Faz tempo que o Brasil não tem um carro popular para chamar de seu. Um dos últimos exemplares desse saudoso segmento, o Chevrolet Celta era daqueles modelos conhecidos pela resistência, pelo preço baixo e, para o bem ou mal, também pela simplicidade.
Lançado em 2000, o compacto teve apenas uma geração por aqui e chegou com a missão de brigar com o - também guerreiro e consolidado - Fiat Uno. Outro rival na mira, o Volkswagen Gol, nunca foi ameaçado de fato pelo dois volumes da GM.
Ainda assim, o Celta, nas carrocerias com duas e quatro portas, rendeu bons números durante praticamente toda sua vida em linha. Mesmo atualmente, o hatch é muito procurado no mercado de usados.
Na Webmotors, onde há anúncios do modelo a partir de R$ 10 mil, o modelo foi o segundo carro de passeio usado com mais anúncios que resultaram em propostas no mês de novembro - só atrás do Renault Kwid.
Parte dessa procura certamente vem da confiança passada pela mecânica robusta usada pela Chevrolet no modelo. Tiramos como exemplo a vida longa do motor aspirado 1.0 da chamada "Família 1". O motor de menor litragem, aliás, está presente desde o primeiro ano do compacto.
À época, o quatro cilindros, então com oito válvulas, só podia ser abastecido com gasolina e rendia 60 cv de potência e 8,3 kgf.m de torque. Em 2005, o motor passou a ser flex e teve um ganho de desempenho, saltando para 70 cv e 9 kgf.m. Depois, em 2009, o motor foi atualizado mais uma vez e chegou a 78 cv, que foi sua potência até a última e derradeira linha, em 2015.
O hatch também usou o motor aspirado 1.4 a gasolina, de 85 cv e 11,8 kgf.m, que foi descontinuado em 2007. Esse conjunto motriz, contudo, não fez tanto sucesso quanto o 1.0. Independentemente da motorização, a transmissão era a mesma: manual de cinco marchas.
A longevidade do motor tornava o Celta um modelo muitas vezes à prova do próprio dono, quase um "tanque de guerra" e, para completar, muito econômico. Especialmente nas versões flex, quando chegava a fazer 19 km/l na estrada, com gasolina, e 12,8 km/l, com etanol.
A lista de equipamentos das primeiras linhas era simples na maioria das versões, e tinha ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos apenas nas versões intermediárias e mais completas - nada muito diferente do que era oferecido pela concorrência nacional da época.
Perto do fim da linha, o Celta ganhou itens interessantes de segurança como ABS nos freios e airbags dianteiros. O visual do Celta era simples, mas de linhas simpáticas. Os faróis eram espichados na primeira linha e depois ganharam contornos mais arredondados, na reestilização de 2006.
O acabamento, como na maioria dos carros da época, sempre foi quase espartano, com todas as superfícies em plástico. O conforto, claro, era limitado.
Na versão quatro portas, o Celta tinha 3,78 m de comprimento, 1,62 m de largura e 1,40 m de altura, com entre-eixos de 2,44 m e o porta-malas com 260 litros de capacidade.
Em resumo, apesar da lista enxuta de itens, do espaço interno compacto e do acabamento simples, o hatch da Chevrolet era um carro ideal para quem só precisava se locomover com o mínimo de dignidade.
Pelos R$ 11 mil pedidos atualmente, o Celta é uma ótima alternativa para quem precisa do primeiro carro ou transita pela cidade onde a oferta de vagas de estacionamento são escassas. Além disso, o hatch também é uma alternativa econômica e com manutenção barata.
Se é esse tipo de carro que você busca, o estoque da Webmotors tem mais mil unidades anunciadas. Uma delas é esse Celta Super quatro portas, ano 2004, com pouco mais de 160 mil quilômetros rodados, anunciada em São Paulo (SP). Aparentemente em ótimas condições, o Celta tem ar-condicionado, travas elétricas, alarme e direção hidráulica - e a pedida é R$ 10.990.
Como esse, também é possível encontrar outros modelos em ótimas condições no catálogo da Webmotors. Se você busca um carro valente, simples e barato de compra e de manter, o hatch da Chevrolet podem ser uma boa alternativa.
Está em dúvida sobre qual carro comprar? Consulte o Comparador de carros da Webmotors!