Saiba como economizar ao contratar o seguro

Entenda como funciona e aprenda a personalizar a apólice para não gastar com cobertura e assistência desnecessárias

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Redação WM1
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O seguro é cada vez mais um fator decisivo na hora de comprar um automóvel e, para complicar as coisas, são muitas as seguradoras, com variações de preços para um mesmo modelo de veículo e considerando o mesmo perfil de cliente. Portanto, o primeiro passo para contratar a cobertura sem esbanjar dinheiro é pesquisar bastante. Para dar uma ajuda, existem ferramentas on-line de cotação com diversas seguradoras.

"Trabalhar com apenas uma seguradora tende a ser mais caro. Existe muita variação nos valores. Por isso, é importante que seu corretor ofereça a opção de cotação com mais de uma seguradora para o cliente ter à disposição uma amplitude maior não apenas de preços a contratar, como também coberturas, assistências e benefícios", recomenda Denis Ferro Jr., superintendente de produtos do Santander, banco que disponibiliza aos clientes o AutoCompara, site de cotações de seguro.

Segundo Ferro Jr., essa flutuação nos valores é decorrente da chamada "experiência de risco" de cada seguradora. Se a base de clientes de determinada empresa teve recentemente mais casos de pagamento de indenizações para um modelo específico de veículo, o custo da cobertura será maior. Além disso, conta a estratégia de mercado da seguradora, que pode, por exemplo, baixar os preços para determinada localidade para trazer clientes de empresas concorrentes.

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seguro do carro
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Crédito: seguro do carro
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Modelo do carro faz a diferença

O segundo fator que mais pesa no bolso na hora de contratar o seguro é o modelo do automóvel, considerando não apenas o valor, mas aspectos como o custo para reparar um eventual dano, que inclui valor e disponibilidade de peças, e se esse modelo é mais furtado, segundo as estatísticas policiais. "Cada vez mais, o seguro é um fator de decisão na hora de adquirir um automóvel. Considerando o mesmo perfil de cliente, o valor da cobertura pode mais que dobrar, comparando dois modelos de mesmo valor”, destaca o executivo do Santander.

Isso significa que carros importados, com componentes difíceis e caros de adquirir, e modelos esportivos de alto desempenho, que normalmente se expõem a mais riscos, acabam pesando mais no bolso na hora da contratação. Em média, o custo do seguro gira entre 3% e 4% do valor do veículo.

 Porsche 911 Carrera GTS
Porsche 911 Carrera GTS
Legenda: Porsche 911 Carrera GTS
Crédito: Porsche 911 Carrera GTS
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Jovens pagam mais, mulheres, menos

Em seguida, o famoso perfil do cliente é o terceiro aspecto a impactar o preço a ser pago. Clientes jovens, solteiros e que nunca contrataram seguro antes vão pagar mais. Também há o perfil de uso do veículo, que também tem forte influência no preço final e leva em conta os endereços de residência e trabalho (ou estudo), a quilometragem rodada diariamente, se o veículo fica em garagem e se, por exemplo, o automóvel é usado para trabalhar, como Uber e táxi. Tudo por conta do cálculo de risco. O gênero, segundo Ferro Jr., já teve maior peso, embora mulheres tendam a pagar um pouco menos que homens em geral.

mulher ao volante
mulher ao volante
Crédito: mulher ao volante
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"Na cidade de São Paulo, bairros da Zona Leste têm mais índices de roubo e furto e isso encarece o seguro. Hoje, o CEP conta muito na hora de calcular o valor a ser pago, muito mais que garagem, pois atualmente poucos clientes não têm uma. Considerando os extremos, um homem de 18 anos, solteiro, que dirige carro esportivo e mora na Penha, na cidade de São Paulo, vai gastar muito mais na comparação com uma mulher de 50 anos casada, com veículo pouco visado, a exemplo do Toyota Corolla, moradora de Moema, por exemplo”, exemplifica o executivo.

Contrate só a cobertura que interessa

Ferro Jr. explica que, por conta da crise econômica e das baixas vendas de veículos zero-quilômetro, tem aumentado a frota de carros mais antigos. Com o envelhecimento da frota circulante, cresceu também o número de clientes não elegíveis para a contratação do seguro compreensivo, com cobertura completa (terceiros, perda parcial e perda total por roubo, furto ou acidente).

Seguro
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Crédito: Seguro
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Nesse cenário, tem crescido a customização do seguro ou oferta segmentada, com cobertura parcial, adequada às necessidades do cliente, que não precisa pagar pelo que não necessita. “Se você usa pouco o veículo e não se envolve em acidentes, mas circula com o carro em uma região com alta incidência de furto ou roubo, pode contratar apenas essa cobertura, o que reduz o custo aproximadamente pela metade. Além disso, carros com mais de sete ou oito anos, que geralmente têm o seguro total mais caro, são elegíveis para cobertura contra terceiros até cerca de 20 anos de sua fabricação, dependendo da seguradora”, diz o superintendente.  O seguro para terceiros, por exemplo, pode ter o valor máximo de indenização estipulado pelo cliente. Quanto menor esse valor, mais em conta sairá o seguro.

Considerando a cobertura contra acidente, também dá para personalizar o valor da franquia: quanto maior, menor o valor total do seguro, mas é preciso medir bem suas necessidades para não ficar no prejuízo na hora de consertar o automóvel.

Guincho e carro-reserva customizados

As assistências, como serviço de guincho e carro reserva, também podem ser customizadas, com impacto direto no valor a ser pago. O período de permanência com o carro reserva, por exemplo, é variável e, quanto mais curto, menor o custo. Clientes que têm um segundo auromóvel ou acesso fácil ao transporte público, por exemplo, não precisam escolher a opção mais cara. O mesmo vale para a distância coberta pelo serviço de guincho 24 horas.

Vale lembrar que a instalação de alarme e/ou rastreador é outra dica para reduzir o preço do seguro e dirigir com cautela e sem se envolver em acidentes também baixa o valor. Algumas seguradoras, inclusive, dão desconto para condutores sem pontos na carteira de habilitação.

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