Importado da Argentina desde 1997, o Renault Mégane ganhou produção brasileira a partir de março de 2006 na unidade da Renault localizada em São José dos Pinhais (PR), no Complexo Ayrton Senna. Inicialmente o sedã foi lançado em duas versões, a Expression e a top Dynamique, ambas equipadas com o motor 1,6 litro 16V Hi-Flex que rendia 115 cv (abastecido com álcool) e 110 cv (gasolina).
Sua lista de equipamentos de série é farta contando com ar-condicionado, dois airbags, direção elétrica, freios a disco nas quatro rodas com ABS e distribuição eletrônica de frenagem (EBD). A top acrescentava o computador de bordo, controlador e limitador de velocidade, rodas de alumínio e regulagem de altura do banco do motorista. Além disso, o Mégane trazia o então inédito cartão eletrônico que aposentava a tradicional chave. Bastava inserir o cartão numa fissura no painel e apertar o botão “Start/Stop” para ligar ou desligar o motor.
Quando o assunto é espaço interno, o Mégane também não desapontava oferecendo um bom espaço para os ocupantes, graças aos 2,69 m entre os eixos e 1,47 m de altura. O porta-malas de 520 l é, até hoje, muito elogiado pelos seus donos e está acima da média dos concorrentes diretos como o Honda Civic com 340 l e Toyota Corolla com 470 l. Só perde para o Vectra que comporta 526 l.
Em novembro do mesmo ano chegava a Grand Tour, a versão perua do Mégane disponível nas mesmas versões e pacotes de equipamentos do sedã. O porta-malas também mantinha a mesma capacidade de volume da versão sedã, graças ao mesmo comprimento de 4,50 m.
Mesmo custando 15% a menos que os rivais equivalentes, o Mégane nunca teve motivos para comemorações nas vendas. Seus donos na época se queixavam do fraco desempenho para seus 1.285 kg. Em abril de 2006, por exemplo, o sedã da Renault teve apenas 794 unidades vendidas contra 1.716 do Honda Civic que ainda não tinha sido reestilizado (a atual geração só veio em maio de 2006). De olho neste mercado, a Renault resolveu lançar em maio a Dynamique na versão 2.0 litros e 16 válvulas de 138 cv. Vinha com câmbio manual de seis marchas ou, como opcional, o automático de quatro marchas.
A versão conversível, batizada de Coupé-Cabriolet (importada da França), surgiu somente em fevereiro de 2008, junto com a Expression equipada com o mesmo motor da Dynamique e, alguns meses depois, a Privilege, que incorporava sensor de chuva e luminosidade, rádio CD Player com sistema MP3 e disqueteira, retrovisores rebatíveis eletricamente, ar-condicionado digital e sensor de estacionamento no para-choque traseiro.
No ano seguinte, estreava a série Extreme, limitada em apenas 1.500 unidades, disponível para o Sedan e o Grand Tour e motores 1.6 16V e 2.0 16V. O maior atrativo vinha do kit aerodinâmico que realçava a esportividade dos modelos. De série, vinha com airbag duplo, freios ABS, direção elétrica, faróis de neblina, computador de bordo, banco do motorista com regulagem de altura e cartão eletrônico que substitui a chave, mas o câmbio automático de quatro velocidades só como opcional para a topo de linha.
De olho na compra
Apesar de se tratar de um modelo que foi descontinuado em 2010 (Sedan) e 2012 (Grand Tour), o modelo ainda cativa pelo visual moderno e lista farta de equipamentos. No mercado de usados, é possível encontrar a versão 1.6 Expression 2006/2007 completinha, com ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico e freios ABS com EBD por menos de R$ 35.000. De quebra, ele ainda oferece um dos seguros mais baratos da categoria.
Como desvantagens, o sedã possui algumas falhas na produção que acabaram sujando sua imagem, mesmo com a garantia estendida de dois anos para os modelos fabricados até 2007 quando ainda era fabricado. Algumas unidades do Mégane, produzidas até este ano, foram chamados para fazer a reprogramação do sistema de injeção eletrônica, mas na verdade era um “recall branco” para consertar alguns defeitos, como portas com ruído e desalinhadas, mau funcionamento da luz do airbag e de serviços, alto-falantes, fechaduras das portas, bomba, tanque e marcador de combustível e para-brisa trincado, entre outros. Nenhum destes problemas era grave, porém a ocorrência em série chegava a irritar alguns proprietários.
Na hora da compra, o consumidor deve ficar atento principalmente às partes elétricas e eletrônicas do Mégane, que são mais sensíveis a panes. No caso da direção elétrica, por exemplo, um problema crônico são os constantes estalos quando se vira o volante para um dos lados. Algumas unidades chegaram até a travar a direção, por conta de falhas no módulo eletrônico que comanda o sistema. Com relação ao marcador de combustível ele não registra corretamente o nível de gasolina no tanque e quanto às luzes de alerta, como a de serviço e de anomalia do airbag, elas acendem com certa frequência. Alguns pormenores vem das palhetas do limpador. Por isso, cheque o estado das palhetas com cuidado pois, ainda novas, começam a vibrar e não tem a devida eficiência como a de outros fornecedores. Elas são feitas de uma borracha de má qualidade e a solução é substituí-las por outras de outro fabricante. Portanto, olho vivo nestes itens e boa compra!
Outra opção de usado é...
Chevrolet Vectra 2.0
A sua grande vantagem é o espaço interno que foi melhorado na terceira geração, graças ao aumento da distância de entreeixos de 2,70 m (o antigo tinha 2,64) e também do comprimento total de 4,61 m. Seu porta-malas é o mais generoso do segmento comportando até 526 litros, mas o motor antigo de 2.0 (127,6/121 cv) anda menos e bebe mais em relação ao sedã da Renault.
Na lista de itens de série, este último oferece a mais de série: air bag duplo, freios a disco nas quatro rodas com ABS, direção elétrica, e rádio com CD-Player integrado. Outro ponto positivo é que ele é mais barato, por oferecer a versão mais simples com motor de 1,6 litro.



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