problema pode estar nos atuadores compostos de itens tais como solenoides de mudança de marcha, de aplicação da embreagem do conversor de torque ou de reguladores de pressão. Os sintomas são as famosas patinadas do sistema.

Outro problema comum são os vazamentos de óleo que em geral surgem em modelos mais rodados e sem a devida manutenção preventiva. Para descobrir de onde vem o vazamento, a dica é levá-lo em um posto de gasolina para lavar o motor por baixo e depois reparar onde começa a pingar o óleo. Na maioria dos casos pode ser do cárter trincado, junta de vedação do cabeçote ou dos sensores de fase e de pressão de óleo.

Foram reportados em algumas unidades a parada do funcionamento do motor. O problema, segundo técnicos autorizados, pode ser do sensor de temperatura que envia dados para o módulo que por sua vez corta os sistemas de ignição e combustível para a segurança de seus ocupantes. Em outros casos também pode ser a bomba de combustível queimada ou do próprio regulador de pressão de combustível.

Ruídos no amortecedor traseiro também costumam ser frequentes, mesmo em bom estado. Esta peça apresenta barulhos metálicos que são provenientes de buchas ou batentes desgastados. Agora se caso os cilindros tiverem manchas de óleo, a solução é trocá-los, pois é sinal de que a sua vida útil encerrou. Evite recondicioná-los, pois a economia não vale a pena. Boa compra!

Outra opção de usado é...

Seat Córdoba

Apesar de muitos torcerem o nariz para os carros da espanhola Seat (Sociedad Española de Automóviles de Turismo) achando que vão pagar caro nas peças por se tratar de um importado está enganado. A vantagem deste sedã espanhol é que você levará para a casa todas as vantagens de um autêntico Volkswagen, como a ampla rede de assistência técnica, já que muitas das peças são compartilhadas com outros modelos da empresa alemã.

Quer mais vantagens? Seu porta-malas, por exemplo, comporta 406 litros de carga, bem maior, portanto, que os 335 litros do Neon. Encontrar uma boa posição para dirigir não é difícil e o motorista conta com um bom campo de visão. Para quem viaja no banco traseiro, não tem do que reclamar. A boa posição dos bancos e a altura do teto são ótimas e deixa o sedã da Chrysler no chinelo.

O único senão é para a lista de oferta de equipamentos que no concorrente americano é bem maior e conta com ar-condicionado, trio elétrico, direção hidráulica e airbag duplo, tudo de série.

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