A hora de trocar os pneus é um grande dilema para os motoristas brasileiros. Muita gente sofre com os preços dos pneus zero-quilômetro e cogita utilizar um reformado, que podem ser de dois tipos: recauchutado ou remold. Mas será que vale a pena?
Como tudo na vida, escolher ou não um pneu recuperado tem seus prós e contras. Antes de mais nada, é bom explicar o que exatamente é um remold e o que é um recauchutado.
Em ambos os casos, trata-se de um pneu velho, que passou por uma reforma. O remold ganha uma nova banda de rodagem para ficar "novo". Já no recauchutado, toda a parte externa do pneu é trocada, inclusive as laterais. Esses tipos de pneu podem custar de 30 a 50% menos do que um zerado, o que leva muitos consumidores a cogitarem a sua instalação.
O problema dos pneus recuperados é o histórico. No Brasil não há uma legislação que defina regras de como esses pneus devem ser reaproveitados, diferente do que acontece na Europa. Aqui, qualquer carcaça pode passar por reforma.
Ou seja, pode ter sido um pneu que rodou a vida toda na estrada e não sofreu grandes danos, ou um que teve vida sofrida e transitou por trechos esburacados. Sem saber como está a estrutura do pneu, sua qualidade é questionável.
Além desses fatores, vale destacar que o pneu reformado dura, em média, 30 a 40% menos que um pneu novo. E também é mais frágil, o que o torna mais suscetível a furos e rasgos.
Apesar de ser positivo ecologicamente, já que reutiliza carcaças que seriam descartadas, o pneu reformado pode parecer barato em um primeiro momento, mas a conta pode ficar cara a longo prazo, em caso de algum problema.