Sua primeira reestilização viria em 2003 ganhando uma frente remodelada, com novos faróis, grade, capô e para-choques. A nomenclatura também mudou: Authentique, Expression e Privilège, em substituição às RL, RN e RT, respectivamente. Além disso, foi lançado o Clio duas portas nas opções 1.0 (8 e 16V) e 1.6 (16V) e a Si deixava de ser oferecida. A Dynamique era apresentada em 2004 como topo de linha da versão duas portas, oferecida nas opções 1.0 e 1.6 16V e mais tarde a estreia da opção flexível Hi-Flex para o 1.6 que desenvolvia 115 cv com álcool e 110 com gasolina. No ano seguinte a tecnologia bicombustível chegava a versão 1.0 (77/76 cv). Em 2006 vieram as séries especiais 1.0 16V Expression Get Up limitada a 950 unidades e Air 1.6 16V Hi Flex, com 700 exemplares; além de algumas mudanças sutis no restante da linha. Em 2007 voltou a ser importado da Argentina sem nenhuma alteração e curiosamente a Renault lançou a série limitadíssima de cinco exemplares batizada de F1 Team - com motor 1.6 16V flexível de duas portas - onde somente foi sorteada entre os participantes da campanha promocional “Financeira Renault Portas Abertas”. Já a Campus apareceu em 2008 como modelo de entrada da Renault na versão 1.0 16V com duas ou quatro portas e as versões mais caras deram lugar ao recém-chegado Sandero. Pensando no público jovem, no ano seguinte a Renault lançou a série especial Get Up. O modelo vinha equipado só com motor flexível de 1.0 litro (77/76 cv), mas vinha recheado com rodas de alumínio, rádio com CD player e MP3 e comando na coluna de direção, mas pintura metálica, ar-condicionado e direção hidráulica eram opcionais. Apesar de manter a mesma cilindrada das outras versões, o Clio só teve a sua potência elevada em 80/77 cv em 2012, quando recebeu uma leve reestilização, a mais evidente no conjunto frontal.
DE OLHO NA COMPRA
O grande atrativo do veículo são os seus equipamentos. Não é tão difícil, por exemplo, encontrar Clio equipados com air-bag duplo, mesmo nas versões mais simples. Ainda traz barra de proteção nas portas, cintos de segurança de três pontos e apoios de cabeça para os quatro ocupantes. Por outro lado, há as séries especiais que também costumam ser mais completas em comparação às tradicionais e aí neste caso é bom evita-las, sobretudo se tiverem cores vibrantes, pois a revenda costuma ser bem complicada.
Um dos méritos do hatch da Renault é o valor do seguro que é considerado um dos mais baratos do segmento de compactos, pois não é tão visado pelos ladrões, além do custo de reparação. De acordo o Cesvi Brasil, que estuda o grau de dificuldade de conserto dos veículos, o Clio é um carro fácil de consertar. Só para se ter uma ideia, em uma escala de 10 a 60, onde o 10 é o de conserto mais fácil, barato e rápido, ele atingiu 17 pontos. O hatch da Renault não costuma apresentar defeitos, mas há alguns pequenos problemas que acabam incomodando. É o caso da queima precoce das bombas de combustível (modelos flexíveis). Nestes casos, os sintomas são: falha no motor e chiado em ponto morto. Se não estiver na garantia, a substituição desta peça não sai por menos de R$ 900 nas autorizadas. Outro problema vem do esguichador do para-brisa que costuma falhar com frequência.
No caso da desvalorização, o modelo possui um índice elevado em se tratando de um hatch, mas também a sua revenda é boa e no mercado de usados, a oferta é ampla desde as versões mais recheadas, oferecendo uma ótima relação custo-benefício. Por isso, quando for comprar um Clio usado, prefira os que possuem direção hidráulica e ar-condicionado, que são mais bem aceitos pelo público e a sua facilidade de revenda é bem maior. Sua oferta no mercado de usados costuma ser farta, tanto nas versões 1.0 quanto 1.6, o que acaba facilitando na hora de decidir pela sua compra.
Ao for ver a unidade pretendida, cheque o velocímetro que em alguns carros simplesmente para de funcionar caindo o ponteiro, assim como o hodômetro total e parcial. A dica é levar até uma oficina para fazer uma vistoria que dependendo do caso, pode ser uma simples limpeza ou a troca do sensor do velocímetro. Não deixe de dar atenção também para vibrações no motor. Não é comum o coxim central, responsável pela fixação do conjunto motor/câmbio estar desgastada. Os sintomas começam a aparecer quando surgem vibrações no motor que são transpassadas para o interior do veículo. Para verificar isso, peça a um mecânico para colocar o veículo em um elevador e avaliar a peça a fim de encontrar possíveis rachaduras. No caso da chave que é codificada, costuma dar pane, seja por mau uso ou mesmo pela vida útil. Geralmente o motor não pega e uma luz vermelha no painel fica piscando. Dependendo do caso, é preciso fazer chaves novas e como vem direto da França, o serviço leva em média de 40 a 45 dias e custa mais de R$ 1.000. Outro inconveniente vem do sensor de rotação. Nos modelos mais antigos, com o tempo, este sensor que faz parte do sistema de injeção apresenta falhas de leitura ocasionando variações na marcha - lenta ou o “apagamento” repentino do motor. A solução é a troca deste componente, também conhecido como captor de regime ou sensor de PMS que custa em média R$ 40 e R$ 70 em concessionária, fora a mão-de-obra que nestes casos costuma ser cara. Boa compra!
OUTRA OPÇÃO É: PEUGEOT 206
Se você dá valor às linhas mais modernas e esportivas, o 206 pode ser um bom candidato. Tanto o Peugeot quanto o Renault são equipados com as mesmas opções de motor, o que em termos de desempenho e consumo são praticamente o mesmo carro. Com relação ao espaço interno, ponto para o 206 que acomoda melhor quatro adultos no banco de trás. À frente, o motorista também se posiciona melhor. O porta-malas, por sua vez, carrega 10 litros a menos em relação ao hatch da Renault, com 255 litros.
A visibilidade não é das melhores para um hatch, mas acaba superando o seu rival Clio, que além de ter o campo de visão ruim, possui vigia traseiro, que distorce a imagem. Outro ponto criticado pelos donos do 206 é a dureza de suas suspensões e a aspereza do tecido dos bancos.
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