O mercado dos sedãs não está no seu melhor momento no Brasil, mas nem sempre foi assim. No início dos anos 2010, por exemplo, os três volumes ainda eram muito valorizados. Especialmente para quem trabalhava dirigindo e também buscava um carro para a família.
Foi logo nesse período, inclusive, que a Fiat atualizou o Siena. A segunda geração do sedã foi apresentada oficialmente em 2012 e veio com uma mudança de nome. Fazia sentido, porque se tratava de um carro realmente diferente do cansado antecessor.

Chamado de Grande Siena, o sedã já era conhecido por sua robustez mecânica, mas faltavam um design mais atual e um tamanho mais convincente - o que a nova linha trouxe. Nessa geração, o modelo se descolou completamente do Palio e ganhou centímetros importantes. O entre-eixos ganhou 14 cm e foi para 2,51 m e o porta-malas cresceu 20 litros, para 520 litros.
As opções de motorização foram mantidas: 1.6 E.torQ, de 117 cv e 16,8 kgf.m de torque, além do 1.4 Fire, de 88 cv e 12,5 kgf.m. O câmbio podia ser o tradicional manual de cinco marchas ou a opção automatizada Dualogic, também de cinco.Do antecessor, o sedã da Fiat herdou a mecânica adaptada de fábrica para rodar também com GNV, batizada de Tetrafuel. A configuração agradava aos motoristas profissionais, como os taxistas e "uberistas", que deixavam de depender de oficinas de conversão.
Nos anos seguintes, o Grand Siena recebeu melhorias e trocou de versões. Na linha 2017, o modelo recebeu um facelift para se atualizar diante dos rivais Chevrolet Prisma e também do Hyundai HB20S. No mesmo ano, o modelo também adicionou o motor 1.0 Fire, de 75 cv, usado na versão Attractive.
Outro retoque dianteiro veio em 2020, mas o fim aconteceu em 2021, com um número baixo de vendas. É claro que o Grand Siena perdeu espaço ao longo desses oito anos de trajetória, mas não foi necessariamente culpa do carro. Assim como outros segmentos outros, o dos sedãs foi impactado diretamente pela crescente procura por SUVs.
Apesar disso, o Grand Siena foi e continua sendo uma ótima opção para quem busca um carro com bom espaço interno e porta-malas espaçoso. A já consolidada mecânica, com os três opções, também contribui para essa avaliação. Não é boa pedida para quem quer desempenho acima da média, mas para o dia a dia resolve bem.
A lista de equipamentos é sempre básica, mas traz o necessário como direção hidráulica, ar-condicionado e trio elétrico em quase todas as versões. Os itens de segurança ficam restritos aos airbags dianteiros e ABS. Em algumas versões, contudo, é possível até encontrar teto solar.
Isso confirma o modelo como uma alternativa sóbria, especialmente para quem busca algo bem mais em conta diante dos preços praticados pelo mercado atual. O Chevrolet Onix Plus, sedã mais vendido em 2022, cobra R$ 87.590 na versão de entrada.
Enquanto isso, algumas unidades do Grand Siena, de anos mais recentes até, como 2020, podem ser encontradas pouco acima dos R$ 50 mil. No estoque da Webmotors, encontramos unidades em boa condição de conservação e quilometragem baixa.
A primeira unidade encontrada é da versão Evo, com motor 1.0, ano 2021, que tem pouco mais de 47 mil quilômetros rodados. O proprietário de Fortaleza (CE) pede R$ 53.900 (quase R$ 6 mil abaixo da tabela Fipe) para se desfazer do modelo, que tem lista básica de equipamentos.
Outro proprietário, dessa vez de Londrina (PR), aceita vender seu Grand Siena 1.4 Attractive, ano 2018, por R$ 46.900. O modelo tem apenas 44 mil quilômetros rodados mostrados no hodômetros e também está com preço abaixo do apontado na tabela Fipe.
Por fim, uma unidade com motor 1.6, na versão Essence, ano 2013, com pouco mais de 51 mil quilômetros, é anunciada por R$ 37 mil. O modelo tem lista completa de equipamentos, com sensor de estacionamento, rádio com MP3 e trio elétrico. A condição visual é boa, com apenas dois detalhes: um pequeno amassado na tampa do porta-malas e um arranhão no para-choque dianteiro. Nada que um bom funileiro não resolva!