Saiba quando trocar o limpador de para-brisa
Peça é simples, barata e fácil de mexer, mas muita gente esquece de verificar quando está na hora de substituí-la
Tem peça do carro que a gente só lembra quando precisa. O exemplo mais emblemático é o da palheta do limpador do para-brisa. Quando chove é que muitos motoristas percebem que a peça está tão gasta que não desempenha a simples função de retirar o excesso de água e melhorar a visibilidade do vidro dianteiro.
Curiosamente, a peça é barata e fácil de trocar. Reunimos dicas do pessoal da Valeo Service, fabricante francês de autopeças, entre as quais, palhetas de limpadores. Confira quando trocar o limpador de para-brisa e como fazer essa reposição.
Sinais
O próprio limpador revela "sintomas" de que está na hora de ser substituído. O principal deles é quando há falhas na limpeza do vidro durante a chuva. Se as palhetas deixam riscos e faixas no para-brisa durante seu funcionamento, é indicação de que as borrachas já estão desgastadas.
Visualmente também é fácil verificar o estado da palheta. Caso a borracha esteja rasgada, torcida ou com fissura, é o momento de substituí-la. Verifique também o estado dos encaixes da haste com a palheta, para ver se não há amassados ou sinais de desgaste e ferrugem.
Segundo a Valeo, a revisão da peça deve ser realizada a cada 12 meses. Porém, esse intervalo de vistoria deve ser encurtado conforme o local onde o carro roda ou fica estacionado. Em regiões com temperaturas mais altas ou com longos períodos de chuva, a vistoria deve ser feita dentro de um prazo menor.
Um dado curioso é que o brasileiro pode levar, em média, até... cinco anos para verificar as palhetas do limpador! Esse foi o resultado de um levantamento feito pela Gipa Brasil, consultoria de inteligência automotiva na área de aftermarket.
Como fazer a palheta durar mais?
Preservar o equipamento também é simples, de acordo com os engenheiros da Valeo. Quando for lavar o carro, faça a limpeza das palhetas com produtos específicos. Estes têm agentes desengordurantes que deixam a cobertura do vidro mais lisa.
Porém, nada de usar detergentes de cozinha e desengordurantes de limpeza doméstica, que podem ressecar as palhetas e diminuir sua vida útil. Nem pensar em usar substâncias abrasivas, a base de solventes, querosene ou álcool, que deterioram as borrachas. Muito menos estiletes que são vendidos como item para limpeza das peças e que danificam o produto.
Depois da limpeza, seque a peça com um pano de microfibra. Em seguida, deixe as palhetas levantadas por cerca de uma hora, de preferência na sombra.
Olha o braço!
Com automóvel que fica muito tempo sob o sol ou em ambiente com muita poeira vale deixar as palhetas levantadas quando o carro está estacionado? A prática é até positiva, mas a equipe da Valeo alerta para os cuidados ao manusear o equipamento.
O braço da peça tem regulagem específica, que serve para aplicar a pressão correta da palheta sobre o vidro. Evite puxar os braços com força ou passar do seu limite de "abertura". Haste danificada compromete a eficácia do limpador e essa desregularem nem sempre é visível.
Muitas vezes, inclusive, o dono do carro substitui a palheta sem necessidade, já que a peça pode estar apenas desregulada e desnivelada.
Troca
Substituir as palhetas é uma operação até simples, porém é preciso seguir as recomendações do fabricante que estão no manual do proprietário. Se estiver na dúvida, procure um profissional ou oficina capacitados.
Além disso, muitas marcas oferecem peças de ajuda na verificação da posição do braço. Ou mesmo adaptadores que auxiliam a identificar se as palhetas e haste estão nas posições corretas. Muitas vezes as próprias lojas de autopeças fazem o serviço e tem os acessórios para instalação.
E lembre-se que falamos de um componente relativamente barato. As palhetas dos limpadores de para-brisas de marcas renomadas custam de R$ 20 a R$ 80, o par, conforme o modelo. Já as hastes têm preços entre R$ 40 e R$ 100. Só mesmo em veículos premium os valores dos equipamentos passam dos R$ 100.