Usado Novo: Civic 9ª geração ainda é ótima opção

A 9ª geração do Honda Civic foi apresentada ao mercado brasileiro em 2011. O modelo chegava com a árdua missão de substituir a bem-sucedida linha anterior, vendida desde 2006 e responsável por fazer do sedã um dos modelos mais desejados do país.

Para isso, o modelo passou por uma série de mudanças. Algumas agradaram, outras nem tanto. O visual ficou mais conservador e menos empolgante, mas ainda agradável. As dimensões dos três volumes também sofreram alterações, bem como a lista de equipamentos, o interior e o conjunto mecânico.

Motorização confiável

O motor era o mesmo de antes: o aspirado i-VTEC 1.8 flex de 16 válvulas, que rendia até 140 cv e 17,7 kgf.m de torque. A diferença em relação à geração anterior estava no aprimoramento da tecnologia do propulsor, que passou a ser mais "elástico". O conjunto também estava mais leve, com a adoção de novos dutos de admissão e um motor de partida menor.

A transmissão dessa nova geração podia ser manual ou automática, ambas com cinco velocidades. Esse conjunto mudou em 2014, quando a Honda apresentou duas novas versões: LXR e EXR.

Os modelos eram equipados com o motor flex 2.0 aspirado de 16 válvulas, que gerava 155 cv e 19,5 kgf.m de torque. A transmissão nestas configurações era manual de seis marchas ou automática de cinco. Os dois conjuntos, tanto o 1.8 quanto o 2.0, são considerados confiáveis e costumam dar pouca manutenção.

Espaço otimizado

Em relação à geração anterior, o Civic perdeu alguns centímetros na medida de entre-eixos, passando para 2,67 m (antes era 2,70 m). A mexida incomum no tamanho  certamente ajudou a engenharia a resolver um dos problemas da geração anterior: a baixa capacidade do porta-malas. Deu certo, o compartimento passou de 340 litros para 449 litros.

Bem equipado

A lista de equipamentos do Civic nunca foi modesta, mesmo comparada à dos carros vendidos atualmente. Desde a versão de entrada, o três volumes tinha rádio MP3 e USB, computador de bordo com tela digital de sete polegadas, volante multifuncional, modo "eco", câmera de ré, ar-condicionado digital, trio elétrico e rodas de liga com aros de 16 polegadas.

A lista tinha também os itens de segurança como airbags frontais, ABS e cinto de três pontos com apoio de cabeça para todos os ocupantes. Comparado com modelos de entrada à venda hoje, o modelo só fica devendo o controle de estabilidade, que estava disponível apenas na versão mais completa da linha 2012, a EXS - em 2015, é adicionado à versão intermediária LXR.

Além do sistema de segurança, a configuração topo do sedã vinha com bancos de couro, faróis automáticos, aletas para troca de marchas no volante, teto solar elétrico, multimídia e airbags laterais.

Sempre elogiado, o acabamento do Civic mesclava superfícies em soft touch, couro e plástico texturizado. A maioria das peças tinha encaixe perfeito e sem rebarbas, o que ampliava a sensação de qualidade do sedã - que permaneceu em linha até 2016, dando lugar à décima geração.

Na prática, o sedã era e continua sendo uma ótima alternativa para quem buscava e busca um carro espaçoso e confortável de se guiar. À época de seu lançamento, o Civic era vendido com preços entre R$ 69.700 e R$ 85 mil, mas hoje é possível encontrar unidades bem conservadas da 9ª geração do Civic com preços a partir de R$ 47 mil.

Comparado com sedãs de entrada à venda atualmente - o Fiat Cronos é vendido por R$ 90.990 -, o modelo oferece mais por bem menos e, se bem cuidado, certamente dará pouca dor de cabeça para o proprietário.

No estoque da Webmotors, por exemplo, há mais de 1.372 unidades do Civic de 9ª geração anunciadas. Confira essas ofertas aqui.

Uma dessas, um Civic versão LXL, de um proprietário de Osasco (SP), tem pouco mais de 90 mil quilômetros rodados, aparenta excelente estado de conservação e é oferecido por R$ 47.990. O valor é cerca de R$ 10 mil abaixo da tabela Fipe.