Presente no Brasil desde 1993, o primeiro Impreza só era vendido na configuração Sedan e SW, ambas com quatro portas, pela Subaru a divisão de automóveis da japonesa Fuji Heavy Industries (FHI). Em 2008 era apresentada ao público a inédita carroceria hatch do esportivo incluindo aí aclamada a versão WRX que vamos apresentar aqui.
O Subaru WRX é equipado com tradicional motor boxer 2.5 turbo de 230 cv. Com torque de 32,6 kgf.m disponíveis a partir das 2.800 rpm, o WRX tem um desempenho invejável alcançando os 100 km/h em apenas 7,6 segundos com velocidade máxima de 209 km/h. A tração é do tipo integral permanente (AWD) que contribuí não só para o desempenho em acelerações, mas também para a ótima estabilidade, um dos pontos fortes e elogiado por muitos donos. O câmbio de engates mais longos nesta geração permite desfrutar de um autêntico esportivo com o conforto de um sedã. Aliás, falando em conforto, no espaço interno, as quatro portas garantem um ótimo acesso a cinco ocupantes, mas, por outro lado, o porta-malas de 310 litros é apertado. Com bom nível de equipamentos de série, o hatch japonês era equipado com ar-condicionado, direção assistida, CD player com comandos no volante, câmbio e piloto automáticos, banco traseiro rebatível/ bipartido. Na segurança, o pacote incluía freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem EBD e sistema de auxílio de frenagem de emergência BAS, controle de tração/estabilidade, além de airbags frontais, laterais e de cabeça.
No ano seguinte, o modelo ganhava mais 20 cv (270 cv), além de pneus mais largos nas medidas 225/45 R17 e teto solar, mas para 2010 o WRX ganhava uma leve reestilização ficando com uma aparência mais agressiva e a opção da versão STi, equipada com o mesmo motor de 2,5 litros da primeira, porém com 310 cv e 41,5 kgf.m de torque. A transmissão manual contava com seis velocidades, além de diferencial central com três ajustes, suspensão mais firme e rodas BBS aro 18 com pneus 245/40.
De olho na compra
Assim como o Corolla da Toyota e o Civic da Honda, o WRX da Subaru também leva a fama de inquebrável, daí a fidelização de seus donos. No mercado de usados, é possível encontrar bastante opções, na maioria deles de primeiro dono. Quem tem, não mede esforços para falar dos principais atributos como a dirigibilidade tipicamente esportiva, suspensão bem acertada, motor robusto etc. Por outro lado, não satisfeitos, alguns donos costumar fazer customizações na parte mecânica. Neste caso, aqui vai a primeira dica: só compre modelos originais e de pessoas, de preferência de primeiro dono que você conheça e que esteja com a manutenção devidamente em dia, principalmente a transmissão e a tração integral 4x4, itens que costumam ser bastante castigados por aqueles adeptos de uma dirigibilidade mais esportiva ou que costumam participar de eventos voltados a competições.
Para Robson Araújo, proprietário da Garage Subaru, empresa que atua há mais de 10 anos na comercialização e prestação de serviços mecânicos em veículos Subaru, é de vital importância que o futuro comprador avalie com atenção o conjunto da suspensão, em específico as buchas e bieletas que não costumam sair barato. Só para se ter uma ideia, cada amortecedor na autorizada Subaru não sai por menos de, acredite, R$ 2.360. “Uma dica bem simples para saber o histórico do veículo é através do manual de garantia onde constam todos os carimbos com as revisões realizadas no prazo estipulado pelo fabricante. Se não tiver, esqueça!”, alerta o especialista.
Por outro lado, o Impreza WRX, assim como outros modelos da marca Subaru são bem vistos no mercado, culpa do excelente conjunto motriz. A embreagem é uma delas, mas é preciso ficar atento ao tipo de uso que o atual dono fez. Para isso, faça um test drive e avalie todas as marchas; ela precisa funcionar de forma leve. Quanto ao câmbio, uma dica importante para descobrir se já foi reparado é a presença de cola para vedação da carcaça, que a fábrica não utiliza.
Além da robustez mecânica, outro dos pontos fortes do modelo, apontado por Araújo, é a parte elétrica que dificilmente dá problema, mas mesmo assim, é bom evitar carros que tenham acessórios fora da especificação do fabricante como sistema de som muito potente, um sistema de iluminação mais forte ou uma instalação inadequada, fora a perda da garantia do veículo. Por falar nisso, o conjunto de faróis do WRX contam com esguichos de faróis que quebram com facilidade. Por isso, avalie se está abrindo, fechando e esguichando normalmente, pois um conjunto completo pode sair mais de R$ 700. Boa compra!
Outra opção de usado é...
Audi A3 Sportback
A segunda geração do Audi A3 chegou em 2006 importada inicialmente na versão Sportback, com motores 1.6 com 102 cv e a turbinada 2.0 TFSI de 200 cv associada a uma transmissão S-Tronic de seis marchas de dupla embreagem. Em seis anos de trajetória desta geração, o modelo ganhou algumas mudanças sutis, além da carroceria com duas portas.
Com desenho mais conservador, porém não menos agressivo, o comprador do Audi é aquele que busca mais conforto, sobretudo aqueles que costumam não sair dos pequenos centros urbanos. Oferece de série: direção elétrica, ar-condicionado individual para motorista e passageiro e, além desses mimos a mais, anda tão bem quanto o Subaru WRX, graças ao poderoso motor de 2.0 litros TFSI de 200 cv com injeção direta e à transmissão automatizada S-Tronic de dupla embreagem. Seu torque de 28,5 kgf.m é disponibilizado já nas 1.800 rpm. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em apenas, 7,2 segundos com velocidade máxima declarada de 236 km/h.
O Subaru WRX equipado com uma unidade maior de 2,5 litros turbinada de 230 cv tem torque 32,6 kgf.m a 2.800 rpm, mas acelera de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e velocidade final de 209 km/h.
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