- Bastaram seis dias para que a absurda aprovação da importação de pneus usados fosse revogada. Como o bom-senso não prevaleceu de imediato, a revogação só aconteceu porque a portaria ministerial ia de encontro à legislação nacional, que proíbe a importação de bens de consumo usados. E, principalmente, porque as indústrias fabricantes de pneus temiam a concorrência dos baixos preços dos produtos importados, mesmo que fossem considerados lixo em seu país de origem.

O presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneus Anip, Geraldo Tommasini, alegou que “têm países que praticamente pagam para que outros importem seus pneus inservíveis” e chamou a atenção para a destinação final desses pneus: “uma questão que mobiliza o mundo todo, inclusive por razões ambientais.”

De acordo com a resolução 258, ainda sem regulamentação, serão estipulados prazos e quantidades para a coleta e destinação final de pneus inservíveis, que entrarão em vigor a partir de 1º de janeiro de 2002.